Que tudo corra bem em 2006.
sábado, dezembro 31, 2005
sexta-feira, dezembro 23, 2005
quarta-feira, dezembro 21, 2005
O Martírio
O nível de vida dos Portugueses está cada vez mais afastado da média dos restantes países europeus. Já fomos ultrapassados pela Grécia e pela Espanha; isto, depois de se terem esbanjado os montantes astronómicos vindos de Bruxelas nos dourados anos 90 para a modernização do País.
Confirma-se agora que a (então) má gestão e aplicação desses fundos, as erradas opções políticas (adoptadas com o único propósito de servirem o Ego e a vaidade pessoal e partidária) estão hoje a comprometer o futuro de um Povo inteiro.
E o Povo... está revoltado?
Nada disso!
Vai castigar o responsável?
Não me parece!
Apenas ignorá-lo?!!!
Ná! Pelo contrário, prepara-se para lhe dar um prémio!...
... prova que não somos pessoas de guardar ressentimentos.
No fundo é o “dar a outra face” a quem nos faz mal.
É Bíblico.
É bonito.
É de Mártires!!!
Confirma-se agora que a (então) má gestão e aplicação desses fundos, as erradas opções políticas (adoptadas com o único propósito de servirem o Ego e a vaidade pessoal e partidária) estão hoje a comprometer o futuro de um Povo inteiro.
E o Povo... está revoltado?
Nada disso!
Vai castigar o responsável?
Não me parece!
Apenas ignorá-lo?!!!
Ná! Pelo contrário, prepara-se para lhe dar um prémio!...
... prova que não somos pessoas de guardar ressentimentos.
No fundo é o “dar a outra face” a quem nos faz mal.
É Bíblico.
É bonito.
É de Mártires!!!
terça-feira, dezembro 20, 2005
Fantástico
Parabéns a todos:
Parabéns ao Dr. Mário Soares que com uma enorme lucidez disse com frontalidade aquilo que o Dr. Cavaco Silva precisava de ter ouvido já há muito tempo!
Parabéns ao Dr. Cavaco Silva porque com um enorme fair play e sem perder a face ouviu aquilo que já deveria ter ouvido há muito tempo.
Parabéns à RTP porque finalmente nos permitiu aceder a um verdadeiro debate esclarecedor.
Quem ganhou e quem perdeu?
Bom, para já ganhou Portugal. Ganhou a Democracia.
Perdeu a demagogia!
Parabéns ao Dr. Mário Soares que com uma enorme lucidez disse com frontalidade aquilo que o Dr. Cavaco Silva precisava de ter ouvido já há muito tempo!
Parabéns ao Dr. Cavaco Silva porque com um enorme fair play e sem perder a face ouviu aquilo que já deveria ter ouvido há muito tempo.
Parabéns à RTP porque finalmente nos permitiu aceder a um verdadeiro debate esclarecedor.
Quem ganhou e quem perdeu?
Bom, para já ganhou Portugal. Ganhou a Democracia.
Perdeu a demagogia!
domingo, dezembro 18, 2005
Carta ao Pai Natal
Querido Pai Natal
Aqui estou eu mais uma vez para fazer o pedido deste ano. Como sabes até me portei bem, não arranjei confusão e até me privei de participar aí numas quantas coisas provavelmente bastante mais agradáveis.
Como sabes, também, há muito tempo que te baldas para a porcaria dos pedidos que todos os anos te faço... fazes-me gastar uma tarde de sol como a de hoje a escrever estas estúpidas cartas... obrigas-me sempre a ficar aquela noite toda em casa, em frente à lareira e depois... nada!
Sempre a mesma frustração, ano após ano, igual à de Sexta-feira depois do Euromilhões!
E não me venhas outra vez com a história do incompetente do teu assessor... que troca os pedidos...
... para esse tipo de desculpas esfarrapadas, já cá temos os nossos políticos! Além do mais, já tenho cuecas que cheguem para os próximos dez anos! Por isso CHEGA!
(Aqui para nós, também já desisti de pedir mais “Paz no Mundo”, mais “Justiça Social”, o “Acabar com a Fome no Mundo”, etc., etc., etc... pelos resultados dos últimos anos, diria que fazes de propósito!)
Então é assim... como eu dizia, até me portei bem. Por outro lado, e para que não digas que não passas por cá por falta de tempo, este ano a prenda até pode chegar lá para Janeiro.
Depois, vais ver que, analisadas as coisas, até nem custa muito. Finalmente, até te dou a oportunidade de seres tu a escolher.
Então cá vai: Este ano, como Presente quero... um Presidente!
Um Presidente da República novinho... não, novinho não, quero dizer... pode ser velhote... é indiferente. Quando digo novinho quero dizer, outro... diferente daquele que lá está agora. Pode ser um qualquer... à tua escolha!
Vês, não é nada difícil!
Bem, vamos lá ver... pode ser um qualquer, menos...
... hum, menos Aquele!
Aquele... lembras-te? Sim, aquele que já foi Primeiro-Ministro. Não, não é o mais gordo, é o outro, o magro!
Repara bem, o homem nem parece ter muita consideração por estas coisas do Natal, pelo menos a julgar pela maneira como come o Bolo-Rei.
E depois, se não te pões a pau, vais ver que ainda te faz concorrência... sim, que te ofusca, pelo menos pela maneira como promete dar tudo a todos... e olha que os temas são iguais... Esperança, Estabilidade, Emprego... Além do mais, tem uma aparência muito mais moderna... desculpa lá mas essa barba do tempo do PREC está um bocadinho ultrapassada. E, já agora, essa falta de exercício físico também não te ajuda muito!
Já sei. Na resposta, vais dizer que “não é possível porque há muitas pessoas a pedirem exactamente o contrário”.
Ora, Pai Natal, concordas certamente que não é correcto que uns fiquem com tudo e outros sem nada, pois não? Muito bem. Então repara... para esses que querem este senhor como Presidente, já lá têm o Sócrates... é igualzinho... é apenas a outra face da mesma moeda...ainda querem mais? Não, pois não?!
Temos de fazer a vontade aos outros... àqueles que neste momento não têm lá ninguém, está bem? Os anónimos, aqueles que trabalham, percebes?
Vá lá... faz-me lá a vontade... só este ano. Eu prometo que não te volto a chatear nos próximos cinco, está bem?
Daquele que muito te estima,
Ass) Eu
PS: Não te esqueças de medir a tensão arterial antes de te fazeres à estrada... só para não voltares a ter um pretexto para uma eventual ausência!
sábado, dezembro 17, 2005
Eles são mesmo assim...
Ter miúdos é:
Tirar a tarde para ir com eles aos baloiços e ficar a assistir ao “Portugal no Coração” porque resolvem adormecer das duas às seis;
Partilhar os primeiros desenhos feitos em cima do relatório acabado de fazer;
Admirar o efeito criado pela papa de iogurte com banana em cima da nova camisa azul;
Acompanhar os primeiros passos nos computadores mesmo que tal signifique apenas o simples carregar no botão off durante aquele trabalho que nos esquecemos de ir gravando;
Aprender a partilhar, a partir das três da manhã, uma cama a quatro: o pai, a mãe, o miúdo e o Noddy;
Saber interromper aquele fim-de-semana fora há muito programado porque de repente começa a vomitar;
Estar quatro dias sem motivação para colocar nada no blog porque há quatro dias que ele anda com febre... alta;
Ter paciência para colocar um post à meia-noite e quarenta... hora a que se chega a casa depois de uma passagem pelas urgências do Hospital Pediátrico.
Em suma, ter miúdos é simplesmente maravilhoso.
Nota: Esta é a minha forma de prestar (digamos) uma homenagem à bebé de Viseu.
Toda a situação é de tal forma repugnante que qualquer tentativa de “comentário” não poderia nunca reflectir aquilo que sinto.
segunda-feira, dezembro 12, 2005
sábado, dezembro 10, 2005
Shakespeare?
Há uma coisa que não consigo entender na doutrina de certa direita, nomeadamente aquela que incorpora – mas que não é exclusiva – a actual administração americana
Trata-se de uma direita particularmente fanática que não consegue, nem quer, separar a política da religião.
Não consegue, nem quer, concluir um parágrafo sem antes ter citado o nome de Deus pelo menos três vezes: que Deus nos abençoe... com a graça de Deus... que Deus nos ilumine... enfim, valha-nos Deus!
Por isso, assumem o direito pela defesa da vida como se só eles estivessem imbuídos daquele dom divino... como se fossem os únicos a ser bafejados com a capacidade de perceber o real e verdadeiro significado do Valor da Vida! Consequentemente, assumem posições claras e intransigentes em diversas matérias, nomeadamente na luta contra o aborto e causas afins!
Curiosamente, esta direita tão empenhada na defesa da vida, esquece-se frequentemente de cuidar da vida dos vivos!
Desigualdades sociais? Injustiça? Exploração?... no fundo liberalismo económico? Sim, e depois?
Por outro lado, são também os primeiros a terem o dedo fácil para o gatilho! São os primeiros a defenderem intervenções bélicas por motivos que, desde o início (e no seu íntimo), sabem que estão relacionados com questões meramente económicas.
No fundo, aquela frase simples de “Vidas por Petróleo”.
Não obstante serem os responsáveis por condições de vida verdadeiramente degradantes e conducentes a situações de marginalidade, são também os primeiros a defenderem a pena de morte...
Como é que se consegue citar Deus a torto e a direito e estar tão disponível para matar?
Como é que se consegue ser simultaneamente pela defesa da vida ignorando a qualidade de vida?
No fundo como é que se consegue ser e... não ser?
Eis a questão!
Trata-se de uma direita particularmente fanática que não consegue, nem quer, separar a política da religião.
Não consegue, nem quer, concluir um parágrafo sem antes ter citado o nome de Deus pelo menos três vezes: que Deus nos abençoe... com a graça de Deus... que Deus nos ilumine... enfim, valha-nos Deus!
Por isso, assumem o direito pela defesa da vida como se só eles estivessem imbuídos daquele dom divino... como se fossem os únicos a ser bafejados com a capacidade de perceber o real e verdadeiro significado do Valor da Vida! Consequentemente, assumem posições claras e intransigentes em diversas matérias, nomeadamente na luta contra o aborto e causas afins!
Curiosamente, esta direita tão empenhada na defesa da vida, esquece-se frequentemente de cuidar da vida dos vivos!
Desigualdades sociais? Injustiça? Exploração?... no fundo liberalismo económico? Sim, e depois?
Por outro lado, são também os primeiros a terem o dedo fácil para o gatilho! São os primeiros a defenderem intervenções bélicas por motivos que, desde o início (e no seu íntimo), sabem que estão relacionados com questões meramente económicas.
No fundo, aquela frase simples de “Vidas por Petróleo”.
Não obstante serem os responsáveis por condições de vida verdadeiramente degradantes e conducentes a situações de marginalidade, são também os primeiros a defenderem a pena de morte...
Como é que se consegue citar Deus a torto e a direito e estar tão disponível para matar?
Como é que se consegue ser simultaneamente pela defesa da vida ignorando a qualidade de vida?
No fundo como é que se consegue ser e... não ser?
Eis a questão!
quinta-feira, dezembro 08, 2005
Ufa!
“Condoleezza Rice garante que EUA não autorizam prática da tortura”
Ufa! Fico muito mais descansado.
Se ela o diz... é porque é verdade!
Afinal de contas não é habitual o secretário de Estado norte americano, (bem como toda a actual Administração americana) mentir ao mundo!
Não mentem, pois não?
Naaahhh!!!
.... assim de repente... não me lembro, que alguma vez tal tenha ocorrido!!!
terça-feira, dezembro 06, 2005
A Ponte a Pé
Ora então aproxima-se mais uma data festiva que é como quem diz, um feriado!
Mesmo que não queira ou não possa fazer ponte, a verdade é que esta semana é mais curta e, por consequência, o fim-de-semana (mesmo que interrompido na sexta-feira) é mais longo ou, pelo menos, mais descansado!
Por isso, e porque vamos ter sol, aqui vai uma sugestão para os meus simpáticos/as visitantes. Uma sugestão para o próximo Sábado e Domingo.
E a sugestão é.... INVISTA!
Invista em si e na(s) sua(s) relação(ões).
Pegue na sua/seu mais-que-tudo... (ou, em alternativa, naquele grupo de amigos com quem já não se encontra há algum tempo por dificuldades “de agenda”) e... SAIA!
RUA!
Deixe lá o blog e a realidade virtual...
Dê uma prenda a si mesmo. Afinal, também merece, ou não?
Sugestão?
Por ser a primeira escapadela do Blogo, sugiro o Centro (está perto de tudo e de todos... além de que, como diz o povo, é no Centro que está a virtude).
Assim, vá até Coimbra.
Se estiver com paciência, dê uma visitinha aos sítios do costume... sempre a pé, que faz bem à saúde e ao ambiente. Comece na Universidade, Jardim Botânico, Jardim da Sereia, Sé Nova, Sé Velha, Quebra Costas...
Pode, também, passear pela baixa da cidade, Praça Velha, Praça 8 de Maio...
Aproveite para desfrutar o prazer da leitura (porque não levar a “menina marota” na bagagem) à beira-rio nas novas esplanadas das “docas”.
A nível de logística sugere-se optar pelo Íbis (Av Emídio Navarro – 40 euros para 2 pessoas).
Se por acaso o subsídio de natal foi arrasado no ajuste de contas com o cartão de crédito – que é como quem diz que o orçamento disponível está limitado – recomenda-se (por 6 euros/pessoa) uma saborosa refeição no Jardim da Manga (Junto ao Mercado Municipal), uma visita ao Zé Neto (junto à Praça Velha), ou até o ViraBrasa (junto ao Continente).
Agora, se o orçamento ainda permite alguma margem de manobra (12 euros/pessoa), porque não uma Paella no Nacional, ou até experimentar o Rui dos Leitões.
Bom, mas se para si dinheiro é apenas papel sujo... então o Gauchão é o sítio certo (25 euros/pessoa) para fazer umas refeições ligeiras.
Há mais... muito mais! Mas para começar... já é suficiente.
O quê?!?
Os tempos não estão para escapadelas? A vida está cara?
Sim, é verdade! Mas esse problema acaba por só surgir com maior evidência lá para domingo à tarde, na hora de fazer as contas.
