terça-feira, janeiro 31, 2006

Quando o telefone toca...

Em sei que não tenho sido muito assíduo por estes lados da blogosfera. Acontece que ando muito ocupado... quer dizer, não é bem «ocupado»... é...
... digamos que atravesso uma fase em que necessito de muita concentração. Todo o meu tempo, neste momento, é dedicado ao... telefone! A olhar para o telefone.
Bom, é que eu sei que estão a ser feitos para aí uns determinados telefonemas... convites para um trabalhito com contrato a termo certo para os próximos cinco anos (com possibilidade de prorrogação por outros cinco) ali para os lados de Belém e não quero, ou melhor, não posso perder essa oportunidade... essa oportunidade de servir o País, bem entendido porque eu, tudo o que faço, não é por mim... é pelo País.

Assim, quando o telefone tocar... eu atendo!

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Wolfgang 250


Comemora-se hoje os 250 anos do nascimento de Mozart, considerado por muitos como o maior génio de todos os tempos.
Se me pedissem para fazer alguma sugestão, recomendaria a sua última missa fúnebre, o Requiem (não..., deixem-se disso..., é claro que não tem nada a ver com os resultados de Domingo passado..) por ser aquela que eu considero mais grandiosa.

A sua obra é vasta e diversificada permitindo uma grande variedade e possibilidades de escolha para todos os tipos de públicos: dos iniciantes aos melómanos.

Para quem não gosta, não aprecia o estilo ou simplesmente não está nessa onda, pode sempre tentar os bombons ou o licor...

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Curiosidades

Hoje não vou “falar” de política.
Apenas trivialidades. Só isso!



Canal de Televisão mais visto em Portugal
TVI

Programa de televisão mais visto em Portugal
“Dei-te quase tudo"


Segundo programa de televisão mais visto em Potrugal
“Batanetes”


Terceiro programa de televisão mais visto em Portugal
“Mundo Meu”


Grupo musical com mais vendas em portugal
"D’ZRT"


Jornal mais vendido em Portugal
"Correio da Manhã"


Jornal que este ano aumentou as vendas em Portugal
"24 Horas"


Candidato mais votado nas presidenciais de 2006 em Portugal
"Cavaco Silva"


segunda-feira, janeiro 23, 2006

Nem Pio!

Nota: Este post não existe.
Trata-se apenas de um conjunto de considerações produzidas no íntimo dos pensamentos do Blogexisto e que conheceram a luz do dia devido a uma miserável fuga de informações (quem sabe da responsabilidade da Procuradoria Geral da República).


"Triz, triz, triz... posso entrar?"

Devia ser assim que o presid... presid... presid...
...(não consigo), que o Cavaco se deveria apresentar em Belém. Se ganhou as eleições por um triz!...
Triste fado o nosso, este de se perder tudo por um triz (já foi assim no Europeu, lembram-se?).
Ou, como também se costuma dizer "foi por uma unha negra"... Ora aí está: Negra é a palavra certa para designar a actual situação!


Bem sei que devia começar por endereçar os parabéns aos vencedores: ao presi... ao... ao Cavaco, é claro, mas também ao Sócrates, ao DN à TSF à Marktest, à Eurosondagem, em resumo, ao staff da candidatura vencedora. Mas não consigo. Paciência! Estou demasiado desiludido. Pronto.

E tudo por causa deste nosso azar que nos persegue ad eternum.
Nos outros povos a água não passa duas vezes debaixo da mesma ponte (nem o filósofo, que era filósofo, conseguia tomar banho duas vezes nas mesmas águas do rio); aqui é esta banhada!
Apanhei com o Cavaco aos vinte anos e fui obrigado a gramá-lo até aos trinta. Pensei na altura “que raio de juventude”.
Quem havia de dizer que agora só me vou ver livre dele quando tiver cinquenta. Cinquenta aninhos! Uga-se! É caso para dizer “que raio de vida”!

