Ora então comemora-se hoje a nossa re-independência!
Se não fosse este magnífico feriado hoje poderíamos ser... espanhóis!
Bahhh!
Imagine-se...
...se fossemos espanhóis estávamos para aí cheios de Zara’s, e Sfera’s e Mango’s... provavelmente até tínhamos um “El Corte Inglés”...
Ora ainda é bem que não somos espanhóis!
Se fossemos espanhóis o nosso ordenado mínimo seria de 513 euros... como é possível... 513 euros! Que pobreza!
Depois os espanhóis não têm a mínima noção de requinte... não sabem dar valor às coisas valiosas! Por exemplo, um BMW é, concorde-se, um objecto de requinte... uma escultura que, pela sua própria essência intrínseca, não pode estar ao alcance de todos sob pena de se tornar... popular!
Pois bem, em Espanha um BMW série 5 custa apenas 40.400 euros! Pelo menos em Portugal sempre tivemos o bom senso de o “taxar” com 51. 500 euro!
Até o simples C3 HDI Furio a gasóleo, podiam ter arredondado para os nossos 18 280 euros.
Não. 11.100 euros! Com 11.100 euros compra-se um C3 Furio. Vê-se que não estão sensibilizados para as questões do ambiente! Do pior, portanto!
Depois, teríamos certamente aquela instituição a que nuestros hermanos deram o nome de “Siesta”...
Dormir depois de almoço!!! É possível? Então e trabalhar? Népias?
E ao fim do dia?
Ao fim do dia teríamos certamente o hábito de sair com os colegas de trabalho e amigos para comer umas tapas e dar dois dedos da melhor converseta que estivesse por ali à mão!
Com estes hábitos teríamos certamente uns índices de produtividade e competitividade autenticamente medíocres... como eles, aliás!
É por isso que eles estão como estão... na crise!
Nós não, felizmente!
Viva o feriado!!!
Viva o feriado sim mas porque graças a ele amanhã não vou trabalhar... vou comer umas tapas com os amigos e dormir dez minutinhos a seguir ao almoço!.... Olé!
O-la-ri-ló-lé!
quarta-feira, novembro 30, 2005
segunda-feira, novembro 28, 2005
Dois Coelhos...
Conheci um presidente de Câmara, dirigente local de determinado partido, que conseguia notáveis mobilizações populares e consequentes (e marcantes) vitórias eleitorais, sempre que se tratava de eleições autárquicas. Por outro lado, era confrangedor acompanhar o partido, através da “via sacra” que o conduzia ao calvário, nos restantes actos eleitorais... sem estratégia, sem rumo, deambulava pela(s) campanha(s) dia após dia até à derrota final.
Às vezes, parecia que era de propósito!
Não, não era possível – dizia-se – afinal ele, o senhor presidente, acabaria por pagar politicamente o preço dessas derrotas... ele era, provavelmente, o principal derrotado e, como tal, esse insucesso acabaria por se reflectir junto dos órgãos centrais do partido!
Errado. Nada mais errado.
Quanto mais acentuada fosse a diferença entre os seus resultados e os resultados do partido mais conseguia transmitir a ideia de “eu sou mais do que o partido”... “eu sou a mais-valia”... “é o partido que precisa de mim e não sou eu que preciso do partido”.
Naquela altura, a estratégia era nova e original.
Depois disso já tivemos a passagem de testemunho entre Cavaco e Fernando Nogueira.
É que basta recuarmos um pouco nos recantos da nossa memória para nos lembrarmos dos “episódios” protagonizados pelo então primeiro-ministro com seu benjamim e que coloriram as legislativas de 95. (Aliás, a própria escolha de Fernando Nogueira já era aquela que permitia alcançar este objectivo).
O que é curioso, é que com a habitual sede de vitórias (a qualquer preço) os partidos deixam-se arrastar naturalmente para este tipo de cativeiro a aceitam ficar presos a estes mitos tipo “D. Sebastião”... salvador do partido... (Ah! E já agora do País... fica bem!)