De qualquer forma, os Domingos à tarde estão sempre estragados uma vez que a seguir vem (Bahhh!)... a segunda-feira!
Por isso... Aproveite!
Conselho de Amigo.
sábado, dezembro 03, 2005
À Maneira
A Sulista fez o favor de me premiar com uma das suas magníficas nomeações!
Não desfazendo das outras, não restam dúvidas que esta está magnificamente (e objectivamente).... melhor!
Desde logo, repare-se como o "A" segura no penso... penso rápido claro! Com a mesma resignação com que o fadista segura na guitarra que lhe afaga a alma! Lindo, portanto!
Depois, o pormaior de a EXISTência se impor para além do "logo" e do "blog"... isto é como quem diz que EXISTO para além do Blog e independentemente dele! É, aliás, ele - o blog - que se encosta ao EXISTO e não o contrário. É claro que isso é óbvio, em todo o caso é sempre bom não esquecer.
Finalmente, as letras...
... aquelas letras, sou eu!
O "E" é a forma como, em regra, Eu me relaciono com o mundo (salvo seja)!
O "X" e o "I" é a forma como Eu me relaciono com o meu mundo (os meus amigos "Xegados", o círculo mais Íntimo... principalmente depois de cumprir algumas obrigações gastronómicas).
O "S" é a formo como aSSiSto ao "filme" da actualidade! Um misto de "pensativo" com "desconfiado"!
O "T" é a minha postura quando Tenho oportunidade de "falar" ao mundo, nomeadamente através deste blog.
O "O" é o mOdO como fico quando percebo que o mundo não me quer ouvir...
Chateado... é claro que fico chateado!
E pronto... sou assim!
Parabéns à sulista.
Não desfazendo das outras, não restam dúvidas que esta está magnificamente (e objectivamente).... melhor!
Desde logo, repare-se como o "A" segura no penso... penso rápido claro! Com a mesma resignação com que o fadista segura na guitarra que lhe afaga a alma! Lindo, portanto!
Depois, o pormaior de a EXISTência se impor para além do "logo" e do "blog"... isto é como quem diz que EXISTO para além do Blog e independentemente dele! É, aliás, ele - o blog - que se encosta ao EXISTO e não o contrário. É claro que isso é óbvio, em todo o caso é sempre bom não esquecer.
Finalmente, as letras...
... aquelas letras, sou eu!
O "E" é a forma como, em regra, Eu me relaciono com o mundo (salvo seja)!
O "X" e o "I" é a forma como Eu me relaciono com o meu mundo (os meus amigos "Xegados", o círculo mais Íntimo... principalmente depois de cumprir algumas obrigações gastronómicas).
O "S" é a formo como aSSiSto ao "filme" da actualidade! Um misto de "pensativo" com "desconfiado"!
O "T" é a minha postura quando Tenho oportunidade de "falar" ao mundo, nomeadamente através deste blog.
O "O" é o mOdO como fico quando percebo que o mundo não me quer ouvir...
Chateado... é claro que fico chateado!
E pronto... sou assim!
Parabéns à sulista.
quarta-feira, novembro 30, 2005
In-dependência
Ora então comemora-se hoje a nossa re-independência!
Se não fosse este magnífico feriado hoje poderíamos ser... espanhóis!
Bahhh!
Imagine-se...
...se fossemos espanhóis estávamos para aí cheios de Zara’s, e Sfera’s e Mango’s... provavelmente até tínhamos um “El Corte Inglés”...
Ora ainda é bem que não somos espanhóis!
Se fossemos espanhóis o nosso ordenado mínimo seria de 513 euros... como é possível... 513 euros! Que pobreza!
Depois os espanhóis não têm a mínima noção de requinte... não sabem dar valor às coisas valiosas! Por exemplo, um BMW é, concorde-se, um objecto de requinte... uma escultura que, pela sua própria essência intrínseca, não pode estar ao alcance de todos sob pena de se tornar... popular!
Pois bem, em Espanha um BMW série 5 custa apenas 40.400 euros! Pelo menos em Portugal sempre tivemos o bom senso de o “taxar” com 51. 500 euro!
Até o simples C3 HDI Furio a gasóleo, podiam ter arredondado para os nossos 18 280 euros.
Não. 11.100 euros! Com 11.100 euros compra-se um C3 Furio. Vê-se que não estão sensibilizados para as questões do ambiente! Do pior, portanto!
Depois, teríamos certamente aquela instituição a que nuestros hermanos deram o nome de “Siesta”...
Dormir depois de almoço!!! É possível? Então e trabalhar? Népias?
E ao fim do dia?
Ao fim do dia teríamos certamente o hábito de sair com os colegas de trabalho e amigos para comer umas tapas e dar dois dedos da melhor converseta que estivesse por ali à mão!
Com estes hábitos teríamos certamente uns índices de produtividade e competitividade autenticamente medíocres... como eles, aliás!
É por isso que eles estão como estão... na crise!
Nós não, felizmente!
Viva o feriado!!!
Viva o feriado sim mas porque graças a ele amanhã não vou trabalhar... vou comer umas tapas com os amigos e dormir dez minutinhos a seguir ao almoço!.... Olé!
O-la-ri-ló-lé!
Se não fosse este magnífico feriado hoje poderíamos ser... espanhóis!
Bahhh!
Imagine-se...
...se fossemos espanhóis estávamos para aí cheios de Zara’s, e Sfera’s e Mango’s... provavelmente até tínhamos um “El Corte Inglés”...
Ora ainda é bem que não somos espanhóis!
Se fossemos espanhóis o nosso ordenado mínimo seria de 513 euros... como é possível... 513 euros! Que pobreza!
Depois os espanhóis não têm a mínima noção de requinte... não sabem dar valor às coisas valiosas! Por exemplo, um BMW é, concorde-se, um objecto de requinte... uma escultura que, pela sua própria essência intrínseca, não pode estar ao alcance de todos sob pena de se tornar... popular!
Pois bem, em Espanha um BMW série 5 custa apenas 40.400 euros! Pelo menos em Portugal sempre tivemos o bom senso de o “taxar” com 51. 500 euro!
Até o simples C3 HDI Furio a gasóleo, podiam ter arredondado para os nossos 18 280 euros.
Não. 11.100 euros! Com 11.100 euros compra-se um C3 Furio. Vê-se que não estão sensibilizados para as questões do ambiente! Do pior, portanto!
Depois, teríamos certamente aquela instituição a que nuestros hermanos deram o nome de “Siesta”...
Dormir depois de almoço!!! É possível? Então e trabalhar? Népias?
E ao fim do dia?
Ao fim do dia teríamos certamente o hábito de sair com os colegas de trabalho e amigos para comer umas tapas e dar dois dedos da melhor converseta que estivesse por ali à mão!
Com estes hábitos teríamos certamente uns índices de produtividade e competitividade autenticamente medíocres... como eles, aliás!
É por isso que eles estão como estão... na crise!
Nós não, felizmente!
Viva o feriado!!!
Viva o feriado sim mas porque graças a ele amanhã não vou trabalhar... vou comer umas tapas com os amigos e dormir dez minutinhos a seguir ao almoço!.... Olé!
O-la-ri-ló-lé!
segunda-feira, novembro 28, 2005
Dois Coelhos...
Conheci um presidente de Câmara, dirigente local de determinado partido, que conseguia notáveis mobilizações populares e consequentes (e marcantes) vitórias eleitorais, sempre que se tratava de eleições autárquicas. Por outro lado, era confrangedor acompanhar o partido, através da “via sacra” que o conduzia ao calvário, nos restantes actos eleitorais... sem estratégia, sem rumo, deambulava pela(s) campanha(s) dia após dia até à derrota final.
Às vezes, parecia que era de propósito!
Não, não era possível – dizia-se – afinal ele, o senhor presidente, acabaria por pagar politicamente o preço dessas derrotas... ele era, provavelmente, o principal derrotado e, como tal, esse insucesso acabaria por se reflectir junto dos órgãos centrais do partido!
Errado. Nada mais errado.
Quanto mais acentuada fosse a diferença entre os seus resultados e os resultados do partido mais conseguia transmitir a ideia de “eu sou mais do que o partido”... “eu sou a mais-valia”... “é o partido que precisa de mim e não sou eu que preciso do partido”.
Naquela altura, a estratégia era nova e original.
Depois disso já tivemos a passagem de testemunho entre Cavaco e Fernando Nogueira.
É que basta recuarmos um pouco nos recantos da nossa memória para nos lembrarmos dos “episódios” protagonizados pelo então primeiro-ministro com seu benjamim e que coloriram as legislativas de 95. (Aliás, a própria escolha de Fernando Nogueira já era aquela que permitia alcançar este objectivo).
O que é curioso, é que com a habitual sede de vitórias (a qualquer preço) os partidos deixam-se arrastar naturalmente para este tipo de cativeiro a aceitam ficar presos a estes mitos tipo “D. Sebastião”... salvador do partido... (Ah! E já agora do País... fica bem!)
Ora, na minha opinião, é precisamente este o processo que se está a iniciar no Partido Socialista.
Sócrates, se tiver, como tudo indica, uma derrota no âmbito das presidenciais, poderá ficar em maus lençóis uma vez que acabou de sair das autárquicas. O partido poderá começar a mexer, certo?
Talvez! No entanto, tudo indica que as próximas legislativas poderão sorrir novamente a Sócrates (estou louco???!!! Lembrem-se de Cavaco... um mês depois de ganhar as eleições já toda a gente dizia mal da vida e o que é certo é que teve duas maiorias...)! Aí, será ele, Sócrates, a sorrir... a fazer tabus (à semelhança do seu ídolo)... enfim a ter o partido na mão... a torná-lo refém!
Também ele poderá dizer que é mais do que o partido!
Ah!, esquecia-me, e com isto afasta a imagem incontestável do líder histórico e referencial do partido... Mário Soares!
Às vezes, parecia que era de propósito!
Não, não era possível – dizia-se – afinal ele, o senhor presidente, acabaria por pagar politicamente o preço dessas derrotas... ele era, provavelmente, o principal derrotado e, como tal, esse insucesso acabaria por se reflectir junto dos órgãos centrais do partido!
Errado. Nada mais errado.
Quanto mais acentuada fosse a diferença entre os seus resultados e os resultados do partido mais conseguia transmitir a ideia de “eu sou mais do que o partido”... “eu sou a mais-valia”... “é o partido que precisa de mim e não sou eu que preciso do partido”.
Naquela altura, a estratégia era nova e original.
Depois disso já tivemos a passagem de testemunho entre Cavaco e Fernando Nogueira.
É que basta recuarmos um pouco nos recantos da nossa memória para nos lembrarmos dos “episódios” protagonizados pelo então primeiro-ministro com seu benjamim e que coloriram as legislativas de 95. (Aliás, a própria escolha de Fernando Nogueira já era aquela que permitia alcançar este objectivo).
O que é curioso, é que com a habitual sede de vitórias (a qualquer preço) os partidos deixam-se arrastar naturalmente para este tipo de cativeiro a aceitam ficar presos a estes mitos tipo “D. Sebastião”... salvador do partido... (Ah! E já agora do País... fica bem!)
Ora, na minha opinião, é precisamente este o processo que se está a iniciar no Partido Socialista.
Sócrates, se tiver, como tudo indica, uma derrota no âmbito das presidenciais, poderá ficar em maus lençóis uma vez que acabou de sair das autárquicas. O partido poderá começar a mexer, certo?
Talvez! No entanto, tudo indica que as próximas legislativas poderão sorrir novamente a Sócrates (estou louco???!!! Lembrem-se de Cavaco... um mês depois de ganhar as eleições já toda a gente dizia mal da vida e o que é certo é que teve duas maiorias...)! Aí, será ele, Sócrates, a sorrir... a fazer tabus (à semelhança do seu ídolo)... enfim a ter o partido na mão... a torná-lo refém!
Também ele poderá dizer que é mais do que o partido!
Ah!, esquecia-me, e com isto afasta a imagem incontestável do líder histórico e referencial do partido... Mário Soares!
domingo, novembro 27, 2005
Assim não!
Atentados arquitectónicos acontecem em Portugal há décadas um pouco por todo o território nacional.
É algo que não poupa o litoral nem o interior. Não é pior nos grandes centros urbanos... não é melhor nas cidades, vilas e aldeias.
Os escarros urbanísticos que teimam em nos violar os sentidos são, tão só, a expressão da indiferença, enquanto colectividade, relativamente à nossa memória, à nossa história, ao nosso património cultural... em suma, à nossa identidade.
As imagems referem-se a uma obra em curso no Bairro do Relógio Velho em Mangualde. Não sei se está licenciada ou se é clandestina. Não sei se está em desenvolvimento ou embargada.
Sei que aquele sítio é particularmente sensível, pelo valor histórico que representa para toda a comunidade Mangualdense. O Bairro, como está, já não está bem. Não é por isso que se justifica torná-lo pior.
E se é verdade que relativamente à estética ainda se pode argumentar com o elemento subjectivo, já quanto à volumetria desproporcional não vejo desculpa para esta apropriação descarada.
Como eu dizia, não sei como é possível que aquilo realmente ali esteja. Sei que se as coisas funcionassem bem, alguém deveria ser responsabilizado... ou as autoridades competentes (jurídica e politicamente) ou o proprietário (economicamente, com o ónus de fazer aquilo vir abaixo).
O respeito por uma comunidade passa também por questões de salubridade colectiva.
sábado, novembro 26, 2005
sexta-feira, novembro 25, 2005
quinta-feira, novembro 24, 2005
Dedinho.
O dia foi como foi!
Quando a pessoa se preparava para passar um serão relaxante, com a família, a ver televisão... enfim, aquelas coisas simples que sabem bem pela própria simplicidade...
... apanha com uma notícia destas: Cavaco ganha à primeira!
De facto, quando um dia corre mal, corre mal até ao fim.
Por isso, nada como um joguinho suicida onde nem é preciso muito esforço (basta clicar para subir e largar para descer) ...
Pode ser que dê para esquecer!
Quando a pessoa se preparava para passar um serão relaxante, com a família, a ver televisão... enfim, aquelas coisas simples que sabem bem pela própria simplicidade...
... apanha com uma notícia destas: Cavaco ganha à primeira!
De facto, quando um dia corre mal, corre mal até ao fim.