Que a maioria que votou nele está dissolvida... Ah, pois, é claro que está... tão dissolvida que já ninguém sabe quem foi: “Não foi com o meu voto...” “Ai com o meu também não...” era o que se ouvia hoje nas ruas!
É. Foram os Espanhóis que vieram cá votar nele... não gostam de nós! É da inveja!
(É daí... não me admirava muito.)
Eles e os restantes europeus devem estar hoje muito entusiasmados a gozar cá com o pessoal.
Já devem ter começado com aquelas piadas muito "originais" do tipo “ia uma vez o Samora de carro quando...” só mudam de presidente!
Engraçadinhos.
E os Brasileiros também não perdoam... já devem estar naquela de:
“Oi, meu irmão escuta essa aí: era uma vez dois portugueses que iam pela rua; um chamava-se...”
Alto aí, alto aí alto aí!... se vem aí uma anedota de portugueses não contes comigo que eu não acho graça”.
“ ‘tá certo meu chapa, tu tem razão... tudo bem! Então escuta essa outra aí: era uma vez dois japoneses que iam pela rua; um chamava-se Aníbal e o outro Maria, quando de repente...”
etc.

É por tudo isto e por muito mais que acabo de tomar uma decisão importante.
- Até 2016 (com uma pequena interrupção em Janeiro de 2011) sou monárquico. Se é para isto...

Além disso, quem é que, desde sempre, nos disseram que ia para Belém (e com muitos presentes para todos)?
Para Belém vão os REIS... sejam MAGOS, sejam MEGAS... contem COMIGO!

VIVA D. Duarte...

...Pio!


domingo, janeiro 22, 2006

Ohhhh!


'tou de trombas!
(Que a esperança era a última a morrer...
...esta morreu que foi um instante!)

sábado, janeiro 21, 2006

DeVer deVoto

Pronto! Já está! Já reflecti tudo o que tinha a reflectir. Venham de lá essas eleições.
Gosto sempre de eleições mesmo quando, como estas, o resultado é desastroso.
Lembro-me da minha infância na aldeia (agora diz-se Portugal profundo) onde, dia de eleições era, em parte, dia de festa.
Ainda hoje é assim, acho eu. E há vantagens. Repare-se:

Um pouco por esse enorme Pulo do Lobo que se estende ainda um pouco por todo o país, há uma população de velhos e doentes, habitualmente esquecida e ignorada, que tem, em dia de eleições, uma oportunidade para, de novo, se sentir útil. Não pelas eleições propriamente ditas uma vez que até a expressão “ida às urnas” é propícia a assustar e afugentar essas pessoas habitualmente mais vulneráveis.
Não!
Imagino é que nestes dias, muitos se devem voltar a sentir outra vez importantes quando, uns quantos “senhores importantes”, lhes pedem colaboração ...
vá, senhor Joaquim, não se esqueça de pôr a cruz lá no quadradinho igual a este, viu bem? Não se engane a contar?!"
...pois sim senhor, atão num hei-de ir porquê? Bou sim senhor... bou deitar por esse que bocemessê diz...
E ali vão eles deitar a cruz como se, por momentos, se livrassem da cruz em que se transformou as suas vidas.

Bem, e depois há o passeio, propriamente dito. Carrinhas Hiace ou Transit’s de nove lugar, habitualmente associadas a paróquias e centros sociais (ou simplesmente carros particulares), vão andar, em princípio, num rodopio constante... um leva-e-traz incansável que é sempre bonito de se ver.

É (também) por isso que é importante haver eleições.
O problema é que, a menos que surja para aí algum referendo ao aborto, tão cedo os velhinhos não voltarão a ter oportunidade de passear. Embora seja natural que muitos lhes digam “vão passear...”

Armado em Espelho















Schiuuuu!!!!

Estou a reflectir!

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Ranhosos!


De acordo com o noticiário da SIC, um condutor português foi multado na auto-estrada porque se assoava enquanto conduzia. Isto porque, segundo parece, a legislação obriga o condutor a manter as duas mãos no volante ou, uma no volante e outra na caixa de velocidades. A solução, de acordo com o jornalista, era o condutor permanecer completamente ranhoso durante toda a viagem , já que se parasse na auto-estrada, a penalização seria ainda mais grave!

Ora bem , quando as autoridades de um país actuam assim... tudo é possível! (até Cavaco ser Presidente:)

Veremos!

A propósito da oportunidade do aumento do preço dos combustíveis, questionado ontem, Sócrates afirmou que o governo não governa de acordo com o calendário eleitoral.

Pois!... ‘tá bem!
Daqui a três anos, por altura das legislativas, voltamos a falar!

quinta-feira, janeiro 19, 2006

´tá mal!


O dia acordou com os combustíveis mais caros.
Não é novidade.
Diferente será, porventura, o notável aumento – três cêntimos – e o momento em que ocorre – campanha para as presidenciais.


