sexta-feira, outubro 28, 2005

Teoria

A Minha Teoria:

O Estatuto do Aluno, na parte disciplinar, permite que um professor dê ordem de saída da sala de aula ao aluno que assume, em determinado momento, uma atitude perturbadora.
É pena que este princípio não seja extensivo a outras entidades igualmente perturbadoras do normal funcionamento da Escola. Perturbar o ensino tem sido, aliás, uma prática comum a vários governos. Há dois anos foi a alteração às regras dos concursos, o ano passado foi a trapalhada com os concursos e este ano... ...bom, este ano nem é bom falar. Ninguém dúvida que agora temos mais escola... pergunto é se temos melhor Escola!?!

Qual a razão que leva os políticos a “atacar” desta forma um sector tão importante para o futuro de um País?
Oficialmente, defendo que o problema está na falta de sensibilidade das chefias para a realidade escolar, para aquilo que verdadeiramente se passa no terreno.
No entanto, intimamente, começo a acreditar que tudo faz parte de uma estratégia deliberada e intencional.
Porquê?
Não tenho dúvidas de que se a escola pudesse desempenhar integralmente o seu papel, se tivesse verdadeiramente condições para Ensinar, o espírito crítico do País começaria a ser muito mais exigente. Não se limitava a repetir durante a semana as opiniões de Marcelo servidas ao Domingo à noite como refeições tipo pronto-a-servir que se congelam e se usam quando é preciso.
Bom, mas se o espírito crítico do País fosse mais exigente, também não duvido que a actual classe política seria completamente varrida...
Estão a ver??? Dois mais dois....



‘tava a brincar... é claro não... não acredito em nada disto!... podia lá ser?!... faz lá algum sentido?!... que disparate.

Ilustração aqui

5 comentários:

Agnelo Figueiredo disse...

Concordo genericamente.
Há, contudo, um aspecto que importa clarificar:
O Governo não tem atacado a "escola". Tem atacado os professores.
E tem-o feito mal. É que não são "os" professores que devem ser atacados. São "alguns" professores. São - infelizmente temo-los - os faltistas e os baldas. E, não tenho qualquer dúvida, que esses deviam ser "desincentivados".
O Governo não foi por aí. Optou pela facilidade da uniformização: "Comem todos por igual".

Blogexiste disse...

Olá!
Concordo plenamente! “Depurar” o sistema só traria maior dignidade a todos os seus profissionais
No entanto mantenho que o(s) governo(s) têm “atacado” a Escola. Enumerar os sucessivos factores de instabilidade seria fastidioso (apenas lembro os “saltos” de alguns professores em 2001 que criaram situações de enorme injustiça; agora, os QZP são colocados antes do QE; temos os contratos de associação com colégios privados esvaziando as escolas públicas e desperdiçando de forma escancarada os “dinheiros públicos”; as constantes reformas e contra-reformas sem esperar pela verdadeira avaliação – hoje formação cívica como área curricular, amanhã como disciplina... etc. etc. etc.
Estes e outros exemplos acabam por dar razão aqueles que estão no ensino apenas por...
... sei lá porquê!
E havia muitas outras coisas que se poderiam enumerar... por isso digo: parece que os governos não querem deixar a Escola fazer o seu papel!

Anónimo disse...

mas a escola não tem desempenhado o seu papel.Ou melhor osprofessores não têm desempenhado o seu papel.
Além do mais BL diz-me só:
-Concordas com um sistema de promoção por mérito?
-concordas com a a possibilidade de a escola escolher os seus professores terminando quase totalmente com o concurso nacional
-concordas com formas de gestão privadas nas escolas

... cuidadinho com as respostas por dois motivos: o rolo da massa em casa e com os teus amigos sindicalistas e bloquistas...ou será que começas a pensar por ti e a perceber o país real. (esta é uma private joke para o bl)

Blogexiste disse...

Mocho:
No plano dos princípios concordo com isso tudo e muito mais. Agora, será possível aplicar os princípios sem os desvirtuar? Conhecendo a realidade actual, valerá a pena dar esse passo?
Não me parece... nem a mim nem ao mocho!
Até parece que o mocho não conhece o País real!!! Quer dizer, basta fazer uma transposição do que se passa a nível do caciquismo autárquico para o âmbito das Escolas para vermos muitos Senhores “Plesidentes” a darem largas à sua imaginação! Repito: garanta-se um sistema transparente de aplicação e vamos a isso que já vai tarde.
Quanto ao rolo da massa... que venha ele, não tenho medo! Para que serve um rolo se não tenho massa????

Anónimo disse...

mocho se o bloco sabe ...
afinal já és um socialista real.. já és um socratico.
mas achas mesmo que existem por aí uns autarcas assim ???? quem tal diria..

uns reizinhos....