Por isso, nada como um joguinho suicida onde nem é preciso muito esforço (basta clicar para subir e largar para descer) ...
Pode ser que dê para esquecer!
terça-feira, novembro 22, 2005
Não Há Coincidências!
É curioso.
Faz hoje três anos que se iniciou o processo “Casa Pia”.
Hoje, precisamente no dia em que a Relação ilibou Paulo Pedroso. E com ele, todo o PS de Ferro Rodrigues.
Claro que a questão ainda não está concluída. Em tese, o Supremo ainda pode anular tudo. Se a vontade da TVI contasse para alguma coisa seria precisamente isso que aconteceria. No entanto, aparentemente, não têm mais nada para se agarrar que não sejam questões meramente formais e procedimentais
Por isso, a pergunta é, agora, pertinente: onde está Manuela Moura Guedes e a TVI? Onde está o 24Horas? Onde está essa nata da mediocridade “telecomunicacional” representativa do que de pior se faz em Portugal? Onde estão aqueles “profissionais” que, a coberto da palavra “alegadamente”, colocada estrategicamente antes de cada acusação, julgam, acusam e castigam (e instigam! )?... tudo simultaneamente (para poupar tempo e dinheiro!).
Alguma vez poderão ser também julgados e responsabilizados?
Hoje, não temos Ferro Rodrigues à frente do PS! (Nem PS)
Temos o 'Dogma'. E com ele, ou antes a partir dele, temos muita coisa.
Temos a diminuição generalizada da qualidade de vida de (alguns, muitos) portugueses.
Temos uma diminuição generalizada dos direitos sociais considerados (até há pouco) adquiridos!
Temos o aumento generalizado da idade da reforma.
Temos o orçamento da Segurança Social em permanente ameaça de colapso.
Temos os medicamentos mais caros e menos comparticipados.
Temos argumentação! Muita.
Não temos a terceira idade e o pré-escolar na agenda política. Mas temos a Escola Pública. Pelas piores razões.
Também temos a OTA. E o TGV.
Hoje deve ter sido um dia feliz para Paulo Pedroso! E para o BPI e restante banca. E para a construção civil. E para muitos investidores.
Não. Não há coincidências!
Faz hoje três anos que se iniciou o processo “Casa Pia”.
Hoje, precisamente no dia em que a Relação ilibou Paulo Pedroso. E com ele, todo o PS de Ferro Rodrigues.
Claro que a questão ainda não está concluída. Em tese, o Supremo ainda pode anular tudo. Se a vontade da TVI contasse para alguma coisa seria precisamente isso que aconteceria. No entanto, aparentemente, não têm mais nada para se agarrar que não sejam questões meramente formais e procedimentais
Por isso, a pergunta é, agora, pertinente: onde está Manuela Moura Guedes e a TVI? Onde está o 24Horas? Onde está essa nata da mediocridade “telecomunicacional” representativa do que de pior se faz em Portugal? Onde estão aqueles “profissionais” que, a coberto da palavra “alegadamente”, colocada estrategicamente antes de cada acusação, julgam, acusam e castigam (e instigam! )?... tudo simultaneamente (para poupar tempo e dinheiro!).
Alguma vez poderão ser também julgados e responsabilizados?
Hoje, não temos Ferro Rodrigues à frente do PS! (Nem PS)
Temos o 'Dogma'. E com ele, ou antes a partir dele, temos muita coisa.
Temos a diminuição generalizada da qualidade de vida de (alguns, muitos) portugueses.
Temos uma diminuição generalizada dos direitos sociais considerados (até há pouco) adquiridos!
Temos o aumento generalizado da idade da reforma.
Temos o orçamento da Segurança Social em permanente ameaça de colapso.
Temos os medicamentos mais caros e menos comparticipados.
Temos argumentação! Muita.
Não temos a terceira idade e o pré-escolar na agenda política. Mas temos a Escola Pública. Pelas piores razões.
Também temos a OTA. E o TGV.
Hoje deve ter sido um dia feliz para Paulo Pedroso! E para o BPI e restante banca. E para a construção civil. E para muitos investidores.
Não. Não há coincidências!
segunda-feira, novembro 21, 2005
domingo, novembro 20, 2005
A Preto e Branco
Vivemos num mundo basicamente dualista. Crescemos, aprendemos e interiorizamos essa forma de ver, e viver o mundo!
É a linguagem binária dos computadores.
O “0” e o “1”; o “aberto” e o “fechado”
Há o certo e o errado!
Há os Polícias e os Ladrões.
Há os Bons e os Maus!
Obviamente que nesta História, nós somos os Bons e os outros são os Maus.
A Historia, por vezes, desmente-nos. Prega-nos essa partida! Mas até nesse caso, não é a nós, é aos outros! Aos nossos antepassados... enfim, esses estavam errados!
Nós não! Nós estamos certos! Os nossos actos estão legitimados! Afinal, nós somos os Bons...os outros são os Maus!
Tenho pouca dúvidas acerca dos Maus. Começo a ter dúvidas quanto aos Bons!
Um crime é um crime! Não deixa de ser crime por ser cometido por esta ou aquela pessoa!
Pode, em certas circunstâncias, ser “desculpável”! Mas isso, tem de ser a ordem jurídica (nacional ou internacional) a legitimá-lo!
A alegada utilização de fósforo branco no Iraque é um Crime. Toda a intervenção no Iraque foi um Crime! Não foi legitimada por qualquer ordem jurídica!
Neste momento estamos perante a prática reiterada de um Crime.
As sociedades civilizadas (ou seja, os bons), ficam incomodadas(dos) duplamente: pelo Crime, em si mesmo, e pela serenidade e passividade com que reagimos aos factos!
Por isso, esta necessidade que sentimos em rapidamente arranjar argumentos, desculpas e razões que nos ajudem a tranquilizar as nossas consciências.
Como eu dizia: há o branco e o preto; o dia e a noite...
... e por falar em noite: que possamos continuar a dormir descansados!
É a linguagem binária dos computadores.
O “0” e o “1”; o “aberto” e o “fechado”
Há o certo e o errado!
Há os Polícias e os Ladrões.
Há os Bons e os Maus!
Obviamente que nesta História, nós somos os Bons e os outros são os Maus.
A Historia, por vezes, desmente-nos. Prega-nos essa partida! Mas até nesse caso, não é a nós, é aos outros! Aos nossos antepassados... enfim, esses estavam errados!
Nós não! Nós estamos certos! Os nossos actos estão legitimados! Afinal, nós somos os Bons...os outros são os Maus!
Tenho pouca dúvidas acerca dos Maus. Começo a ter dúvidas quanto aos Bons!
Um crime é um crime! Não deixa de ser crime por ser cometido por esta ou aquela pessoa!
Pode, em certas circunstâncias, ser “desculpável”! Mas isso, tem de ser a ordem jurídica (nacional ou internacional) a legitimá-lo!
A alegada utilização de fósforo branco no Iraque é um Crime. Toda a intervenção no Iraque foi um Crime! Não foi legitimada por qualquer ordem jurídica!
Neste momento estamos perante a prática reiterada de um Crime.
As sociedades civilizadas (ou seja, os bons), ficam incomodadas(dos) duplamente: pelo Crime, em si mesmo, e pela serenidade e passividade com que reagimos aos factos!
Por isso, esta necessidade que sentimos em rapidamente arranjar argumentos, desculpas e razões que nos ajudem a tranquilizar as nossas consciências.
Como eu dizia: há o branco e o preto; o dia e a noite...
... e por falar em noite: que possamos continuar a dormir descansados!
sexta-feira, novembro 18, 2005
A Estratégia do Coelho!
Corria o ano de 1994 (talvez início de 95) – era ministra da educação Manuela Ferreira Leite – chegou às escolas uma orientação que mandava fazer o levantamento de todas as faltas dadas pelos professores entre Setembro e Outubro. A indicação era clara... TODAS as faltas, incluindo aquelas que constavam no livro de ponto porque os professores ainda não tinham sido colocados pelo próprio Ministério nos famosos mini-concursos.
Considero que começou aqui o processo deliberado para denegrir a imagem dos professores (e depois a outras áreas) conseguindo, assim, o apoio da opinião pública. A partir de então tem-se assistido à aplicação deste princípio, uma vezes melhores outras piores. Nunca, com o requinte que se conseguiu hoje!
A revelação, precisamente o dia em que os professores travam uma jornada de luta legítima, dos dados sobre aulas não dadas, é verdadeiramente preocupante.
1.º porque a forma como os números foram apresentados – deliberadamente descontextualizados pretendendo apenas manipular as consciências colectivas a partir de uma realidade enviesada, parcial e distorcida – revela uma enorme falta de respeito pelos portugueses;
2.º ao afectar a credibilidade da classe, isto é, ao nivelar todos por igual, empurra para as faltas os mais assíduos legitimados pelo argumento (por exemplo, usado pelos políticos que acumulam reformas): “faço o que a lei me permite fazer”;
3.º acaba por revelar a falta de espírito democrático que desesperadamente (por enquanto) estes senhores procuram disfarçar.
Finalmente, a situação mais grave prende-se com o descrédito das instituições, mais propriamente do governo. É que, até agora, a estratégia governativa adoptada sido a de confrontar os vários sectores da sociedade procurando virar uns contra os outros a partir de informações (percebe-se agora) deste género. Ora, quando um determinado sector é vitima deste tipo de demagogia, começa a perceber que se calhar os juizes tinham razão... que, se calhar os polícias tinham razão... que, se calhar os militares tinham razão...
Para já uma coisa é certa: Quem se mete com o PS leva!!!
Considero que começou aqui o processo deliberado para denegrir a imagem dos professores (e depois a outras áreas) conseguindo, assim, o apoio da opinião pública. A partir de então tem-se assistido à aplicação deste princípio, uma vezes melhores outras piores. Nunca, com o requinte que se conseguiu hoje!
A revelação, precisamente o dia em que os professores travam uma jornada de luta legítima, dos dados sobre aulas não dadas, é verdadeiramente preocupante.
1.º porque a forma como os números foram apresentados – deliberadamente descontextualizados pretendendo apenas manipular as consciências colectivas a partir de uma realidade enviesada, parcial e distorcida – revela uma enorme falta de respeito pelos portugueses;
2.º ao afectar a credibilidade da classe, isto é, ao nivelar todos por igual, empurra para as faltas os mais assíduos legitimados pelo argumento (por exemplo, usado pelos políticos que acumulam reformas): “faço o que a lei me permite fazer”;
3.º acaba por revelar a falta de espírito democrático que desesperadamente (por enquanto) estes senhores procuram disfarçar.
Finalmente, a situação mais grave prende-se com o descrédito das instituições, mais propriamente do governo. É que, até agora, a estratégia governativa adoptada sido a de confrontar os vários sectores da sociedade procurando virar uns contra os outros a partir de informações (percebe-se agora) deste género. Ora, quando um determinado sector é vitima deste tipo de demagogia, começa a perceber que se calhar os juizes tinham razão... que, se calhar os polícias tinham razão... que, se calhar os militares tinham razão...
Para já uma coisa é certa: Quem se mete com o PS leva!!!
quinta-feira, novembro 17, 2005
quarta-feira, novembro 16, 2005
Passa?... Passa!
Tal como tive oportunidade de referir (Stôr, também quero um!), a partir de agora o problema do insucesso escolar está resolvido.
Criaram-se as condições para intervir adequadamente junto das causas estruturais que conduzem à retenção – família, currículos desadequados, etc. ?
Nada disso!!!
Muito mais simples… agora, se o aluno se encontrar em situação de não passar… de marcar passo… passa a passar! Quer queira, quer não!
(Já estou a ver a Ministra a associar este imediato sucesso educativo ao facto de os professores passarem mais tempo na Escola!)
Cantemos uma musiquinha da Lena d’Água que é sempre mais agradável (1982)
Criaram-se as condições para intervir adequadamente junto das causas estruturais que conduzem à retenção – família, currículos desadequados, etc. ?
Nada disso!!!
Muito mais simples… agora, se o aluno se encontrar em situação de não passar… de marcar passo… passa a passar! Quer queira, quer não!
(Já estou a ver a Ministra a associar este imediato sucesso educativo ao facto de os professores passarem mais tempo na Escola!)
Cantemos uma musiquinha da Lena d’Água que é sempre mais agradável (1982)
terça-feira, novembro 15, 2005
É feio!
Esperava que o empregado viesse receber o dinheiro da bica para me dar o troco quando reparei na conversa da mesa do lado... bastante divertida, por sinal!
“Pois é – dizia um – o governo mudou, a Direcção Regional mudou, mas as ajudas de custo para Castelo Branco mantêm-se... todos os dias! E pensam que encontram a senhora ao serviço antes das 2:30H da tarde? Isso é que era bom! Nunca sai de casa antes das nove... a que horas é que chega a Coimbra?
- Ora - dizia o outro - ouvi dizer que as ajudas de custo para Leiria são mais ou menos 450 contos por mês... além de que tem um motorista privativo... quer dizer, só para ele! Não faz mais serviço nenhum...”
É feio, digo eu!
É feio... e não me refiro a esta mania dos Portugueses de, de tempos a tempos, lançarem uns quantos boatos... é lá possível que em tempo de contenção haja representantes directos do governo a abusarem do Orçamento!
É mentira... é claro que é mentira!
É feio, já disse!
E não digo isto por causa desta inveja nacional que habitualmente assiste aos portugueses se, por hipótese, fosse verdade...
...esperavam o quê?!? Que os ditos pusessem dinheiro do bolso deles? Era só o que faltava!
Pior: se calhar queriam que os professores que têm que se deslocar diariamente centenas de quilómetros também beneficiassem destas ajudas de custo, não? Já agora!!!
... o princípio da igualdade previsto na Constituição, pois então!
Isto é que era argumentação!!!
É feio! Pronto!...
...se calhar esperavam que a senhora saísse de casa às sete da manhã para estar em Coimbra às nove, não? Como se fosse uma qualquer professora com aulas às oito e meia, não?
É feio...
...é feio e não é por isto!
O que é feio, mesmo, é ouvir as conversas dos outros!
“Pois é – dizia um – o governo mudou, a Direcção Regional mudou, mas as ajudas de custo para Castelo Branco mantêm-se... todos os dias! E pensam que encontram a senhora ao serviço antes das 2:30H da tarde? Isso é que era bom! Nunca sai de casa antes das nove... a que horas é que chega a Coimbra?