Ora, na minha opinião, é precisamente este o processo que se está a iniciar no Partido Socialista.
Sócrates, se tiver, como tudo indica, uma derrota no âmbito das presidenciais, poderá ficar em maus lençóis uma vez que acabou de sair das autárquicas. O partido poderá começar a mexer, certo?
Talvez! No entanto, tudo indica que as próximas legislativas poderão sorrir novamente a Sócrates (estou louco???!!! Lembrem-se de Cavaco... um mês depois de ganhar as eleições já toda a gente dizia mal da vida e o que é certo é que teve duas maiorias...)! Aí, será ele, Sócrates, a sorrir... a fazer tabus (à semelhança do seu ídolo)... enfim a ter o partido na mão... a torná-lo refém!
Também ele poderá dizer que é mais do que o partido!
Ah!, esquecia-me, e com isto afasta a imagem incontestável do líder histórico e referencial do partido... Mário Soares!
Às vezes, parecia que era de propósito!
Não, não era possível – dizia-se – afinal ele, o senhor presidente, acabaria por pagar politicamente o preço dessas derrotas... ele era, provavelmente, o principal derrotado e, como tal, esse insucesso acabaria por se reflectir junto dos órgãos centrais do partido!
Errado. Nada mais errado.
Quanto mais acentuada fosse a diferença entre os seus resultados e os resultados do partido mais conseguia transmitir a ideia de “eu sou mais do que o partido”... “eu sou a mais-valia”... “é o partido que precisa de mim e não sou eu que preciso do partido”.
Naquela altura, a estratégia era nova e original.
Depois disso já tivemos a passagem de testemunho entre Cavaco e Fernando Nogueira.
É que basta recuarmos um pouco nos recantos da nossa memória para nos lembrarmos dos “episódios” protagonizados pelo então primeiro-ministro com seu benjamim e que coloriram as legislativas de 95. (Aliás, a própria escolha de Fernando Nogueira já era aquela que permitia alcançar este objectivo).
O que é curioso, é que com a habitual sede de vitórias (a qualquer preço) os partidos deixam-se arrastar naturalmente para este tipo de cativeiro a aceitam ficar presos a estes mitos tipo “D. Sebastião”... salvador do partido... (Ah! E já agora do País... fica bem!)
Ora, na minha opinião, é precisamente este o processo que se está a iniciar no Partido Socialista.
Sócrates, se tiver, como tudo indica, uma derrota no âmbito das presidenciais, poderá ficar em maus lençóis uma vez que acabou de sair das autárquicas. O partido poderá começar a mexer, certo?
Talvez! No entanto, tudo indica que as próximas legislativas poderão sorrir novamente a Sócrates (estou louco???!!! Lembrem-se de Cavaco... um mês depois de ganhar as eleições já toda a gente dizia mal da vida e o que é certo é que teve duas maiorias...)! Aí, será ele, Sócrates, a sorrir... a fazer tabus (à semelhança do seu ídolo)... enfim a ter o partido na mão... a torná-lo refém!
Também ele poderá dizer que é mais do que o partido!
Ah!, esquecia-me, e com isto afasta a imagem incontestável do líder histórico e referencial do partido... Mário Soares!
domingo, novembro 27, 2005
Assim não!
Atentados arquitectónicos acontecem em Portugal há décadas um pouco por todo o território nacional.
É algo que não poupa o litoral nem o interior. Não é pior nos grandes centros urbanos... não é melhor nas cidades, vilas e aldeias.
Os escarros urbanísticos que teimam em nos violar os sentidos são, tão só, a expressão da indiferença, enquanto colectividade, relativamente à nossa memória, à nossa história, ao nosso património cultural... em suma, à nossa identidade.
As imagems referem-se a uma obra em curso no Bairro do Relógio Velho em Mangualde. Não sei se está licenciada ou se é clandestina. Não sei se está em desenvolvimento ou embargada.