É caso para dizer: José Sócrates não pára... todos os meios são válidos para, “disfarçadamente”, conseguir eleger Cavaco no próximo Domingo.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Profissionalismo


A sondagem da Marktest para a TSF e DN parece que foi feita de encomenda para O Candidato.
Primeiro, cria-se um mecanismo que justifica diariamente a abertura dos noticiários com “Cavaco ganha à primeira” (tantas vezes se repete que a coisa acaba por se interiorizar).
Depois, não vá o povo sossegar e dar a coisa de bandeja, arranja-se uma progressiva descida das intenções de voto para criar a ilusão que todos têm uma missão patriótica a cumprir… ninguém pode ficar em casa segundo o próprio discurso do candidato.
Bom, a isto chama-se profissionalismo. Profissionalismo do melhor.
Só não percebo porque é que comigo não funciona… porque é que eu continuo a pensar pela minha própria cabeça…

terça-feira, janeiro 17, 2006

Então?

O professor Cavaco afirmou ontem numa acção de campanha que quer ajudar os Portugueses a escolherem bem o próximo Presidente da República.

Ó senhor professor, não vá por aí…
É que se o pessoal segue o seu conselho e lhe dá para votar bem, lá se vai a sua oportunidade de agarrar Belém…






PS - Será o peso político do senhor professor que está a fazer este lindo serviço ao tecto do carro ou será apenas o lado visível da sua base de sustentação que começar a ceder?...

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Música


"Eu estou aqui para D'zrt o que penso da Presidência da República"
E eu estou D'zrt para que tudo isto acabe!

domingo, janeiro 15, 2006

FDS

Percebe-se que me baldei durante o fim-de-semana.

Aproveitei. Fui passear. Estive com amigos.
Comi bem. Muito bem mesmo.
Umas enguias (divinalmente preparadas), abriram o caminho ao Bacalhau à Lagareiro. Único.
Como sobremesa, pediu-se uma picanha magnificamente acompanhada com arroz de feijão.
Ao lanche, o obrigatório Pão de Ló de Alfeizerão fez companhia às melhores empadas de galinha que já alguma vez comi.

No entanto, a gastronomia foi apenas a moldura que encaixilhou o perfume da paisagem. De São Martinho à Foz do Arelho o mar preparou-se, arranjou-se, maquilhou-se só para nos receber.

Enfim, foi um fim-de-semana delicioso. E porquê?
Porque o próximo vai ser tenebroso.
Aproveitou-se para celebrar o facto de ainda não termos o Presidente Cavaco (não sei porquê mas nem este chavão soa bem... Presidente Cavaco... Presidente Sampaio, vá que não vá... Presidente Soares, também não está mal... até o Presidente Pereira me parece melhor que Presidente Cavaco, mas paciência...)

Por isso estive nas Caldas, estive bem, muito bem mesmo... só não quis ouvir falar de... Cavacas.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

AZAR!

Sexta-Feira, 13

O estigma de azar habitualmente associado à sexta-feira treze está prestes a perder importância, diluindo-se nos restantes dias do ano.
É que a mais-que-previsível vitória de Cavaco Silva como Primeiro-Ministro no cargo de Presidente da República, anunciada para o próximo dia 22, fará com que todos os dias sejam dias de azar.


M(i)AU, M(i)AU!

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Sarilhos


Sarilhos?!!!....
Sarilhos?!!!...
Já vos digo o que são sarilhos....
Quando for eleito, até vos como a todos!

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Provérbios

A TSF e o DN estão a apresentar todos os dias uma sondagem que regista a tendência da evolução do voto nos candidatos presidenciais. Em termos gerais, a metodologia assenta numa amostra de cerca de 600 pessoas entrevistadas ao longo de 4 dias. Todos os dias são acrescentadas aproximadamente 150 entrevistas, que vão substituir as 150 entrevistas mais antigas.
Está bem de ver que, a menos que se registe uma hecatombe política, a tendência das novas entrevistas dificilmente podem alterar o sentido global da sondagem... na prática têm o peso de 1 para 4! Enquanto isso, a TSF e o DN todos os dias nos apresentam como “manchete” a mesma notícia... a vitória clara de Cavaco Silva.

A minha dúvida neste momento é apenas uma... estaremos perante um caso de “pescadinha de rabo na boca” ou de “água mole em pedra dura...”?

terça-feira, janeiro 10, 2006

Artistas!