- Ora - dizia o outro - ouvi dizer que as ajudas de custo para Leiria são mais ou menos 450 contos por mês... além de que tem um motorista privativo... quer dizer, só para ele! Não faz mais serviço nenhum...”
É feio, digo eu!
É feio... e não me refiro a esta mania dos Portugueses de, de tempos a tempos, lançarem uns quantos boatos... é lá possível que em tempo de contenção haja representantes directos do governo a abusarem do Orçamento!
É mentira... é claro que é mentira!
É feio, já disse!
E não digo isto por causa desta inveja nacional que habitualmente assiste aos portugueses se, por hipótese, fosse verdade...
...esperavam o quê?!? Que os ditos pusessem dinheiro do bolso deles? Era só o que faltava!
Pior: se calhar queriam que os professores que têm que se deslocar diariamente centenas de quilómetros também beneficiassem destas ajudas de custo, não? Já agora!!!
... o princípio da igualdade previsto na Constituição, pois então!
Isto é que era argumentação!!!
É feio! Pronto!...
...se calhar esperavam que a senhora saísse de casa às sete da manhã para estar em Coimbra às nove, não? Como se fosse uma qualquer professora com aulas às oito e meia, não?
É feio...
...é feio e não é por isto!
O que é feio, mesmo, é ouvir as conversas dos outros!
segunda-feira, novembro 14, 2005
domingo, novembro 13, 2005
Cem Palavras!!!
Diário de Notícias (12 de Novembro de 2005)
"Entre as despesas do Estado ligadas ao pessoal, destacam-se alguns gastos que, de acordo com o STE, necessitam de ser esclarecidos, quando se impõem sacrifícios aos funcionários. É o caso da despesa com "indemnizações por cessação de funções", que passou de um montante de 6,4 milhões de euros em 2003 para 36,5 milhões em 2004, ou seja um crescimento de 472%, quase seis vezes mais. Esta despesa diz respeito aos pagamentos devidos a dirigentes quando estes são demitidos antes de concluídos os mandatos. Esta despesa, incluída na rubrica dos abonos variáveis, representou 8,4% do total dos abonos, contribuindo para que aquela rubrica crescesse 19% em 2004".
Pouco mais de cem palavras...
...é para a gente labuta, ver que somos governados... por uns grandes filhos e enteados!
"Entre as despesas do Estado ligadas ao pessoal, destacam-se alguns gastos que, de acordo com o STE, necessitam de ser esclarecidos, quando se impõem sacrifícios aos funcionários. É o caso da despesa com "indemnizações por cessação de funções", que passou de um montante de 6,4 milhões de euros em 2003 para 36,5 milhões em 2004, ou seja um crescimento de 472%, quase seis vezes mais. Esta despesa diz respeito aos pagamentos devidos a dirigentes quando estes são demitidos antes de concluídos os mandatos. Esta despesa, incluída na rubrica dos abonos variáveis, representou 8,4% do total dos abonos, contribuindo para que aquela rubrica crescesse 19% em 2004".
Pouco mais de cem palavras...
...é para a gente labuta, ver que somos governados... por uns grandes filhos e enteados!
sexta-feira, novembro 11, 2005
Jingle Bells
O Natal está a chegar!
(Aliás, já está a chegar desde Setembro mais ou menos a seguir ao regresso às aulas em Agosto, mesmo depois da feira dos vinhos).
Com o Natal chega sempre a oportunidade de reflectirmos... de pensarmos um pouco mais sobre os valores que estão associados a esta Quadra.
Quero dizer, os valores que vamos ter de gastar para comprar prendas para todos os amigos, respectivos filhos (que são cada vez mais) e amigos dos amigos que habitualmente também trazem os filhos e que só aparecem nesta altura do ano.
Pode-se sempre fazer a vontade aos nossos amigos que o ano passado frisaram que não nos devíamos incomodar. Juraram a pés juntos “fica combinado, para o ano só compramos para os miúdos”, e que “o Natal é para os miúdos”, e que “não há necessidade de gastarmos dinheiro uns com os outros” e que “tudo isto é uma jogada do Belmiro de Azevedo e do Américo Amorim”, e que “cada vez mais o espírito de Natal está a ser subvertido”, e que...
Esqueçam!
Nem pensem em juntar-se com alguém no período de Natal sem levarem alguma coisa. Primeiro, passam uma vergonha das grandes porque os amigos até compram aquele conjunto de bongos africanos que não nos podemos esquecer de colocar na sala sempre que nos vêm visitar.
Depois, porque fazem mesmo figura de fuinhas no dia da abertura das prendas quando toda a gente se apercebe que vocês foram os únicos que levaram a sério o acordo estabelecido no ano anterior.
Por isso, nada melhor do que, nesta época, ter presente os valores de Natal... ter presente e ter presentes....
...muitos!
(Aliás, já está a chegar desde Setembro mais ou menos a seguir ao regresso às aulas em Agosto, mesmo depois da feira dos vinhos).
Com o Natal chega sempre a oportunidade de reflectirmos... de pensarmos um pouco mais sobre os valores que estão associados a esta Quadra.
Quero dizer, os valores que vamos ter de gastar para comprar prendas para todos os amigos, respectivos filhos (que são cada vez mais) e amigos dos amigos que habitualmente também trazem os filhos e que só aparecem nesta altura do ano.
Pode-se sempre fazer a vontade aos nossos amigos que o ano passado frisaram que não nos devíamos incomodar. Juraram a pés juntos “fica combinado, para o ano só compramos para os miúdos”, e que “o Natal é para os miúdos”, e que “não há necessidade de gastarmos dinheiro uns com os outros” e que “tudo isto é uma jogada do Belmiro de Azevedo e do Américo Amorim”, e que “cada vez mais o espírito de Natal está a ser subvertido”, e que...
Esqueçam!
Nem pensem em juntar-se com alguém no período de Natal sem levarem alguma coisa. Primeiro, passam uma vergonha das grandes porque os amigos até compram aquele conjunto de bongos africanos que não nos podemos esquecer de colocar na sala sempre que nos vêm visitar.
Depois, porque fazem mesmo figura de fuinhas no dia da abertura das prendas quando toda a gente se apercebe que vocês foram os únicos que levaram a sério o acordo estabelecido no ano anterior.
Por isso, nada melhor do que, nesta época, ter presente os valores de Natal... ter presente e ter presentes....
...muitos!
quinta-feira, novembro 10, 2005
São rosas, Senhor
Interpelado no Parlamento sobre a criação dos 150 000 postos de trabalho prometidos durante a campanha eleitoral, o ministro do trabalho, Vieira da Silva limitou-se a dizer que “não há milagres”. Poderia ter dito que estão a trabalhar nisso, que já criaram alguns: Armando Vara, Fernando Gomes, Guilherme d’Oliveira Martins...
...enfim, estas coisas levam tempo!
Mas não. Optou por constatar uma evidência dos tempos modernos: “não há milagres, meus senhores, não há milagres...”
Não? Então mas as promessas (ou compromissos, se se quiser) foram apresentados tendo como base a convicção que se poderiam resolver com uns quantos... MILAGRES?!?
Isto é que é ter FÉ!!!
É bonito!...
Mas agora estou curioso. O que é que entretanto se passou para que tamanha FÉ ficasse tão abalada?
A única coisa que posso fazer é ajudar a restituir a FÉ perdida.
É que no dia em que (mais uma vez) os protestos estiveram na rua, eu tenho FÉ que daqui a três anos, sensivelmente, aconteça um MILAGRE... o MILAGRE em que as rosas se transformem em pão...
... para os pobres, é claro!
...enfim, estas coisas levam tempo!
Mas não. Optou por constatar uma evidência dos tempos modernos: “não há milagres, meus senhores, não há milagres...”
Não? Então mas as promessas (ou compromissos, se se quiser) foram apresentados tendo como base a convicção que se poderiam resolver com uns quantos... MILAGRES?!?
Isto é que é ter FÉ!!!
É bonito!...
Mas agora estou curioso. O que é que entretanto se passou para que tamanha FÉ ficasse tão abalada?
A única coisa que posso fazer é ajudar a restituir a FÉ perdida.
É que no dia em que (mais uma vez) os protestos estiveram na rua, eu tenho FÉ que daqui a três anos, sensivelmente, aconteça um MILAGRE... o MILAGRE em que as rosas se transformem em pão...
... para os pobres, é claro!
quarta-feira, novembro 09, 2005
Stôr, também quero um!
daqui
Foi hoje publicado em Diário da República o Despacho Normativo n.º 50/2005 que define o acompanhamento e avaliação dos planos de recuperação para alunos que manifestem dificuldades de aprendizagem. Confesso que ainda não tive oportunidade de estudar o documento por isso, estas considerações partem de uma leitura muito, muito, mas mesmo muito diagonal. Em todo caso, e reforço que posso estar enganado, parece-me que, mais uma vez, se está no domínio da pura demagogia que, dada a realidade concreta que se vive nas escolas, não irá certamente resolver o problema de fundo: integrar e ajudar os alunos que realmente necessitam.
É que, ao identificar o “público-alvo” a partir dos resultados (negativos), abre-se não só, exageradamente o âmbito de aplicação, ao mesmo tempo que não se responsabilizam os alunos «cábulas»
Repare-se: em parte alguma do documento se prevê a possibilidade de o insucesso se dever à falta de sentido de responsabilidade do aluno ou da família (no acompanhamento escolar do seu educando), ou ao não cumprimento das orientações emitidas pela escola. De facto, a família está presente (último ponto dos artigos 2.º, 3.º e 5.º), mas quase como órgão de controle.
Não consegui ver onde é que está prevista a situação do aluno que tem insucesso simplesmente porque não estuda ou porque é perturbador.
Por outro lado, também não entendo qual a orientação política que afinal este governo quer para a educação. Isto é, ao optar por manter os exames a nível nacional e a consequente divulgação da lista de ordenação hierárquica das escolas pensei que se tivesse optado pelo modelo de educação/formação em sentido restrito (conteúdos programáticos) em detrimento de um modelo mais abrangente (formação global do indivíduo, integrador e respeitador das diferenças pessoais e sociais e no âmbito da educação de valores). Ora, como é que, sem demagogia, se pode conciliar os exames nacionais e respectivo ranking, com as medidas agora anunciadas nomeadamente a “pedagogia diferenciada na sala de aula” (al. b, n.º 3 do art. 2.º) “bem como adaptações programáticas das disciplinas” (n.º 3 do art. 3.º)?
Responda quem souber!
segunda-feira, novembro 07, 2005
Revolução Francesa
A falta de uma resposta adequada e em tempo útil à violência que despoletou em França fez com que a situação atingisse já um patamar particularmente preocupante.
Desde logo, porque a forma como se tem vindo a espalhar – paulatinamente um pouco por todo o país – não significa que consiga ou queira parar nas suas próprias fronteiras.
Mas também porque um Estado de Direito que não consegue manter os padrões mínimos de ordem social e salvaguardar as condições de segurança dos seus cidadãos é um Estado de Direito limitado, atrofiado e mutilado!
Ora, é normalmente a partir de um Estado doente ou fragilizado que se reúnem as condições adequadas para a propagação de correntes que perspectivam um modelo de organização política fundado na bushialização securitária e xenófoba da sociedade.
Dir-se-á que a Europa – e em particular a França enquanto berço dos valores que estruturam o pensamento europeu – não permite um «retrocesso civilizacional» semelhante ao que ocorreu nos Estado Unidos.
Vamos ver!...
Para já, é urgente proceder – com todos os meios disponíveis – à restituição da ordem e da paz pública.
A seguir, é importante fazer uma reflexão alargada e sem qualquer tipo de preconceitos que nos permita compreender (de forma abrangente) este fenómeno.
A partir dessa reflexão, é necessário aplicar, de uma vez por todas, as políticas acertadas para que tudo isto não se volte a repetir... nem em França, nem em qualquer outro país.
sábado, novembro 05, 2005
Marocas
Na verdade tenho uma enorme admiração pela figura de Mário Soares. Não esqueço a contribuição que deu na implementação e consolidação da democracia em Portugal. Não esqueço o papel que desempenhou quando – eram outras as maiorias – se cometiam abusos de poder praticados por quem se orgulhava de nunca ter dúvidas e raramente se enganar.
Atingiu o patamar máximo da política portuguesa com uma notável imagem de prestígio internacional.
Reconheço a sua cultura e inteligência. Admiro a sua forma natural de estar e fazer política... genuína, intuitiva, humanista, sem exageradas tecnocracias, tele-pontos, ou “teatralidades” bacocas... tabus, portanto!
Podia continuar a desempenhar o papel de “Senador do Estado” a partir da sua fundação em Leiria. Sempre que emitia uma opinião, era ouvido pelo País.
Em vez disso, resolveu voltar à política activa.
Desconfio que foi precisamente essa forma natural e intuitiva de fazer política que desta vez o traiu.
Não percebeu aquilo que, na minha opinião, não passou de uma jogada e deixou-se cair na armadilha!
É evidente que não hesitarei em votar Mário Soares se Portugal precisar. Mas só se for realmente necessário.
Não obstante, continuarei a admirar verdadeiramente a sua personalidade, consciente que será sempre um vulto incontornável e marcante com um lugar de destaque na História de Portugal!
sexta-feira, novembro 04, 2005
Não te estiques...
Numa entrevista à TVI, Mário Soares teceu duras críticas a Cavaco Silva.
Se Sócrates sabe, ainda lhe retira o apoio político.
Se Sócrates sabe, ainda lhe retira o apoio político.
quinta-feira, novembro 03, 2005
Não há coincidências! Não?
Faz hoje um ano tive um dia perfeitamente normal. Vulgar. Igual a todos os outros dias.
A noite não. Preparava-me para jantar quando me deram a “novidade”.
Sem importância... era a opinião do técnico. “Porque é que estás preocupado? O médico não disse que não era grave? Queres saber mais do que o médico?”
Pressenti que era grave. Não imaginava quanto.
Acordei a meio da noite e lembro-me de ter pensado, nessa altura, que a partir daí as coisa nunca mais seriam iguais.
Faz hoje um ano, começou um processo que me empurraria durante algum tempo para dentro de um hospital. Vi, ouvi, cheirei, senti... aprendi e conheci o funcionamento de um hospital.
