Cavaco Silva colocou-se hoje ao lado dos funcionários públicos
Pessoalmente não me parece uma estratégia muito inteligente. Primeiro, por causa da onda de anti-funcionário-público que varre o país de norte a sul.
Depois, porque não acredito que os funcionários públicos acreditem. Soa a falso. É que nem de propósito, foi no consulado do PSD (e em particular no domínio do senhor professor) que os ditos ficaram sem aumento dois aninhos seguidos, lembram-se? E uma das vezes por birra do senhor professor... (como os sindicatos não aceitaram a sua proposta acabou por não aumentar nada e o pessoal ficou a ver navios...)
Ah, pois, esqueci-me, o que interessa ao senhor professor é o futuro... o passado já lá vai...
Isso são contas de outros carnavais.... ai, desculpem, lá estou eu outra vez... carnavais... esta história da terça-feira de carnaval também não é para lembrar...
Verdade verdadinha, havia pessoal que abusava e fazia ponte...
... e pronto, lá estou eu... que mania... a propósito de quê é que eu havia agora de falar em ponte?.... longe de mim lembrar os acontecimentos da ponte 25 de Abril....
Bem, a polícia limitou-se a cumprir ordens... foram obedientes... não iam andar à bordoada uns aos outros, pois não... tipo polícias contra pol...
...acho que vou ficar por aqui.
Estou a descambar...
Acreditem... só queria dizer que não acredito numa palavrinha, nem uma sequer, do que hoje disse o senhor professor...
Nem uma!
4 comentários:
Tenho que concordar que nesta altura do campeonato quando a esmola é grande... o santo desconfia!
"TVI - E perante esta campanha, que já está há muito tempo na estrada, o que é que é importante nestas eleições presidenciais, para os candidatos e para os portugueses?
MST - A eleição de um Presidente da República é sempre importante: normalmente ele é eleito para um mandato, mas depois já sabemos que ele é sempre reeleito. São sempre dez anos. Se eu estivesse na candidatura de Mário Soares, o que eu diria era: “escolha entre os cinco anos de Mário Soares e os dez de Cavaco”. Porque, no fundo, essa é que é a grande escolha para os portugueses. Mas há aqui uma contradição engraçada e Mário Soares tem falado muito nisso: que o Presidente da República não pode fazer nada. Mas ao mesmo tempo há um sentimento nos portugueses de que o Presidente da República deve fazer mais do que vimos até aqui. Quer nos mandatos de Sampaio, quer nos de Soares. Eu acho que Cavaco é sensível a isso. Daí que este tipo de polémica, com os candidatos todos a caírem em cima de Cavaco Silva, sempre a acusá-lo de ter tiques de primeiro-ministro, para o eleitorado não funciona, não lhe tira votos, antes pelo contrário. A estratégia da oposição é essa, mas para os portugueses é mais difícil de entender esta ‘nuance’ constitucional de que o Presidente não governa, que tem apenas uma magistratura de influência, que está ali mas não faz nada, do que haver um Presidente que, embora não queira governar, tem um programa político. E eu acho que um Presidente deve ter um programa político porque o lugar do Presidente da República é só político, não é mais nada. Se ele não vai fazer política o que é que vai fazer? Ajudar a cortar a relva do Palácio de Belém? Assinar os decretos? Eu acho que deve fazer mais do que isso. O que eu acho que vai ser importante nestas eleições, é ver quem será o candidato vencedor e como é que ele se vai relacionar com o Governo. Porque, independentemente de coisas que eu critico imenso a este Governo, como a Ota e o TGV, acho que é o primeiro Governo dos últimos sete anos que começou a fazer reformas a sério. Nós tivemos cinco/seis anos de estagnação – os dois últimos de Guterres, os dois de Durão Barroso e o de Santana Lopes – e este é o primeiro que mexe com coisas que mexem muito com os portugueses e de que, nomeadamente, já está a pagar a factura: vamos ter mais desempregados, vamos ter reformas da Administração Pública, perda de privilégios, prolongamento da idade de reforma, e tudo isso, e é decisivo saber como é que, quem estiver em Belém a partir do dia 22 de Janeiro, se vai relacionar com este tipo de política do Governo. Se vai apoiar o primeiro-ministro e o Governo nessa política, ou se vai tentar capitalizar a seu favor o descontentamento popular e funcionar como a tal força de bloqueio de que Cavaco falava quando era primeiro-ministro."
http://www.diarioeconomico.com/edicion/diario_economico/opinion/columnistas/miguel_sousa_tavares/pt/desarrollo/604103.html
Acima de tudo o problema é a forma como "mexe nas coisas", um populismo barato que só prejudica os mais fracos... por exemplo, alguém sabe quantos milhões de euros é que o Estado paga anualmente em contratos de associação com colégios privados apenas para manter meia dúzia de interesses instalados? Pois é, mas isso ninguém fala. É apenas um exemplo.
Também concordo que um presidente não pode ser apenas um corta-fitas. Soares não o foi no tempo de Cavaco e ainda bem porque assim conseguiu colocar um travão aos interesses da lusoponte contra todos os utentes da ponte 25 de Abril.
Porque também, conseguiu refrear a polícia de choque que Cavaco atirou contra os trabalhadores da Marinha Grande só porque se manifestavam por não terem o salário a que qualquer pessoa tem direito.
É este a pessoa que agora vai ser Presidente... ele e Sócrates vão ser sem dúvida a equipa ideal... para implementar determinadas políticas. Sei, de certeza e antecipadamente, que tipo de medidas serão aplicadas... os interesse que procurarão servir. Tudo bem . Se é assim que o povo quer... seja.
NEM EU!
Chego a duvidar da sua exist~encia!ele não será um "allien"????
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