Independentemente da polémica que sobrou do programa de ontem, o “Prós e Contras” é, habitualmente, um espaço interessante de confronto de ideias e troca de opiniões. Colocado na RTP, é aquilo que considero um exemplo de serviço público.
Só não consigo entender é a opção relativamente ao horário de emissão. Se fosse um canal comercial, poderia existir uma qualquer razão de ordem económica. No canal público não se compreende.

Com esta estratégia, privam-se todas aquelas pessoas que, como eu, têm, no dia seguinte, de acordar cedo (muito cedo) para cumprir horários de trabalho.
Será que todo esse povo, por ser povo, não tem direito a ser e estar informado?... não tem o direito de ouvir e ter uma opinião formada e fundamentada?... algo que o possa ajudar a orientar nas suas opções políticas... orientações essas definidas com base em razões diferentes daquelas que motivam as suas escolhas clubistas e futebolistas?


Elitistas!!!


domingo, janeiro 08, 2006

A Creditar

Cavaco Silva colocou-se hoje ao lado dos funcionários públicos
Pessoalmente não me parece uma estratégia muito inteligente. Primeiro, por causa da onda de anti-funcionário-público que varre o país de norte a sul.
Depois, porque não acredito que os funcionários públicos acreditem. Soa a falso. É que nem de propósito, foi no consulado do PSD (e em particular no domínio do senhor professor) que os ditos ficaram sem aumento dois aninhos seguidos, lembram-se? E uma das vezes por birra do senhor professor... (como os sindicatos não aceitaram a sua proposta acabou por não aumentar nada e o pessoal ficou a ver navios...)

Ah, pois, esqueci-me, o que interessa ao senhor professor é o futuro... o passado já lá vai...

Isso são contas de outros carnavais.... ai, desculpem, lá estou eu outra vez... carnavais... esta história da terça-feira de carnaval também não é para lembrar...
Verdade verdadinha, havia pessoal que abusava e fazia ponte...
... e pronto, lá estou eu... que mania... a propósito de quê é que eu havia agora de falar em ponte?.... longe de mim lembrar os acontecimentos da ponte 25 de Abril....
Bem, a polícia limitou-se a cumprir ordens... foram obedientes... não iam andar à bordoada uns aos outros, pois não... tipo polícias contra pol...


...acho que vou ficar por aqui.
Estou a descambar...

Acreditem... só queria dizer que não acredito numa palavrinha, nem uma sequer, do que hoje disse o senhor professor...


Nem uma!

sábado, janeiro 07, 2006

Manipulações?


Esta é a imagem da primeira página de hoje do Expresso... um jornal "independente"!
Podia ser Cavaco a comer bolo rei (afinal foi ontem o dia de Reis).
Mas não... foi Soares... esta imagem de Soares.

Bem sei, são “critérios jornalísticos”.... e estes são dogmas. Não se discutem!
(Devem ser, aliás, os únicos dogmas vigentes nas sociedades modernas e democráticas. Tudo é discutido e discutível menos “os critérios jornalísticos”).

Ora bem, poderei estar enganado mas algo me diz que o Expresso decidiu apoiar claramente, a partir de hoje, a candidatura de Cavaco Silva.
É pena. Junta-se à mais vulgar imprensa regional – esta, sempre tem a desculpa de ser amadora.

Troca um valor estrutural por algo conjuntural.
Acredita certamente o seu Director que passada a espuma da campanha tudo poderá voltar ao mesmo... afinal o povo português não é muito dado a memórias (prova disso são as recentes sondagens).
É válido!
No entanto, pessoalmente, preferia que o jornal não ficasse com esta nódoa na sua história.



PS – Tomei hoje uma decisão importante: apoiar a candidatura de Mário Soares.

Porque hoje é Sábado!

Porque hoje é Sábado não se trabalha.
Como tal, o dia começou muito mais bonito. As pessoas, na rua, estão mais bonitas.
Rostos iluminados.
Sapatos brilhantes.
Conjuntos a condizer.
Roupas modernas, coloridas, novas.

Hoje, as pessoas estão mais bonitas. Porque hoje é Sábado.


Curiosidade: abriu ontem, aqui no burgo, a época de saldos.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

É mau!!!

Cavaco Silva está a um passo de se tornar presidente de "todos" os portugueses.
É mau.
É triste.

Resta-me a consolação de saber que faço parte daquela minoria cada vez mais restrita dos que não se deixam enganar pelo sorriso sarcástico do professor.



Pelo menos, ele não se rirá de mim.

Grrrrrrrrr!!!!!!