Entrei em pânico. Contar, seria inútil... ninguém acreditaria. Se acreditassem, o alarme social provocaria mais danos do que viver nesta perfeita ilusão que nos permite acreditar que tudo está bem.
Faz hoje um ano começava um processo que terminaria de forma trágica, entre outras coisas porque os hospitais não fazem o cruzamento dos dados clínicos dos pacientes.
Foi hoje notícia de um qualquer telejornal que os hospitais de Coimbra implementaram um sistema de cruzamento de dados clínicos que permite poupar muito dinheiro aos contribuintes.
E vidas, acrescento eu!
A noite não. Preparava-me para jantar quando me deram a “novidade”.
Sem importância... era a opinião do técnico. “Porque é que estás preocupado? O médico não disse que não era grave? Queres saber mais do que o médico?”
Pressenti que era grave. Não imaginava quanto.
Acordei a meio da noite e lembro-me de ter pensado, nessa altura, que a partir daí as coisa nunca mais seriam iguais.
Faz hoje um ano, começou um processo que me empurraria durante algum tempo para dentro de um hospital. Vi, ouvi, cheirei, senti... aprendi e conheci o funcionamento de um hospital.
Entrei em pânico. Contar, seria inútil... ninguém acreditaria. Se acreditassem, o alarme social provocaria mais danos do que viver nesta perfeita ilusão que nos permite acreditar que tudo está bem.
Faz hoje um ano começava um processo que terminaria de forma trágica, entre outras coisas porque os hospitais não fazem o cruzamento dos dados clínicos dos pacientes.
Foi hoje notícia de um qualquer telejornal que os hospitais de Coimbra implementaram um sistema de cruzamento de dados clínicos que permite poupar muito dinheiro aos contribuintes.
E vidas, acrescento eu!
quarta-feira, novembro 02, 2005
Disparates...
“Está?...
Boa Tarde, eu gostaria de falar com a Senhora Ministra, se fosse possível...
... se tenho marcação? Não, isso não tenho, é preciso, é? Ah, pois, não sabia... então não é possível? ....
... O assunto? ... Bem, eu queria fazer queixa de uma professora lá da escola do miúdo, porque ....
... o quê?.... ai sim?!?... ... então está bem, eu aguardo.
...............................................
Está, Senhora Ministra? Boa Tarde, olhe era o seguinte: o meu garoto, na próxima quinta-feira não vai ter Educação Física à tarde. Parece que o professor tem uma reunião, e avisou que vai faltar. Era a única aula que o rapaz tinha e eu pensei, olha, é da maneira que passo um bocado com ele... agora os miúdos estão o dia todo na escola e nem que a gente queira estar um bocado com eles, não pode. Parece que nem os conhecemos. Depois, como tenho algum tempo livre... estou desempregado, sabe?.... bom, não interessa!
Vai, a Directora de Turma mandou recado a dizer que mesmo não tendo aula tem de ficar na escola ... se não, que tem falta... e que até pode chumbar, e mais não sei o quê...
... se ela disse porquê?... disse, disse que tinha saído qualquer coisa, não sei bem o quê... um Despacho, ou um decret...
...Ah? Eu??!!!.... ... Eu o quê???!!!
....Eu nem falei em Tribunal, muito menos em Ponta Delgada!...
... Mas foi por eu falar em Despacho?... sei lá se foi um Despacho ou outra coisa qualquer... falei por falar.
....Também não precisa de se irritar... ... Não estou a perceber! Quem é que já se arrependeu???... Os Magistrados é que já se arrependeram por causa daquele Despacho do Juiz de Ponta Delgada sobre a greve dos professores??? Ai isto tudo da Justiça e assim é por causa desse Despacho?
................................
... Ouça, eu não quero saber nada disso dos Magistrados!... O que eu disse é que a Directora de Turma disse que tinha saído um Despacho, uma Informação ou lá o que era, sei lá, onde se diz que mesmo que um professor avise que vai faltar às oito e meia ou aos últimos tempos, os miúdos têm de ficar na escola.... .... sim, mesmo que os pais possam e queiram ficar com eles em casa...
... Pois, Senhora Ministra, foi isso que eu disse... que é um autêntico absurdo, mas que é que quer?!....
.... Ai a Senhora Ministra desconhecia??...
.... Sim, disse que era uma ordem saída daí, do Ministério!
... Pois... ... percebo... ....então não há nada a fazer?.... pois, percebo...
... Ah? ... Desculpe, não percebi... ... que a Lei é para cumprir?
AH!!! bom... assim, já fico mais descansado....
...Porquê? É que a Lei diz que tudo isto é para aplicar em caso de ausência imprevista do professor... ora, como o professor avisou... já não é imprevista!
Logo, não se aplica.
...Continuação de muito bom dia!”
É por isso que eu digo que é um autêntico disparate uma pessoa gastar em média oito horas por dia a dormir, para depois passar o tempo a sonhar parvoíces e idiotices deste género... mais valia estar acordado!
Boa Tarde, eu gostaria de falar com a Senhora Ministra, se fosse possível...
... se tenho marcação? Não, isso não tenho, é preciso, é? Ah, pois, não sabia... então não é possível? ....
... O assunto? ... Bem, eu queria fazer queixa de uma professora lá da escola do miúdo, porque ....
... o quê?.... ai sim?!?... ... então está bem, eu aguardo.
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Está, Senhora Ministra? Boa Tarde, olhe era o seguinte: o meu garoto, na próxima quinta-feira não vai ter Educação Física à tarde. Parece que o professor tem uma reunião, e avisou que vai faltar. Era a única aula que o rapaz tinha e eu pensei, olha, é da maneira que passo um bocado com ele... agora os miúdos estão o dia todo na escola e nem que a gente queira estar um bocado com eles, não pode. Parece que nem os conhecemos. Depois, como tenho algum tempo livre... estou desempregado, sabe?.... bom, não interessa!
Vai, a Directora de Turma mandou recado a dizer que mesmo não tendo aula tem de ficar na escola ... se não, que tem falta... e que até pode chumbar, e mais não sei o quê...
... se ela disse porquê?... disse, disse que tinha saído qualquer coisa, não sei bem o quê... um Despacho, ou um decret...
...Ah? Eu??!!!.... ... Eu o quê???!!!
....Eu nem falei em Tribunal, muito menos em Ponta Delgada!...
... Mas foi por eu falar em Despacho?... sei lá se foi um Despacho ou outra coisa qualquer... falei por falar.
....Também não precisa de se irritar... ... Não estou a perceber! Quem é que já se arrependeu???... Os Magistrados é que já se arrependeram por causa daquele Despacho do Juiz de Ponta Delgada sobre a greve dos professores??? Ai isto tudo da Justiça e assim é por causa desse Despacho?
................................
... Ouça, eu não quero saber nada disso dos Magistrados!... O que eu disse é que a Directora de Turma disse que tinha saído um Despacho, uma Informação ou lá o que era, sei lá, onde se diz que mesmo que um professor avise que vai faltar às oito e meia ou aos últimos tempos, os miúdos têm de ficar na escola.... .... sim, mesmo que os pais possam e queiram ficar com eles em casa...
... Pois, Senhora Ministra, foi isso que eu disse... que é um autêntico absurdo, mas que é que quer?!....
.... Ai a Senhora Ministra desconhecia??...
.... Sim, disse que era uma ordem saída daí, do Ministério!
... Pois... ... percebo... ....então não há nada a fazer?.... pois, percebo...
... Ah? ... Desculpe, não percebi... ... que a Lei é para cumprir?
AH!!! bom... assim, já fico mais descansado....
...Porquê? É que a Lei diz que tudo isto é para aplicar em caso de ausência imprevista do professor... ora, como o professor avisou... já não é imprevista!
Logo, não se aplica.
...Continuação de muito bom dia!”
É por isso que eu digo que é um autêntico disparate uma pessoa gastar em média oito horas por dia a dormir, para depois passar o tempo a sonhar parvoíces e idiotices deste género... mais valia estar acordado!
terça-feira, novembro 01, 2005
domingo, outubro 30, 2005
Hora Esta!
Entrou hoje a hora de Inverno. Na verdade, nem tudo é mau. Devemos ver sempre o lado positivo das coisas.
Afinal, é agora que sabe bem um porto... uma lareira...
...um ta-pe-te!!!! Hummmm!!!
É nesta altura que sabe bem ficar na cama até mais tarde, entre outras coisas a ouvir a chuva a bater nos vidros.
É agora que nos podemos aconchegar nas nossas roupas de inverno disfarçando aqueles pneusinhos teimosos presos à barriga onde psicologicamente se pode ler o painel publicitário “com o alto patrocínio de Super Bock”.
É agora que aparece aquele cheirinho a castanha assada nas ruas com aquele típico cartão escrito à mão preso à motoreta com frente de forno a anunciar “uma dúzia SÓ 1 euro”.
É agora que se fazem umas Tibernadas – jantar à base de batata a murro, hortaliça e bacalhau dentro de um lagar de azeite em pleno funcionamento.
É por esta altura que temos o Um e Oito de Dezembro. Temos o Natal e o Herman a fazer a passagem de ano na televisão.
Há, de facto, muitas coisas boas na hora de Inverno, mas a principal, na minha opinião, é que a partir de amanhã já falta menos um dia para entrar a HORA DE VERÃO!!!
Aproveitar enquanto a voz não fica rouca...
Afinal, é agora que sabe bem um porto... uma lareira...
...um ta-pe-te!!!! Hummmm!!!
É nesta altura que sabe bem ficar na cama até mais tarde, entre outras coisas a ouvir a chuva a bater nos vidros.
É agora que nos podemos aconchegar nas nossas roupas de inverno disfarçando aqueles pneusinhos teimosos presos à barriga onde psicologicamente se pode ler o painel publicitário “com o alto patrocínio de Super Bock”.
É agora que aparece aquele cheirinho a castanha assada nas ruas com aquele típico cartão escrito à mão preso à motoreta com frente de forno a anunciar “uma dúzia SÓ 1 euro”.
É agora que se fazem umas Tibernadas – jantar à base de batata a murro, hortaliça e bacalhau dentro de um lagar de azeite em pleno funcionamento.
É por esta altura que temos o Um e Oito de Dezembro. Temos o Natal e o Herman a fazer a passagem de ano na televisão.
Há, de facto, muitas coisas boas na hora de Inverno, mas a principal, na minha opinião, é que a partir de amanhã já falta menos um dia para entrar a HORA DE VERÃO!!!
Aproveitar enquanto a voz não fica rouca...
sábado, outubro 29, 2005
Ops!!! Desculpem...
r k b l y c
q r t d z s
v w e o o s
s p a m m
q r t d z s
v w e o o s
s p a m m
Peço desculpa pelas letritas mas estava a ser atacado por publicidade. No princípio até dava jeito... Como ninguém escrevia, o spam sempre ajudava a disfarçar... mas agora já não preciso porque vocês vão continuar a deixar umas anotações...
... vão, não vão?
Vão até aqui ou aqui para perceberem o que quero dizer
sexta-feira, outubro 28, 2005
Anacronismos
“Eu nunca tinha ouvido a palavra anacronismo. Nem sequer tenho a certeza de a ter entendido bem. Ana, isso eu sabia, era o nome da minha vizinha do quinto andar e também de uma colega de escola (...). Quando queria contar qualquer coisa que se tinha passado com uma delas usava expressões como «a-Ana-cá-de-cima» ou «a-Ana-lá-da-escola», mas a minha mãe corrigia-me sempre, dizia “as pessoas têm apelido”, ou Ferreira, como o Vergílio, ou Soares, como o Mário, ou Magalhães, como o Fernão de Magalhães.
O Vergílio Ferreira era um escritor que era amigo do meu pai e de quem a minha mãe dizia que era o Mestre (...).
O Mário era o Márocas, tinha sido eleito Presidente da República no ano anterior, a minha mãe é que gostava muito dele, o meu pai nem por isso, punha um ar um pouco aborrecido sempre que havia eleições, e dizia «lá tenho eu que votar no Márocas», como quem faz um grande sacrifício, e eu um dia até lhe perguntei se as pessoas eram obrigadas a votar no Márocas, ele riu-se, fez-me uma festa na cabeça, e disse-me, felizmente, hoje em dia, ninguém é obrigado a votar em ninguém.
O Fernão de Magalhães fora outra curiosidade para mim. Era advogado, como o meu pai, mas também era um navegador antigo (...).
Foi então que resolvi ir perguntar ao grilo que estava na cozinha o que queria dizer a minha primeira palavra difícil.
(...) O grilo reflectiu durante alguns momentos, e disse-me:
«É uma palavra estranha, difícil, sem dúvida. É como circunspecção, paradoxo, controvérsia. São palavras que os adultos usam com desenvoltura, que é outra palavra que é preciso sopesar, e este verbo também tem que se lhe diga. Quero eu dizer que são palavras que não podem ser utilizadas sem uma cuidadosa ponderação, e ponderação também não é nada fácil, principalmente quando se trata de a contextualizar, e este sim, é um autêntico palavrão» (...)”
O Vergílio Ferreira era um escritor que era amigo do meu pai e de quem a minha mãe dizia que era o Mestre (...).
O Mário era o Márocas, tinha sido eleito Presidente da República no ano anterior, a minha mãe é que gostava muito dele, o meu pai nem por isso, punha um ar um pouco aborrecido sempre que havia eleições, e dizia «lá tenho eu que votar no Márocas», como quem faz um grande sacrifício, e eu um dia até lhe perguntei se as pessoas eram obrigadas a votar no Márocas, ele riu-se, fez-me uma festa na cabeça, e disse-me, felizmente, hoje em dia, ninguém é obrigado a votar em ninguém.
O Fernão de Magalhães fora outra curiosidade para mim. Era advogado, como o meu pai, mas também era um navegador antigo (...).
Foi então que resolvi ir perguntar ao grilo que estava na cozinha o que queria dizer a minha primeira palavra difícil.
(...) O grilo reflectiu durante alguns momentos, e disse-me:
«É uma palavra estranha, difícil, sem dúvida. É como circunspecção, paradoxo, controvérsia. São palavras que os adultos usam com desenvoltura, que é outra palavra que é preciso sopesar, e este verbo também tem que se lhe diga. Quero eu dizer que são palavras que não podem ser utilizadas sem uma cuidadosa ponderação, e ponderação também não é nada fácil, principalmente quando se trata de a contextualizar, e este sim, é um autêntico palavrão» (...)”
