sexta-feira, janeiro 06, 2006

Grrrrrrrrr!!!!!!

A minha aversão ao fisco conta-se em duas linhas: preparava-me eu para gozar as merecidas férias de Verão quando recebo uma carta das finanças a dizer que tinha de pagar quase 5.000 euros. Não obstante se ter percebido logo que era um erro grosseiro, fui aconselhado a pagar, caso contrário o sistema (ahhhh... esse desastrado sistema que é sempre o culpado de tudo) considerava-me infractor, com todas as consequências – e não eram poucas – que daí poderiam advir.
A partir de então, passei as férias:
- A tentar arranjar patrocinadores para o dito pagamento (acabou por se oferecer a banca mediante o pagamento de juros altíssimos);
- A fazer reclamações e contra-reclamações;
- A tirar fotocópias e mais fotocópias;
- Nas filas das finanças à espera que chegasse a vez do 69... o número que invariavelmente (ou psicologicamente) me calhava na máquina dos papelinhos.
É esta a causa da minha antipatia relativamente a estes senhores.

Bom, mas hoje sempre me devolveram o dinheiro. O MEU dinheiro.
E, acreditem, nem estou aborrecido pelo facto de não me terem pago os juros que tive de pagar à banca por causa de um erro que não foi meu... ou os juros pelo tempo que lá esteve o dinheiro indevidamente. Nada disso.
O que me deixa realmente furioso é o facto de não ter recebido um simples pedido de desculpas do digníssimo Director-Geral dos Impostos (aquele senhor cujo ordenado é em si mesmo um autêntico escândalo) por todos os transtornos que me causou.

Isso sim... isso deixa-me verdadeiramente furioso.

2 comentários:

JL disse...

Voltamos à questão da justiça. E no que toca às finanças o ónus da prova recai sempre sobre o contribuinte. É um fartar vilanagem! Pode-se sempre usar e abusar da má fé nas acusações porque isso em nada belisca o bom nome do Estado. O inocente tem que fazer prova de que o é e o Estado não precisa de fazer prova das acusações que faz.

Safou-se, no meio desta história, o número que, por sorte ou zelo seu, lhe foi calhando! :-)

Anónimo disse...

só uma coisa.. não digas mal do homem. era bom que tivessemos muitos na administração publica como ele
quanto ao resto tens razão. mas isso é uma questão politica. o senhor é um simples funcionário