sábado, fevereiro 24, 2007

Em Coimbra....






Em Coimbra é absolutamente proibido estacionar no lado direito (sentido ascendente) da Rua D. Pedro de Cristo. Ou seja, qualquer automobilista que ali tente parar o carro, por minutos que seja, é automaticamente multado pela Polícia Municipal. E bem porque assim mandam os princípios elementares do Estado de Direito. Porém, sem que o mesmo Estado de Direito consiga explicar, aos sábados pela manhã – todos os sábados durante toda a manhã – a mesma Polícia Municipal inibe-se de actuar, ou seja, inibe-se de autuar os veículos que por ali param em transgressão. O mais intrigante é que a polícia não se limita a fingir que não vê as infracções... Não! A polícia “escolhe”, por entre as inúmeras viaturas, aquelas que acha que deve ou não multar.
Assim, sem que o tal Estado de Direito consiga explicar, aos sábados de manhã – todos os sábados durante toda a manhã – a polícia “farta-se” de multar os carros mal parados que por ali param... mas apenas os carros que não se pareçam com veículos de vendedores, feirantes e eventuais proprietários de etnia cigana. A estes – carrinhas, camionetas e furgões – não lhes "toca" mesmo que parados em rotundas, passeios, paragens de autocarros e restante zona interdita. Para multar servem apenas os outros. Todos os outros. Quanto a estes – os outros – é um «fartai vilanagem»! Só não sei é qual a Lei, Decreto-Lei ou Regulamento que prevê e permite esta discriminação.
Os polícias a quem eu tive a oportunidade de perguntar também não sabiam... disseram-me apenas que tinham ordens... ou melhor, segundos depois chegaram à conclusão que já não tinham. Não tinham ordens nem necessidade de me dar qualquer explicação, disseram. Isto é, ainda alguns segundos depois, chegaram à conclusão que afinal já nem tinham dito nada... disseram apenas que negavam qualquer afirmação que tivessem feito e que porventura fosse citada incluindo esta.
Ah!!! Claro...segundos depois (já dá cerca de um minuto) disseram-me que afinal não podia estar ali a tirar fotografias.
E, a partir daí, não tirei! A sério... nem mais uma! Afinal, a polícia manda!

E com esta, tão habilmente discriminatória, é melhor não brincar!

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Em viseu.

10, 4 e 6!


10 e 4 foram os anos de prisão que a justiça atribuiu ao pai e à mãe (respectivamente) da bebé que veio a falecer por causa dos maus-tratos que lhe provocaram, entre outras coisas, traumatismo craniano e lesões graves no ânus.

6, foram os anos de prisão a que foi condenado o sargento Luís Gomes.


A justiça Portuguesa considerou que, perante as concretas situações e factos que distinguem um e outro caso, devia punir os respectivos intervenientes com penas cuja diferenciação se fica por 2 e 4 anos entre si!

Ou seja, entendeu, a dita justiça portuguesa, que o pai que recusa entregar a sua filha (porque é disso que estamos a falar) devia ser punido com pena superior, em 2 anos, à da mãe que, por omissão, permitiu que a filha fosse violentada até à morte... e inferior, em apenas 4 anos, à do pai que a espancou e violou.



Concluindo:
Quando funciona, funciona assim a justiça portuguesa.
Quando decidem, decidem assim os juízes portugueses.
Por isso, senhores juízes, mais anos menos anos... vão mas é apanhar no...

...ops! Não me lembro como é que acaba a expressão... o ditado!
Joelho! Acho que é joelho... vão mas é apanhar no joelho...
Não! Não é joelho. Será nariz?
Hummm!!! Acho que não!
Bom, não me lembro!
Fica para a próxima.


quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Mimosa

Era ISTO que me andava a atormentar o espírito.
E porquê?
Porque estas medidas vão atingir em cheio a minha filha quando ela entrar na escola.

O que este governo faz para «mediocrizar» a educação... acham eles que quanto mais “estúpidos” forem os portugueses mais probabilidades têm de se perpetuar no poder.

...provavelmente, têm razão!!!

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Conversas em família


Maria Flôr Pedroso, nas últimas “conversas” com Marcelo, deixou escapar que o resultado do referendo era a primeira vitória eleitoral do PS (e de Sócrates) isto se se considerar o resultado obtido nas autárquicas e presidenciais.

Não é a primeira vez que políticos e alguns analistas fazem este tipo de “interpretações”. Habitualmente o campo de eleição são as autárquicas embora também resulte a nível das presidenciais.
A coisa funciona mais ou menos assim: até ao acto eleitoral propriamente dito, faz-se crer que o que está em causa são... as causas! No caso das autárquicas e presidenciais diz-se mesmo que se deve votar nas pessoas e não nos partidos que directa ou indirectamente as suportam.
Fechadas as urnas e logo após a divulgação das primeiras projecções, assiste-se a uma inversão de postura distribuindo vitórias e derrotas aos respectivos partidos conforme o gosto (e interesses) de cada um!

Tendo em conta a cumplicidade actual entre a comunicação social e Sócrates (e o seu governo) Maria Flôr Pedroso viu a oportunidade e aproveitou-a.

Lamenta-se!

domingo, fevereiro 04, 2007

Pingo Doce

Descobri há bocado que me faltavam ingredientes para fazer o jantar. Vai daí, lá tive eu de ir ao Pingo Doce. Pus a minha melhor cara de enfado e dei corda aos sapatos – que é como quem diz, fui a pé – que isto do ambiente é algo que me preocupa.
E digo “pus a minha melhor cara de enfado” porque, por sistema, me recuso a fazer compras em supermercados onde, no final, me pedem dinheiro pelos sacos onde arrumo as compras.
Fico ainda mais furioso quando me querem fazer crer que tal “venda” se deve a preocupações com o ambiente. Não é por nada mas sinto que me estão a fazer de parvo.

Repare-se:
- comprei alface. Estava previamente embrulhada num plástico;
- comprei tangerinas. Tive de as colocar num saco de plástico antes de se poderem “sentar” na balança;
- comprei fiambre. Foi embrulhado em papel e posteriormente ensacado em plástico
- comprei carne. Estava acondicionada numa palete de esferovite devidamente embrulhada numa película (filme) de plástico.

Por isso não compreendo. Se a preocupação com o ambiente é tão grande, como é que se explica tanto lixo que, com boa vontade, se poderia eliminar?


Outra coisa. Toda a gente sabe que, por sistema, os sacos de supermercado acabam como sacos do lixo. Aquilo a que a política dos "três R's" chama a “Reutilização”.
Por isso, acho incoerente obrigarem os clientes a pagar os sacos (por amor ao ambiente) e, simultaneamente, venderem sacos do lixo específicos.

Por isso, meus senhores do Pingo Doce, arranjem lá as formas de financiamento que quiserem para compensar a tão propalada descida de preços. Mas por favor não insultem a minha inteligência.

Ah... já me esquecia: Viva o Continente, o Jumbo, o Carrefour e todos os que não precisam de utilizar estas desculpas mesquinhas!