MEGA FERREIRA, António - As Palavras Difíceis, Publ. D. Quixote
Teoria
A Minha Teoria:
O Estatuto do Aluno, na parte disciplinar, permite que um professor dê ordem de saída da sala de aula ao aluno que assume, em determinado momento, uma atitude perturbadora.
É pena que este princípio não seja extensivo a outras entidades igualmente perturbadoras do normal funcionamento da Escola. Perturbar o ensino tem sido, aliás, uma prática comum a vários governos. Há dois anos foi a alteração às regras dos concursos, o ano passado foi a trapalhada com os concursos e este ano... ...bom, este ano nem é bom falar. Ninguém dúvida que agora temos mais escola... pergunto é se temos melhor Escola!?!
Qual a razão que leva os políticos a “atacar” desta forma um sector tão importante para o futuro de um País?
Oficialmente, defendo que o problema está na falta de sensibilidade das chefias para a realidade escolar, para aquilo que verdadeiramente se passa no terreno.
No entanto, intimamente, começo a acreditar que tudo faz parte de uma estratégia deliberada e intencional.
Porquê?
Não tenho dúvidas de que se a escola pudesse desempenhar integralmente o seu papel, se tivesse verdadeiramente condições para Ensinar, o espírito crítico do País começaria a ser muito mais exigente. Não se limitava a repetir durante a semana as opiniões de Marcelo servidas ao Domingo à noite como refeições tipo pronto-a-servir que se congelam e se usam quando é preciso.
Bom, mas se o espírito crítico do País fosse mais exigente, também não duvido que a actual classe política seria completamente varrida...
Estão a ver??? Dois mais dois....
‘tava a brincar... é claro não... não acredito em nada disto!... podia lá ser?!... faz lá algum sentido?!... que disparate.
O Estatuto do Aluno, na parte disciplinar, permite que um professor dê ordem de saída da sala de aula ao aluno que assume, em determinado momento, uma atitude perturbadora.
É pena que este princípio não seja extensivo a outras entidades igualmente perturbadoras do normal funcionamento da Escola. Perturbar o ensino tem sido, aliás, uma prática comum a vários governos. Há dois anos foi a alteração às regras dos concursos, o ano passado foi a trapalhada com os concursos e este ano... ...bom, este ano nem é bom falar. Ninguém dúvida que agora temos mais escola... pergunto é se temos melhor Escola!?!
Qual a razão que leva os políticos a “atacar” desta forma um sector tão importante para o futuro de um País?
Oficialmente, defendo que o problema está na falta de sensibilidade das chefias para a realidade escolar, para aquilo que verdadeiramente se passa no terreno.
No entanto, intimamente, começo a acreditar que tudo faz parte de uma estratégia deliberada e intencional.
Porquê?
Não tenho dúvidas de que se a escola pudesse desempenhar integralmente o seu papel, se tivesse verdadeiramente condições para Ensinar, o espírito crítico do País começaria a ser muito mais exigente. Não se limitava a repetir durante a semana as opiniões de Marcelo servidas ao Domingo à noite como refeições tipo pronto-a-servir que se congelam e se usam quando é preciso.
Bom, mas se o espírito crítico do País fosse mais exigente, também não duvido que a actual classe política seria completamente varrida...
Estão a ver??? Dois mais dois....
‘tava a brincar... é claro não... não acredito em nada disto!... podia lá ser?!... faz lá algum sentido?!... que disparate.
Ilustração aqui
quinta-feira, outubro 27, 2005
quarta-feira, outubro 26, 2005
segunda-feira, outubro 24, 2005
sábado, outubro 22, 2005
Toma!
Se o domingo não trouxer nada melhor, sugere-se uma pequena terapia. Não resolve nada mas há a probabilidade de a semana começar melhor.
O site da RTP oferece uma pequena preciosidade que vale a pena visitar.
Boas jogadas.
O site da RTP oferece uma pequena preciosidade que vale a pena visitar.
Boas jogadas.
Branco mais branco...
A questão do aborto já deveria estar resolvida há muito tempo. Qualquer solução que se aplique agora, já vem demasiado tarde.
Questão diferente é a forma... a modalidade que se escolhe para resolver o problema.
Anunciou-se o referendo com base no princípio tácito que “referendo com referendo se (a)paga”
A partir daqui, encetaram-se os procedimentos tendentes a tornar possível a dita consulta popular onde, naturalmente, se incluía a necessária apreciação pelo Tribunal Constitucional (TC).
Ora, sempre que se sujeita uma matéria à sindicância de um tribunal, tem de se estar preparado para qualquer cenário possível, seja favorável ou desfavorável.
Por isso, o facto de o Governo querer resolver a situação pela via Parlamentar, agora que (e só porque) se anuncia um chumbo pelo TC pode significar um precedente particularmente inquietante.
Isto é, recorreu-se ao referendo (e portanto ao poder judicial) para conseguir maior legitimidade; contudo, quando se percebe que a decisão pode não interessar, contorna-se o obstáculo e dá-se a volta “por trás da baliza”! O que conta é o golo, independentemente da jogada.
É que, nada impede que se comece a aplicar esta estratégia doravante a todas as situações. Usam-se os tribunais quando estes estão de acordo e dispensam-se quando são “uma força de bloqueio” (Opsss!... se calhar não é boa altura para lembrar estas expressões).
Nada impede que se institua o princípio TIDE: esperar que o poder judicial sirva apenas para branquear decisões previamente tomadas.
(Já agora: e se o referendo tivesse um resultado desfavorável?)
Questão diferente é a forma... a modalidade que se escolhe para resolver o problema.
Anunciou-se o referendo com base no princípio tácito que “referendo com referendo se (a)paga”
A partir daqui, encetaram-se os procedimentos tendentes a tornar possível a dita consulta popular onde, naturalmente, se incluía a necessária apreciação pelo Tribunal Constitucional (TC).
Ora, sempre que se sujeita uma matéria à sindicância de um tribunal, tem de se estar preparado para qualquer cenário possível, seja favorável ou desfavorável.
Por isso, o facto de o Governo querer resolver a situação pela via Parlamentar, agora que (e só porque) se anuncia um chumbo pelo TC pode significar um precedente particularmente inquietante.
Isto é, recorreu-se ao referendo (e portanto ao poder judicial) para conseguir maior legitimidade; contudo, quando se percebe que a decisão pode não interessar, contorna-se o obstáculo e dá-se a volta “por trás da baliza”! O que conta é o golo, independentemente da jogada.
É que, nada impede que se comece a aplicar esta estratégia doravante a todas as situações. Usam-se os tribunais quando estes estão de acordo e dispensam-se quando são “uma força de bloqueio” (Opsss!... se calhar não é boa altura para lembrar estas expressões).
Nada impede que se institua o princípio TIDE: esperar que o poder judicial sirva apenas para branquear decisões previamente tomadas.
(Já agora: e se o referendo tivesse um resultado desfavorável?)
sexta-feira, outubro 21, 2005
Púrpura Inveja.
Acordo quase todos os dias às 6:50 H para ter tempo de fazer o que há a fazer antes de entrar no emprego. Aí, passo o dia a ouvir disparates, cada um maior que o outro, com um sorriso na cara e a boa disposição oferecida pelo princípio do “come e cala que podia ser pior”.
Tenho um carro com 7 anos que, com uma incrível regularidade, me dá uma original e criativa avaria na ordem de 1000 Euros por ano.
(Descobri recentemente, que nem dinheiro tenho para pagar as prestações de um Panda ou C1).
À noite, ao serão, ainda tenho tempo de relaxar um pouco em frente à televisão e ouvir os grandes entendidos em questões económicas explicar que o País está como está por minha causa e que só tenho de agradecer a Deus e à Constituição por ter emprego... um emprego que me proporciona tantos privilégios e regalias...
... é bom porque, nessa altura, quase que acredito que sou um sortudo!
Ontem, precisamente quando estava a ver televisão, passou uma imagem do Cristiano Ronaldo no seu Porche Cayenne Turbo e, de repente, percebi porque é que não vou, não vejo e não ouço futebol...
Por pura Inveja
Tenho um carro com 7 anos que, com uma incrível regularidade, me dá uma original e criativa avaria na ordem de 1000 Euros por ano.
(Descobri recentemente, que nem dinheiro tenho para pagar as prestações de um Panda ou C1).
À noite, ao serão, ainda tenho tempo de relaxar um pouco em frente à televisão e ouvir os grandes entendidos em questões económicas explicar que o País está como está por minha causa e que só tenho de agradecer a Deus e à Constituição por ter emprego... um emprego que me proporciona tantos privilégios e regalias...
... é bom porque, nessa altura, quase que acredito que sou um sortudo!
Ontem, precisamente quando estava a ver televisão, passou uma imagem do Cristiano Ronaldo no seu Porche Cayenne Turbo e, de repente, percebi porque é que não vou, não vejo e não ouço futebol...
Por pura Inveja
quinta-feira, outubro 20, 2005
D. Sebastião
Bom, hoje não se passou nada de relevante!
Nada que justifique qualquer comentário...
Uma apresentação de candidatura Presidencial…
E Depois?
Era suposto o povo estar numa enorme expectativa mas os media estragaram tudo.
Já não houve surpresa.
Não houve o habitual clima criado pelo famoso tabu!
Assim, nada melhor que um momento de poesia:
Abaixo el-rei Sebastião
É preciso enterrar el-rei Sebastião
é preciso dizer a toda a gente
que o Desejado já não pode vir.
É preciso quebrar na ideia e na canção
a guitarra fantástica e doente
que alguém trouxe de Alcácer Quibir.
Eu digo que está morto.
Deixai em paz el-rei Sebastião
deixai-o no desastre e na loucura.
Sem precisarmos de sair o porto
temos aqui à mão a terra da aventura.
Vós que trazeis por dentro
de cada gesto
uma cansada humilhação
deixai falar na vossa voz a voz do vento
Nada que justifique qualquer comentário...
Uma apresentação de candidatura Presidencial…
E Depois?
Era suposto o povo estar numa enorme expectativa mas os media estragaram tudo.
Já não houve surpresa.
Não houve o habitual clima criado pelo famoso tabu!
Assim, nada melhor que um momento de poesia:
Abaixo el-rei Sebastião
É preciso enterrar el-rei Sebastião
é preciso dizer a toda a gente
que o Desejado já não pode vir.
É preciso quebrar na ideia e na canção
a guitarra fantástica e doente
que alguém trouxe de Alcácer Quibir.
Eu digo que está morto.
Deixai em paz el-rei Sebastião
deixai-o no desastre e na loucura.
Sem precisarmos de sair o porto
temos aqui à mão a terra da aventura.
Vós que trazeis por dentro
de cada gesto
uma cansada humilhação
deixai falar na vossa voz a voz do vento
cantai em tom de grito e de protesto
matai dentro de vós el-rei Sebastião.
Quem vai tocar a rebate
os sinos de Portugal?
Poeta: é tempo de um punhal
por dentro da canção.
Que é preciso bater em quem nos bate
é preciso enterrar el-rei Sebastião.
Manuel Alegre
matai dentro de vós el-rei Sebastião.
Quem vai tocar a rebate
os sinos de Portugal?
Poeta: é tempo de um punhal
por dentro da canção.
Que é preciso bater em quem nos bate
é preciso enterrar el-rei Sebastião.
Manuel Alegre
quarta-feira, outubro 19, 2005
Serviço Púbico!
Ainda a propósito das autárquicas – e, mais concretamente, acerca de alguma imprensa regional que fez a cobertura do “evento” – vai uma referência aos momentos de autêntica prostituição intelectual a que pudemos assistir um pouco por todo o País.
Trata-se de autênticos exemplos de servilismo e subserviência cobarde (ou, se se quiser, política), capaz de fazer corar de vergonha o lado mais vergonhoso do jornalismo medíocre que também se faz em Portugal.
Em jeito de balanço, dir-se-á que é apenas lamentável o serviço que estes prestam à nossa jovem democracia... outros salientarão as contradições entre este Portugal – o Portugal obscuro e ainda salazarento – e o Portugal Europeu... o Portugal moderno do Séc. XXI.
Concordo!
Em todo o caso, convém não esquecer que este tipo de publicações tem na sua base uma estrutura económica que, há semelhança dos grandes órgãos de comunicação social, sustentam financeiramente estes projectos. Daí que, façam o que fizerem, é problema deles e, obviamente, dos seus leitores.
A questão coloca-se, verdadeiramente, ao nível dos subsídios.
É que, normalmente, a imprensa regional também é contemplada com apoios financeiros, directos ou indirectos, pagos, como é bom lembrar, por todos nós.
Ou seja, já não basta que estas “actividades” representem verdadeiros insultos intelectuais, como (qual cereja em cima do bolo) ainda se paga para isso!!!
Trata-se de um verdadeiro “Serviço Público”, dirão uns...
Um quê? – pergunto eu – serviço púbico?
Trata-se de autênticos exemplos de servilismo e subserviência cobarde (ou, se se quiser, política), capaz de fazer corar de vergonha o lado mais vergonhoso do jornalismo medíocre que também se faz em Portugal.
Em jeito de balanço, dir-se-á que é apenas lamentável o serviço que estes prestam à nossa jovem democracia... outros salientarão as contradições entre este Portugal – o Portugal obscuro e ainda salazarento – e o Portugal Europeu... o Portugal moderno do Séc. XXI.
Concordo!
Em todo o caso, convém não esquecer que este tipo de publicações tem na sua base uma estrutura económica que, há semelhança dos grandes órgãos de comunicação social, sustentam financeiramente estes projectos. Daí que, façam o que fizerem, é problema deles e, obviamente, dos seus leitores.
A questão coloca-se, verdadeiramente, ao nível dos subsídios.
É que, normalmente, a imprensa regional também é contemplada com apoios financeiros, directos ou indirectos, pagos, como é bom lembrar, por todos nós.
Ou seja, já não basta que estas “actividades” representem verdadeiros insultos intelectuais, como (qual cereja em cima do bolo) ainda se paga para isso!!!
Trata-se de um verdadeiro “Serviço Público”, dirão uns...
