Estranho o facto de o Estado sentir necessidade fazer uma Lei que obriga os serviços de restauração a emitirem factura para quantias superiores a sensivelmente dez Euros. Até se percebe a resistência dos comerciantes. Já é mais difícil compreender porque é que os cidadãos não colaboram com naturalidade nesta luta contra a fuga e evasão fiscal.
Não posso, nem quero, falar pelos outros. Por mim, apenas digo que não estou disponível porque considero o fisco uma entidade particularmente desonesta. Considero mesmo que age à margem da lei com total impunidade (uma espécie de bolha de ar dentro do Estado de Direito), arrogância, má-fé, errando aparentemente de forma deliberada, procurando vingar-se nos mais fracos das frustrações impingidas pelos mais fortes.
Acredito que se a situação atingisse determinados limites, os responsáveis seriam levados a reflectir e então poderiam dar-se ao trabalho de melhorar a situação. O Estado, e dentro dele o fisco, deve merecer o respeito todos. É, por isso, urgente que se esforcem por se tornar entidades respeitáveis.
Assim, decidi que, para já, não peço NUNCA factura nem outros documentos afins.
Nada como citar o povo porque o povo, até pode nem ter muito jeito para escolher Presidentes da República mas, nestas coisas de ditos e ditados, é muito sabedor. E neste caso, diz que ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão.
Estou perdoado?
2 comentários:
Por mim está perdoadíssimo!
Tenho, por sistema, a mesma atitute. Não sou polícia nem fiscal. Mais: enquanto o estado não me permitir, como de resto se faz nos países desenvolvidos e ricos, que eu use essas facturas para abater em sede de IRS não pedirei uma única que seja. Nem com uma pistola encostadinha à orelha...
A não ser que ela esteja mesmo muito encostadinha...
Pois, lá isso é verdade... muito encostadinha também é capaz de me fazer mudar de ideias!
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