A minha aversão ao fisco conta-se em duas linhas: preparava-me eu para gozar as merecidas férias de Verão quando recebo uma carta das finanças a dizer que tinha de pagar quase 5.000 euros. Não obstante se ter percebido logo que era um erro grosseiro, fui aconselhado a pagar, caso contrário o sistema (ahhhh... esse desastrado sistema que é sempre o culpado de tudo) considerava-me infractor, com todas as consequências – e não eram poucas – que daí poderiam advir.
A partir de então, passei as férias:
- A tentar arranjar patrocinadores para o dito pagamento (acabou por se oferecer a banca mediante o pagamento de juros altíssimos);
- A fazer reclamações e contra-reclamações;
- A tirar fotocópias e mais fotocópias;
- Nas filas das finanças à espera que chegasse a vez do 69... o número que invariavelmente (ou psicologicamente) me calhava na máquina dos papelinhos.
É esta a causa da minha antipatia relativamente a estes senhores.

Bom, mas hoje sempre me devolveram o dinheiro. O MEU dinheiro.
E, acreditem, nem estou aborrecido pelo facto de não me terem pago os juros que tive de pagar à banca por causa de um erro que não foi meu... ou os juros pelo tempo que lá esteve o dinheiro indevidamente. Nada disso.
O que me deixa realmente furioso é o facto de não ter recebido um simples pedido de desculpas do digníssimo Director-Geral dos Impostos (aquele senhor cujo ordenado é em si mesmo um autêntico escândalo) por todos os transtornos que me causou.

Isso sim... isso deixa-me verdadeiramente furioso.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Celeridade(s)

Vieram hoje a público as primeiras conclusões do caso da bebé de Viseu através de um relatório do Ministério da Justiça e do Ministério da Solidariedade Social.
Foi bom. Muito bom, mesmo.
Em termos de celeridade, não estamos habituados a ver as coisas tratadas em tempo útil.

Também eu, faz agora um ano, senti da forma mais dolorosa possível, o sabor amargo daquilo que me pareceu ser a negligência dolosa praticada pelo hospital de Viseu. Em devido tempo apresentei a respectiva queixa junto da Inspecção-Geral da Saúde e queixa crime junto do Tribunal de Viseu.
Da Inspecção-Geral fui informado, há cerca de um mês, que tinha agora tido início o processo de inquérito.
Do tribunal de Viseu não há notícias. Nem para um lado, nem para o outro.

Acontece que eu acredito, por princípio, nas instituições e acho que determinados assuntos não devem ser tratados na praça pública (leia-se, comunicação social).
Serei eu obrigado a engolir este meu Princípio?

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Catequese com ele!

(chegou por mail há uns meses)

Filho - Pai, o que é a Páscoa?

Pai - Ora, Páscoa é ...... bem... é uma festa religiosa!

F - Igual ao Natal?

P - É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.

F - Ressurreição?

P - É, ressurreição. Maria, vem cá!

Mãe - Sim?

P - Explica a esta criança o que é ressurreição para eu poder ler o meu jornal descansado.

M - Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendido?

F - Mais ou menos ........ Mãe, Jesus era um coelho?

M - Que é isso menino? Não me digas uma coisa destas! Coelho! Jesus Cristo é o Pai do Céu! Nem parece que este menino foi baptizado!
Jorge, este menino não pode crescer assim, sem ir à missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensaste se ele diz uma asneira destas na escola? Deus me perdoe! amanhã vou matricular esta criança na catequese!

F - Mãe, mas o Pai do Céu não é Deus?

M - É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Vai estudar isso na catequese. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.

F - O Espírito Santo também é Deus?

M - É sim.

F - E Fátima?

M - Sacrilégio!!!

F - É por isso que na Trindade fica o Espírito Santo?

M - Não é o Banco Espírito Santo que fica na Trindade, meu filho. É o Espírito Santo de Deus. É uma coisa muito complicada, nem a mãe entende muito bem, para falar a verdade. Mas se perguntares à catequista ela explica muito bem!

F - Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?

M - (gritando) Eu sei lá! É uma tradição. É igual ao Pai Natal, só que em vez de presentes, ele traz ovinhos.

F - O coelho põe ovos?

M - Chega! Deixa-me ir fazer o almoço que eu não aguento mais!

F -Pai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?

P - Era, era melhor, ou então peru.

F - Pai, Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro, não é? Que dia é que ele morreu?

P - Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.

F - Que dia e que mês?

