sexta-feira, abril 24, 2009

domingo, abril 12, 2009

Madrid I

Aproveitei a Semana Santa e o pequeno descanso que ela proporciona para “dar um saltinho” a Madrid.
Não sei porquê mas gosto daquela cidade.
Gosto dos prédios.
Gosto dos monumentos.
Gosto de passear pelo Sol e pela Gran Via.
Gosto de andar pelas ruelas estreitas.
Gosto de andar entre o Palácio Real/Ópera até à Praça Maior.
Gosto do ambiente.
Gosto dos músicos de rua.
Gosto de tapas.
Gosto… e pronto.
E como gosto, fui até lá.
E como fui até lá, ou melhor, como estive quatro dias por lá, não pude deixar de fazer as inevitáveis comparações.

Madrid II

Já não ia a Madrid há alguns anos. Foi, por isso, com alegre surpresa que verifiquei que o percurso entre Vilar Formoso e Madrid (com excepção de pequenos desvios devido a obras) já é praticamente todo feito numa espécie de auto-estrada. E é também com alegria no rosto que no final, isto é, 300 quilómetros depois, se constata que o preço é de… 8,05 euros (equivalente à última fase do percurso correspondente ao túnel de S. Rafael que atravessa a Serra de Guadarrama).
Estranha-se, ainda, que do outro lado, entre os espanhóis, não se ouça o argumento do “utilizador-pagador” e coisas desse género. Nem o argumento de que assim, andam os espanhóis a pagar, com os seus impostos, obras que depois são utilizadas por outros cidadãos de outras nações (como os portugueses, por exemplo).
Bem sei, bem sei… estes são argumentos usados por pessoas pequenas… mesquinhas. Por sociedades mais atrasadas e, se há coisa que os espanhóis não são é… atrasados.
Agora, uma coisa é certa: que eu vou ouvindo estes argumentos por aí, ai isso vou!

Madrid III - ASAE I

Não gosto de ASAE. Tem uma atitude arrogante e pidesca.
Fica a sensação de que é vingativa e capaz de fazer a vida negra a quem quer que ouse questioná-la.
Não se move pelo interesse público mas apenas pelo interesse pessoal . De acordo e ao sabor da vaidade dos seus elementos.
Esta é a minha opinião e pronto. Enquanto o delito de opinião não for outra vez criminalizado (por este andar, lá havemos de chegar), é apenas a minha opinião. Nada mais.
No entanto, uma coisa é certa: seja por causa da ASAE ou não, a verdade é que os nossos comerciantes, já vão mostrando mais respeito pelo consumidor do que os comerciantes do país vizinho.
Coisas como:
Quadro de ardósia colocado estrategicamente no passeio para que qualquer pessoa tropece nele a anunciar:
Menu: Primeiro prato + segundo prato mais postres mais bebida mais… mais… mais… = 8,90 euros.
Depois de sentado à mesa com o pão e a manteiga começarem a olhar para nós, portugueses esfomeados , é que somos informados que os menus anunciados só funcionam ao almoço… ao jantar, népia!

Ou então:

Letreiro colocado num café anuncia o Pequeno-almoço (tostada e café = 2 euros) Só… sem mais nada!
No momento de pagar, os 2 euros anunciados transformam-se em 3, 5 cobrados. Motivo: o que está anunciado refere-se ao pequeno-almoço ao balcão. Nas mesas é mais caro.
Então e onde é que isso está escrito? (sempre pergunto eu) .

F
inalmente:

Temos uma informação no hotel que nos diz que as visitas ao Palácio Real são gratuitas.
Já na fila para a dita visita temos tempo de ler todas as informações colocadas nos placards como horários de abertura, encerramento e coisas desse género.
O quadradinho reservado aos preços foi retirado para minha satisfação.
(Gosto de visitar monumentos mas gosto mais ainda quando as entradas são gratuitas).
Depois de uma hora na fila de espera, espera-me a triste desilusão de me pedirem 8 euros para poder entrar.

Opsss! Não… assim não vale – pensei eu.

E não entrei. Não foi propriamente pelos 8 euros.
Foi mais pelo facto de me sentir enganado.
Aproveitei para fazer uma reclamação (vá lá… é ou não é original? Quantos turistas, em férias, têm pachorra para fazer uma reclamação?) e depois... vim-me embora.

Madrid IV - ASAE II

A ASAE andou por aí pelo país a dar asas à sua descontrolada vaidade e a encerrar metade das “instituições” tradicionais do nosso povo.
O azeite nos restaurantes tinha de estar em embalagens de plástico.
As colheres de pau tinham de ser de plástico.
O queijo da serra e as amêndoas de Portalegre tinham, também eles(as), de ser de plástico. Enfim… quando o ridículo assumiu proporções de patetice, vieram os diligentes agentes justificar que “a culpa não era deles mas da Europa” A Europa é que mandava… modernices.

- Bom, ‘tá bem - pensámos nós a fingir que acreditávamos só para não causar mais dissabores, (não fossem estes homens encerrar-nos a sardinha assada na brasa e o caldo verde verdinho a fumegar na tigela).

Ora, acontece que a Espanha também está na Europa.
E lá, os restaurantes nem uma colherzinha nos mandam nas travessas para a pessoas se poderem servir. Quando queremos mais, lá temos nós de meter a (nossa) colherada no prato comum.
Na verdade, não acho muita piada. Não sei porquê mas não me parece muito higiénico.
No entanto, a minha pergunta é: então e aqui, a Europa não tem regulamentos para os espanhóis?
Por isso, quando os senhores da ASAE vierem outra vez com a conversa de que é a Europa que está a mandar vou mandá-los dar uma volta até ao Chico da Espanha.
Olé!