Um quê? – pergunto eu – serviço púbico?
quarta-feira, outubro 12, 2005
Futebol
Acho o fenómeno do futebol algo de verdadeiramente fascinante. A pessoa nasce Benfiquista, Sportinguista ou qualquer outra coisa terminada em “ista” e interioriza esse quid, como o corpo interioriza a vida. Mesmo nesta época altamente dominada pela ciência e pela razão, o “nosso” clube é talvez o único dogma que se aceita incondicionalmente sem se contestar... nem o destino – algo tão caro aos portugueses – consegue gozar de tamanha condescendência.
Defende-se o clube como se defende a própria vida. A humilhação do clube é sinónimo da humilhação do “eu”...
(aliás, poderá alguém estabelecer a linha que separa o “eu” do clube?)
Pode-se trocar de carro, de casa, de família, de nome e, até, de personalidade... nunca se troca de clube!!!
E, no entanto, a frieza da realidade diz-nos que estamos tão só no plano do lúdico... do passatempo... tudo não passa de uma sucessão de... jogos!
Quero dizer, perder este ou ganhar aquele, não altera em nada a qualidade de vida das pessoas... nem mesmo dos seus adeptos!
Ainda assim, quando “o” clube ganha é a completa esteria... é a alegria materializada que se derrama esbanjadamente nas ruas ...
... Fantástico!
E a Política? Pela lógica, esta é que deveria ser como o futebol. Por questões de princípio e coerência, um Socialista deveria poder dizer-se Socialista toda a vida. Quem abraça a Social-democracia como melhor modelo político e social deveria poder “defendê-lo” ao longo da vida. E o mesmo para os outros partidos. Aqui, pela lógica, não deveria haver lugar para “vira-casacas”.
Mas como? Será possível?
Como é que pode, um Socialista, manter-se fiel quando o seu partido, contra todos os valor Humanistas que sempre defendeu, aplica um programa ostensivamente liberal?
Como é que fica a situação de um Social-democrata ou mesmo de um Popular, ao constatar a efícácia com que o PS aplica e concretiza aquilo que ele não conseguiu fazer passar de um mero e longínquo desiderato?
Será que a coerência está nos vira-casacas?
Defende-se o clube como se defende a própria vida. A humilhação do clube é sinónimo da humilhação do “eu”...
(aliás, poderá alguém estabelecer a linha que separa o “eu” do clube?)
Pode-se trocar de carro, de casa, de família, de nome e, até, de personalidade... nunca se troca de clube!!!
E, no entanto, a frieza da realidade diz-nos que estamos tão só no plano do lúdico... do passatempo... tudo não passa de uma sucessão de... jogos!
Quero dizer, perder este ou ganhar aquele, não altera em nada a qualidade de vida das pessoas... nem mesmo dos seus adeptos!
Ainda assim, quando “o” clube ganha é a completa esteria... é a alegria materializada que se derrama esbanjadamente nas ruas ...
... Fantástico!
E a Política? Pela lógica, esta é que deveria ser como o futebol. Por questões de princípio e coerência, um Socialista deveria poder dizer-se Socialista toda a vida. Quem abraça a Social-democracia como melhor modelo político e social deveria poder “defendê-lo” ao longo da vida. E o mesmo para os outros partidos. Aqui, pela lógica, não deveria haver lugar para “vira-casacas”.
Mas como? Será possível?
Como é que pode, um Socialista, manter-se fiel quando o seu partido, contra todos os valor Humanistas que sempre defendeu, aplica um programa ostensivamente liberal?
Como é que fica a situação de um Social-democrata ou mesmo de um Popular, ao constatar a efícácia com que o PS aplica e concretiza aquilo que ele não conseguiu fazer passar de um mero e longínquo desiderato?
Será que a coerência está nos vira-casacas?
Parabéns!
Parabéns!
Lá se passou mais um acto eleitoral e, pode dizer-se, tudo correu bem.
O debate processou-se com elevação, independentemente dos ataques pessoais, das estratégias de vitimização, das rasteiras mesquinhas e de certos meios de comunicação social (nomeadamente a regional) terem dado exemplos de autêntica perversão intelectual.
Teoricamente, ganharam os melhores... quer dizer, na verdade ganhou a Fátima, o Valentim o Isaltino, o Rio no clube dos mediáticos, mas também o Encarnação, o Soares Marques...
A abstenção atingiu os valores que se viram... no entanto a participação pode considerar-se um autentico sucesso se o prisma de observação tiver em consideração a credibilidade da classe política.
Enfim, estamos todos de parabéns.
Parabéns por tudo isto mas, principalmente, porque conseguimos acreditar que tudo correu bem!
Lá se passou mais um acto eleitoral e, pode dizer-se, tudo correu bem.
O debate processou-se com elevação, independentemente dos ataques pessoais, das estratégias de vitimização, das rasteiras mesquinhas e de certos meios de comunicação social (nomeadamente a regional) terem dado exemplos de autêntica perversão intelectual.
Teoricamente, ganharam os melhores... quer dizer, na verdade ganhou a Fátima, o Valentim o Isaltino, o Rio no clube dos mediáticos, mas também o Encarnação, o Soares Marques...
A abstenção atingiu os valores que se viram... no entanto a participação pode considerar-se um autentico sucesso se o prisma de observação tiver em consideração a credibilidade da classe política.
Enfim, estamos todos de parabéns.
Parabéns por tudo isto mas, principalmente, porque conseguimos acreditar que tudo correu bem!
quinta-feira, outubro 06, 2005
A Coisa...
Veio, o Sr. Presidente, defender a inversão do ónus da prova em matéria fiscal. Ou seja, quem ostenta sinais exteriores de riqueza e apresenta declarações fiscais de indigência, passa a ter de fazer prova da origem dos seus rendimentos.
A coisa, no plano dos princípios é irrepreensível e, por isso, o povo aplaudiu.
Esqueceu, o Sr. Presidente, o outro plano... plano da aplicação da coisa. É que (pormenor) o fisco não é pessoa de bem. Não está muito motivado para pautar a sua actuação de acordo com essa coisa a que se dá o nome de Direito e, quando não há alternativa, faz as sua próprias (e muito peculiares) interpretações legais. É, no fundo, a versão adaptada de “Se Maomé não vai à montanha”... que é como quem diz, “se o direito não se adapta à nossa interpretação, interpretamos nós o nosso Direito!”
Por isso, parece-me, escusa o povo de bater palmas.
É que só consegue fazer frente ao fisco quem tem dinheiro para pagar a excelentes juristas...
Caso a proposta avance, é natural que o fisco queira apresentar resultados que justifiquem tal limitação na esfera jurídica dos cidadãos.
Pode o povo pagar a excelentes juristas?... Preparem-se!
A coisa, no plano dos princípios é irrepreensível e, por isso, o povo aplaudiu.
Esqueceu, o Sr. Presidente, o outro plano... plano da aplicação da coisa. É que (pormenor) o fisco não é pessoa de bem. Não está muito motivado para pautar a sua actuação de acordo com essa coisa a que se dá o nome de Direito e, quando não há alternativa, faz as sua próprias (e muito peculiares) interpretações legais. É, no fundo, a versão adaptada de “Se Maomé não vai à montanha”... que é como quem diz, “se o direito não se adapta à nossa interpretação, interpretamos nós o nosso Direito!”
Por isso, parece-me, escusa o povo de bater palmas.
É que só consegue fazer frente ao fisco quem tem dinheiro para pagar a excelentes juristas...
Caso a proposta avance, é natural que o fisco queira apresentar resultados que justifiquem tal limitação na esfera jurídica dos cidadãos.
Pode o povo pagar a excelentes juristas?... Preparem-se!
Vá para fora...
Gosto de viajar! Tenho pena de não ter oportunidade para sair por este País, ao encontro desses lugares únicos, normalmente fora dos “roteiros turísticos”. A imagem que representa o “Portugal Típico” é, normalmente, acompanhada por boa gastronomia regional, paisagens maravilhosas porque simples e gentes normalmente simpáticas.
No entanto, basta “viajarmos” um pouco pelo Portugal Autárquico, agora que o momento é propício, para deixarmos cair este retrato paradisíaco.
O típico, pitoresco, sóbrio, simples, honesto Portugal dá lugar a uma ruralidade altamente marcada pelo (ainda) estigma salazarento.
O caciquismo, a brutalidade e boçalidade o vale-tudo, a razão da força em vez da força da razão, são ainda e apenas a rotina no que respeita às autarquias.
O elemento que melhor devia espelhar o poder da democracia – porque eleitos e eleitores estão mais próximos – na verdade limita-se a ser precisamente a antítese disso mesmo. A amplificar os seus defeitos.
Viajar pela política autárquica, nomeadamente através dos blogs temáticos, é uma boa terapia para quem não quer ou não pode viajar.
Fiquemos em casa!
No entanto, basta “viajarmos” um pouco pelo Portugal Autárquico, agora que o momento é propício, para deixarmos cair este retrato paradisíaco.
O típico, pitoresco, sóbrio, simples, honesto Portugal dá lugar a uma ruralidade altamente marcada pelo (ainda) estigma salazarento.
O caciquismo, a brutalidade e boçalidade o vale-tudo, a razão da força em vez da força da razão, são ainda e apenas a rotina no que respeita às autarquias.
O elemento que melhor devia espelhar o poder da democracia – porque eleitos e eleitores estão mais próximos – na verdade limita-se a ser precisamente a antítese disso mesmo. A amplificar os seus defeitos.
Viajar pela política autárquica, nomeadamente através dos blogs temáticos, é uma boa terapia para quem não quer ou não pode viajar.
Fiquemos em casa!
quarta-feira, outubro 05, 2005
Viva a República
Viva a República!
Por todos os motivos... por aquilo que temos, e por aquilo que não temos!
Porque graças à República, não temos um Rei... não temos (tantos) Monárquicos nem Nunos da Câmara Pereira... não temos as oficiais côrtes e consequentes beneficiários... não temos tantas revistas cor-de-rosa e publicações afins!
Por outro lado temos um Presidente... temos presidenciais e presidenciáveis... temos candidatos oficiais, não oficiais e candidatos tabús... temos o frenesim jornalístico que finge estar na expectativa de saber se determinado D. Sebastião... avança ou não!
Viva a República por tudo isto mas principalmente porque...
...hoje é feriado!
Por todos os motivos... por aquilo que temos, e por aquilo que não temos!
Porque graças à República, não temos um Rei... não temos (tantos) Monárquicos nem Nunos da Câmara Pereira... não temos as oficiais côrtes e consequentes beneficiários... não temos tantas revistas cor-de-rosa e publicações afins!
Por outro lado temos um Presidente... temos presidenciais e presidenciáveis... temos candidatos oficiais, não oficiais e candidatos tabús... temos o frenesim jornalístico que finge estar na expectativa de saber se determinado D. Sebastião... avança ou não!
Viva a República por tudo isto mas principalmente porque...
...hoje é feriado!
domingo, setembro 18, 2005
O Futuro
Quem assistiu ao Telejornal do canal 1 de ontem (16/09/05) pôde deslumbrar-se com as maravilhas do “choque tecnológico”. Uma sala de aulas de uma escola de Leiria com tudo o que havia de mais avançado em matéria de computadores... ele era um quadro digital onde se escrevia à mão e à máquina, ele era aparelhos em forma de telemóvel para interagir com os alunos... enfim, era o futuro feito presente!
Contudo, o que mais me chamou a atenção foi a presença discreta, humilde (como sempre), de um crucifixo pendurado na parede atrás do quadro electrónico... quase invisível, (quase envergonhado?) quase abafado pelas novas tecnologias. Ali estava ele... como que um referencial que, a partir do passado, permite que nos seguremos ao presente, perante a investida inebriante do futuro.
Só há uma coisa que não encaixa: então o Estado não é laico?
Será que a Dr.ª Mariana Cascais tinha razão e afinal sempre há uma religião oficial em Portugal?
Bom, não entendo... de facto, não entendo nada de política!
Contudo, o que mais me chamou a atenção foi a presença discreta, humilde (como sempre), de um crucifixo pendurado na parede atrás do quadro electrónico... quase invisível, (quase envergonhado?) quase abafado pelas novas tecnologias. Ali estava ele... como que um referencial que, a partir do passado, permite que nos seguremos ao presente, perante a investida inebriante do futuro.
Só há uma coisa que não encaixa: então o Estado não é laico?
Será que a Dr.ª Mariana Cascais tinha razão e afinal sempre há uma religião oficial em Portugal?
Bom, não entendo... de facto, não entendo nada de política!
sábado, setembro 17, 2005
A Fuga!
Hoje o dia não começou muito bem! Enquanto tomava a primeira bica, aquela que sabe melhor, fui assolado por uma dúvida que me colocou numa situação particularmente desconfortável: devo, ou não, pedir factura relativo ao valor a pagar?
Não há dúvida que a fuga aos impostos é, creio eu, o verdadeiro busílis da questão, causa responsável pelo desequilíbrio das contas públicas.
É por causa da fuga que uns pagam tudo e outros não pagam nada.
Também é verdade que os que pagam tudo são sempre os mesmos, tal como os que não pagam nada... uma situação previsível portanto.
Não obstante tamanha previsibilidade, o que é facto é que tudo se mantém há anos... igual!
Ora se todos colaborássemos com o fisco podíamos ajudar a trazer moralidade ao sistema... dar-lhe honestidade.
Honestidade!!!
É aqui que a coisa se agrava.
Saberá, o fisco, o que isso é? Pautará a sua actuação com base nos princípios de direito (a que está obrigado) e à boa fé processual?
Só quem nunca teve o azar de se cruzar com ele é que ainda pode ter dúvidas.
Na verdade, o fisco deve ser das poucas entidade orgânicas inseridas nas estruturas do Estado de Direito que ignora e despreza completamente o direito...
...através de interpretações abusivas, descontextualizadas e sem qualquer enquadramento literal ou teleológico.
Move-se por princípios fundados no livre arbítrio, com uma arrogância assustadora, espalhando o terror (a nível económico, é claro) pelas famílias e por pequenas e médias empresas.
Tudo isto gozando de total impunidade, devido à indiferença deliberada com que os órgãos que o deviam controlar o resolvem contemplar.
Honestidade, moralidade e conceitos afins são palavras que não constam no léxico do fisco.
Querer contrariar esse facto pode ser meio caminho para o irritar e levar com ele em cima.