P - ??????? Sabes que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressuscitou três dias depois, no Sábado de Aleluia.

F - Um dia depois portanto!

P - (gritando) Não, filho - três dias!

F - Então morreu na quarta-feira.

P - Não! Morreu na sexta-feira santa... ou terá sido na quarta-feira de cinzas? Ah, miúdo, já me confundiste! Morreu na Sexta-feira e ressuscitou no Sábado, três dias depois! Como!?!?
Como!?!?
Pergunta à tua professora da catequese!

F - Pai, então por que amarraram um monte de bonecos de pano na rua?

P - É que hoje é Sábado de Aleluia, e a aldeia vai fingir que vai bater em Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.

F - O Judas traiu Jesus no sábado?

P - Claro que não! Se ele morreu na sexta!!!

F - Então por que eles não lhe batem no dia certo?

P - É, boa pergunta.

F - Pai, qual era o sobrenome de Jesus?

P - Cristo. Jesus Cristo.

F - Só?

P - Que eu saiba sim, por quê?

F - Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele tinha no apelido Coelho. Só assim esta coisa do coelho da Páscoa faz sentido, não achas?

P - Coitada!

F - Coitada de quem?

P - Da tua professora de catequese!!!!!!

terça-feira, janeiro 03, 2006

FI(a)SCO

Estranho o facto de o Estado sentir necessidade fazer uma Lei que obriga os serviços de restauração a emitirem factura para quantias superiores a sensivelmente dez Euros. Até se percebe a resistência dos comerciantes. Já é mais difícil compreender porque é que os cidadãos não colaboram com naturalidade nesta luta contra a fuga e evasão fiscal.
Não posso, nem quero, falar pelos outros. Por mim, apenas digo que não estou disponível porque considero o fisco uma entidade particularmente desonesta. Considero mesmo que age à margem da lei com total impunidade (uma espécie de bolha de ar dentro do Estado de Direito), arrogância, má-fé, errando aparentemente de forma deliberada, procurando vingar-se nos mais fracos das frustrações impingidas pelos mais fortes.

Acredito que se a situação atingisse determinados limites, os responsáveis seriam levados a reflectir e então poderiam dar-se ao trabalho de melhorar a situação. O Estado, e dentro dele o fisco, deve merecer o respeito todos. É, por isso, urgente que se esforcem por se tornar entidades respeitáveis.

Assim, decidi que, para já, não peço NUNCA factura nem outros documentos afins.

Nada como citar o povo porque o povo, até pode nem ter muito jeito para escolher Presidentes da República mas, nestas coisas de ditos e ditados, é muito sabedor. E neste caso, diz que ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão.



Estou perdoado?



segunda-feira, janeiro 02, 2006

Analgésico

Aproveitei esta pequena ponte para dar um saltito a Madrid. Não escondo que gosto daquela cidade. Dos museus. Dos jardins. Dos monumentos. Da forma de estar dos espanhóis. Da movida. Das tapas.
Sim, é verdade. Sinto alguma inveja destes nossos vizinhos. Porque vivem melhor. Muito melhor. Com mais qualidade de vida.

Quando sinto esta tremenda dor de cotovelo costumo recorrer a um analgésico sem paracetamol: lembro-me (e lembro-lhes) que têm um Rei. Não pela pessoa é claro (que até acho espectacular) mas pelo sistema em si! Não posso aceitar algo que logo na sua génese nega o princípio de que todos nascem iguais.
Por isso (e por muito mais), não gosto de monarquias. Não gosto mesmo nada (ver “Viva a República” – Outubro de 2005).

Só que desta vez algo correu mal.
É que de repente lembrei-me que estamos a um passo a ter um Cavaco como Presidente e percebi imediatamente o primeiro argumento de peso a favor do sistema monárquico!


domingo, janeiro 01, 2006

Eugoísta

A primeira vez é assim. Quer se queira quer não, é sempre especial. Faz-se alguma... cerimónia.
Fica-se nervoso... outra vez.

A pessoa sente que precisa de fazer boa figura. Digamos, sente-se alguma "responsabilidade".
Enfim, é assim a primeira vez... a primeira vez que se publica um post.
O primeiro post do ano.
Por isso nada mais simples do que uma coisa simples...
Tão simples e original como:
votos de um bom 2006 para todos mas principalmente...


...PARA MIM!!!!

E porquê?
Porque tenho a certeza que o que for bom para mim...
...é bom para TODOS!!!
:)