quinta-feira, outubro 20, 2005

D. Sebastião

Bom, hoje não se passou nada de relevante!
Nada que justifique qualquer comentário...

Uma apresentação de candidatura Presidencial…
E Depois?

Era suposto o povo estar numa enorme expectativa mas os media estragaram tudo.
Já não houve surpresa.
Não houve o habitual clima criado pelo famoso tabu!

Assim, nada melhor que um momento de poesia:




Abaixo el-rei Sebastião

É preciso enterrar el-rei Sebastião
é preciso dizer a toda a gente
que o Desejado já não pode vir.
É preciso quebrar na ideia e na canção
a guitarra fantástica e doente
que alguém trouxe de Alcácer Quibir.

Eu digo que está morto.
Deixai em paz el-rei Sebastião
deixai-o no desastre e na loucura.
Sem precisarmos de sair o porto
temos aqui à mão a terra da aventura.

Vós que trazeis por dentro
de cada gesto
uma cansada humilhação
deixai falar na vossa voz a voz do vento
cantai em tom de grito e de protesto
matai dentro de vós el-rei Sebastião.

Quem vai tocar a rebate
os sinos de Portugal?
Poeta: é tempo de um punhal
por dentro da canção.
Que é preciso bater em quem nos bate
é preciso enterrar el-rei Sebastião.

Manuel Alegre

1 comentário:

Anónimo disse...

olha este já está a ser atacado.
muda nos settings a segurança (spam) para impedires estes artolas
o unico problema do texto é que a vida não vai lá com poemas... espera-se que a partir do momento em que cavaco fale o povo se lembre