Conclusão: não, não peço factura... nem da bica nem de coisa nenhuma!
Então e a fuga?
Ouça-se a voz do povo que é sábio: “Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão”.
Não há dúvida que a fuga aos impostos é, creio eu, o verdadeiro busílis da questão, causa responsável pelo desequilíbrio das contas públicas.
É por causa da fuga que uns pagam tudo e outros não pagam nada.
Também é verdade que os que pagam tudo são sempre os mesmos, tal como os que não pagam nada... uma situação previsível portanto.
Não obstante tamanha previsibilidade, o que é facto é que tudo se mantém há anos... igual!
Ora se todos colaborássemos com o fisco podíamos ajudar a trazer moralidade ao sistema... dar-lhe honestidade.
Honestidade!!!
É aqui que a coisa se agrava.
Saberá, o fisco, o que isso é? Pautará a sua actuação com base nos princípios de direito (a que está obrigado) e à boa fé processual?
Só quem nunca teve o azar de se cruzar com ele é que ainda pode ter dúvidas.
Na verdade, o fisco deve ser das poucas entidade orgânicas inseridas nas estruturas do Estado de Direito que ignora e despreza completamente o direito...
...através de interpretações abusivas, descontextualizadas e sem qualquer enquadramento literal ou teleológico.
Move-se por princípios fundados no livre arbítrio, com uma arrogância assustadora, espalhando o terror (a nível económico, é claro) pelas famílias e por pequenas e médias empresas.
Tudo isto gozando de total impunidade, devido à indiferença deliberada com que os órgãos que o deviam controlar o resolvem contemplar.
Honestidade, moralidade e conceitos afins são palavras que não constam no léxico do fisco.
Querer contrariar esse facto pode ser meio caminho para o irritar e levar com ele em cima.
Conclusão: não, não peço factura... nem da bica nem de coisa nenhuma!
Então e a fuga?
Ouça-se a voz do povo que é sábio: “Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão”.
sexta-feira, setembro 16, 2005
Recado
Para expressarem as suas ideias as pessoas não precisam de ser mal educadas!
Foram mais ou menos estas as palavras proferidas por José Sócrates numa escola da Figueira da Foz.
É verdade que tem razão. No entanto são demasiado cruéis por se dirigirem à pessoa em questão.
Até mesmo pela forma: escolher a presença da televisão para enviar o recado... em público... à frente de toda a gente!
Foi tudo menos subtil... foi cáustico... humilhante!
Ainda mais, quando é sabido que podia ter optado por um telefonema, simples e discreto.
Desconfio que o Professor Carrilho nunca mais vai esquecer este puxão de orelhas...
É claro que não percebo nada de política mas até eu vi que aquele recado ia direitinho para o candidato de Lisboa! Era, não era?
Foram mais ou menos estas as palavras proferidas por José Sócrates numa escola da Figueira da Foz.
É verdade que tem razão. No entanto são demasiado cruéis por se dirigirem à pessoa em questão.
Até mesmo pela forma: escolher a presença da televisão para enviar o recado... em público... à frente de toda a gente!
Foi tudo menos subtil... foi cáustico... humilhante!
Ainda mais, quando é sabido que podia ter optado por um telefonema, simples e discreto.
Desconfio que o Professor Carrilho nunca mais vai esquecer este puxão de orelhas...
É claro que não percebo nada de política mas até eu vi que aquele recado ia direitinho para o candidato de Lisboa! Era, não era?
Eu gosto é do verão
É por isso que eu gosto é de “falar” de férias!
Infelizmente o “regresso às aulas” marca definitivamente o fim de férias.
É quase Outono e, como diz a canção, “...No Outono a Escola ameaça abrir...” para depois concluir na parte do refrão “Eu gosto é do Verão...”
E por falar em abertura de Escola, aqui vão os meus parabéns à Senhora Ministra que lá vai de escola em escola, receber a chegada do novo ano lectivo com o mesmo entusiasmo com que as crianças recebem do Pai Natal as prendas que fingem gostar.
Segundo se diz, este ano está tudo a correr bem... os professores estão a trabalhar com determinação entusiasmo e ânimo e, ainda por cima, com efectivo controlo de custos.
É isso mesmo. O dinheiro é de todos e não é para esbanjar, não senhor!
Curiosamente, este ano a minha filha entrou para a Universidade... ou melhor, na verdade ela entrou pela primeira vez para o infantário mas a mensalidade é mais ou menos igual àquela que se paga nas Universidades privadas... por isso, aproveito para me ir habituando!
Só que, ao contrário das Universidades (ou pelo menos de alguns cursos) não houve aqui propriamente uma possibilidade de opção entre público ou privado.
É que o Estado ainda não tem uma rede pública de pré-escolar que responda à totalidade das necessidades da sociedade.
Eu sei... o Estado é pobre e o dinheiro não chega para tudo! Além disso, o pré-escolar não está inserido no âmbito da escolaridade obrigatória logo, alguns têm que ficar de fora.
No caso concreto, fiquei eu!
Até posso entender isso. O que não consigo entender é como é que afinal há dinheiro para tanto “contrato de associação” que alimenta tantos colégios privados!
Colégios que, em muitos casos, se limitam a duplicar a oferta já assegurada pelo ensino público!
Para quem não sabe, os “Contratos de Associação” são mecanismos que permitem ao Estado pagar a mensalidade dos alunos que frequentam colégios em áreas onde não há nenhuma Escola Pública para assegurar a escolaridade obrigatória. Ora, até aqui tudo bem!
O problema é quando vemos esses "contratos de associação" serem celebrados com colégios instalados mesmo ao lado de Escolas Públicas desertas, sem qualquer justificação, portanto, para o pagamento das mensalidades dos meninos que o querem frequentar apenas porque é in... 'tá ver?
Bom - argumenta-se - os Pais têm direito a optar entre escola pública e escola privada!
É evidente que têm... a “concorrência” entre ambas é salutar, motivadora e traz qualidade acrescida ao ensino.
Não percebo é porque é que, temos de ser todos nós a pagar essa opção!
Eu, por exemplo, nem sequer tenho opção a não ser... pagar: pago, pago e pago!
Pago, com impostos, a escola pública de todos;
pago, com impostos, a escola privada de alguns;
pago, porque é imposto, a escola privada da filhota!
É assim! É tudo uma questão de opção política.
Não compreendo, mas que é assim, é!
É por isso que eu digo que não percebo nada de política!
Infelizmente o “regresso às aulas” marca definitivamente o fim de férias.
É quase Outono e, como diz a canção, “...No Outono a Escola ameaça abrir...” para depois concluir na parte do refrão “Eu gosto é do Verão...”
E por falar em abertura de Escola, aqui vão os meus parabéns à Senhora Ministra que lá vai de escola em escola, receber a chegada do novo ano lectivo com o mesmo entusiasmo com que as crianças recebem do Pai Natal as prendas que fingem gostar.
Segundo se diz, este ano está tudo a correr bem... os professores estão a trabalhar com determinação entusiasmo e ânimo e, ainda por cima, com efectivo controlo de custos.
É isso mesmo. O dinheiro é de todos e não é para esbanjar, não senhor!
Curiosamente, este ano a minha filha entrou para a Universidade... ou melhor, na verdade ela entrou pela primeira vez para o infantário mas a mensalidade é mais ou menos igual àquela que se paga nas Universidades privadas... por isso, aproveito para me ir habituando!
Só que, ao contrário das Universidades (ou pelo menos de alguns cursos) não houve aqui propriamente uma possibilidade de opção entre público ou privado.
É que o Estado ainda não tem uma rede pública de pré-escolar que responda à totalidade das necessidades da sociedade.
Eu sei... o Estado é pobre e o dinheiro não chega para tudo! Além disso, o pré-escolar não está inserido no âmbito da escolaridade obrigatória logo, alguns têm que ficar de fora.
No caso concreto, fiquei eu!
Até posso entender isso. O que não consigo entender é como é que afinal há dinheiro para tanto “contrato de associação” que alimenta tantos colégios privados!
Colégios que, em muitos casos, se limitam a duplicar a oferta já assegurada pelo ensino público!
Para quem não sabe, os “Contratos de Associação” são mecanismos que permitem ao Estado pagar a mensalidade dos alunos que frequentam colégios em áreas onde não há nenhuma Escola Pública para assegurar a escolaridade obrigatória. Ora, até aqui tudo bem!
O problema é quando vemos esses "contratos de associação" serem celebrados com colégios instalados mesmo ao lado de Escolas Públicas desertas, sem qualquer justificação, portanto, para o pagamento das mensalidades dos meninos que o querem frequentar apenas porque é in... 'tá ver?
Bom - argumenta-se - os Pais têm direito a optar entre escola pública e escola privada!
É evidente que têm... a “concorrência” entre ambas é salutar, motivadora e traz qualidade acrescida ao ensino.
Não percebo é porque é que, temos de ser todos nós a pagar essa opção!
Eu, por exemplo, nem sequer tenho opção a não ser... pagar: pago, pago e pago!
Pago, com impostos, a escola pública de todos;
pago, com impostos, a escola privada de alguns;
pago, porque é imposto, a escola privada da filhota!
É assim! É tudo uma questão de opção política.
Não compreendo, mas que é assim, é!
É por isso que eu digo que não percebo nada de política!
Cavalo de Troia
Assim... vamos mas é falar de férias que é sempre um assunto agradável em qualquer altura do ano
No caso concreto, e falando de férias, não pode deixar de se saudar a reabilitação do complexo de Troia.
Achei particularmente emocionante a cerimónia que marcava o início (simbólico) dos trabalhos.
O que realmente me pareceu notável foi o aspecto transparente, autêntico e quase naif que marcou a vertente política.
Refiro-me, como já se percebe, ao facto do Senhor Primeiro-Ministro fingir que tinha nas suas mãos o poder... nomeadamente o de fazer implodir as torres. Isto é: fez que fez mas não fez porque quem fez... fez que não fez!
Foi ou não foi? Foi!
E o que é que isto tem de emocionante?
Precisamente o facto de, pela primeira vez, se ter assumido perante todos que quem pensamos que manda... não manda, porque quem manda mesmo... manda mandar.
É ou não é? É
É claro que vieram logo os jornalistas a estragar tudo... a espontaneidade do acto!
...e porque tinha sido uma gafe, e que tinha sido um lapso, e mais isto, e mais aquilo!
Lá se foi um acto de honestidade política, por águia abaixo... não compreendo, realmente não consigo compreender.
É por isso que eu digo que não percebo nada de política!
No caso concreto, e falando de férias, não pode deixar de se saudar a reabilitação do complexo de Troia.
Achei particularmente emocionante a cerimónia que marcava o início (simbólico) dos trabalhos.
O que realmente me pareceu notável foi o aspecto transparente, autêntico e quase naif que marcou a vertente política.
Refiro-me, como já se percebe, ao facto do Senhor Primeiro-Ministro fingir que tinha nas suas mãos o poder... nomeadamente o de fazer implodir as torres. Isto é: fez que fez mas não fez porque quem fez... fez que não fez!
Foi ou não foi? Foi!
E o que é que isto tem de emocionante?
Precisamente o facto de, pela primeira vez, se ter assumido perante todos que quem pensamos que manda... não manda, porque quem manda mesmo... manda mandar.
É ou não é? É
É claro que vieram logo os jornalistas a estragar tudo... a espontaneidade do acto!
...e porque tinha sido uma gafe, e que tinha sido um lapso, e mais isto, e mais aquilo!
Lá se foi um acto de honestidade política, por águia abaixo... não compreendo, realmente não consigo compreender.
É por isso que eu digo que não percebo nada de política!
No princípio era o Verbo...
Pois bem... começa aqui uma nova era na minha vida!
Começa aqui o meu blog que, por ser meu, é muito especial... digo eu!
Espero deixar aqui alguns comentários sobre os mais diversificados temas... abordar, ainda que pouco, todos os assuntos!
Bom, todos não... de facto, não estou muito sensibilizado para “falar” de política.
Na verdade, confesso que não percebo nada de política.
Por exemplo: sempre se disse que as virtudes dos Estados Modernos e Democráticos – o Estado de Direito – era a separação, de facto e de direito, dos três poderes: Poder Legislativo, Executivo e Judicial.
A prática diz-nos que com maiorias absolutas na Assembleia Legislativa a separação entre o Executivo e o Legislativo reduz-se praticamente à parte formal.
Portanto, sobra na prática a independência do Poder Judicial.
Ora é exactamente aqui que eu deixo de compreender a coisa.
Como é que se pode garantir a independência do Tribunal de Contas quando o seu presidente não só não é um magistrado como é uma pessoa notoriamente empenhado na causa do governo?
Por outro lado, sempre fiquei com a sensação que esta coisa de querer controlar todas as estruturas do Estado era própria das correntes políticas situadas no centro-direita, tipo PSD e PP... provavelmente devido a velhos hábitos do período do Portugal Cinzento. Só que o problema é que quem está agora no executivo é de... centro esquerda!
É por isso que eu digo que não percebo nada de política!
Começa aqui o meu blog que, por ser meu, é muito especial... digo eu!
Espero deixar aqui alguns comentários sobre os mais diversificados temas... abordar, ainda que pouco, todos os assuntos!
Bom, todos não... de facto, não estou muito sensibilizado para “falar” de política.
Na verdade, confesso que não percebo nada de política.
Por exemplo: sempre se disse que as virtudes dos Estados Modernos e Democráticos – o Estado de Direito – era a separação, de facto e de direito, dos três poderes: Poder Legislativo, Executivo e Judicial.
A prática diz-nos que com maiorias absolutas na Assembleia Legislativa a separação entre o Executivo e o Legislativo reduz-se praticamente à parte formal.
Portanto, sobra na prática a independência do Poder Judicial.
Ora é exactamente aqui que eu deixo de compreender a coisa.
Como é que se pode garantir a independência do Tribunal de Contas quando o seu presidente não só não é um magistrado como é uma pessoa notoriamente empenhado na causa do governo?
Por outro lado, sempre fiquei com a sensação que esta coisa de querer controlar todas as estruturas do Estado era própria das correntes políticas situadas no centro-direita, tipo PSD e PP... provavelmente devido a velhos hábitos do período do Portugal Cinzento. Só que o problema é que quem está agora no executivo é de... centro esquerda!
É por isso que eu digo que não percebo nada de política!
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