Sei que aquele sítio é particularmente sensível, pelo valor histórico que representa para toda a comunidade Mangualdense. O Bairro, como está, já não está bem. Não é por isso que se justifica torná-lo pior.
E se é verdade que relativamente à estética ainda se pode argumentar com o elemento subjectivo, já quanto à volumetria desproporcional não vejo desculpa para esta apropriação descarada.
Como eu dizia, não sei como é possível que aquilo realmente ali esteja. Sei que se as coisas funcionassem bem, alguém deveria ser responsabilizado... ou as autoridades competentes (jurídica e politicamente) ou o proprietário (economicamente, com o ónus de fazer aquilo vir abaixo).
O respeito por uma comunidade passa também por questões de salubridade colectiva.
sábado, novembro 26, 2005
sexta-feira, novembro 25, 2005
quinta-feira, novembro 24, 2005
Dedinho.
O dia foi como foi!
Quando a pessoa se preparava para passar um serão relaxante, com a família, a ver televisão... enfim, aquelas coisas simples que sabem bem pela própria simplicidade...
... apanha com uma notícia destas: Cavaco ganha à primeira!
De facto, quando um dia corre mal, corre mal até ao fim.
Por isso, nada como um joguinho suicida onde nem é preciso muito esforço (basta clicar para subir e largar para descer) ...
Pode ser que dê para esquecer!
Quando a pessoa se preparava para passar um serão relaxante, com a família, a ver televisão... enfim, aquelas coisas simples que sabem bem pela própria simplicidade...
... apanha com uma notícia destas: Cavaco ganha à primeira!
De facto, quando um dia corre mal, corre mal até ao fim.
Por isso, nada como um joguinho suicida onde nem é preciso muito esforço (basta clicar para subir e largar para descer) ...
Pode ser que dê para esquecer!
terça-feira, novembro 22, 2005
Não Há Coincidências!
É curioso.
Faz hoje três anos que se iniciou o processo “Casa Pia”.
Hoje, precisamente no dia em que a Relação ilibou Paulo Pedroso. E com ele, todo o PS de Ferro Rodrigues.
Claro que a questão ainda não está concluída. Em tese, o Supremo ainda pode anular tudo. Se a vontade da TVI contasse para alguma coisa seria precisamente isso que aconteceria. No entanto, aparentemente, não têm mais nada para se agarrar que não sejam questões meramente formais e procedimentais
Por isso, a pergunta é, agora, pertinente: onde está Manuela Moura Guedes e a TVI? Onde está o 24Horas? Onde está essa nata da mediocridade “telecomunicacional” representativa do que de pior se faz em Portugal? Onde estão aqueles “profissionais” que, a coberto da palavra “alegadamente”, colocada estrategicamente antes de cada acusação, julgam, acusam e castigam (e instigam! )?... tudo simultaneamente (para poupar tempo e dinheiro!).
Alguma vez poderão ser também julgados e responsabilizados?
Hoje, não temos Ferro Rodrigues à frente do PS! (Nem PS)
Temos o 'Dogma'. E com ele, ou antes a partir dele, temos muita coisa.
Temos a diminuição generalizada da qualidade de vida de (alguns, muitos) portugueses.
Temos uma diminuição generalizada dos direitos sociais considerados (até há pouco) adquiridos!
Temos o aumento generalizado da idade da reforma.
Temos o orçamento da Segurança Social em permanente ameaça de colapso.
Temos os medicamentos mais caros e menos comparticipados.
Temos argumentação! Muita.
Não temos a terceira idade e o pré-escolar na agenda política. Mas temos a Escola Pública. Pelas piores razões.
Também temos a OTA. E o TGV.
Hoje deve ter sido um dia feliz para Paulo Pedroso! E para o BPI e restante banca. E para a construção civil. E para muitos investidores.
Não. Não há coincidências!
Faz hoje três anos que se iniciou o processo “Casa Pia”.
Hoje, precisamente no dia em que a Relação ilibou Paulo Pedroso. E com ele, todo o PS de Ferro Rodrigues.
Claro que a questão ainda não está concluída. Em tese, o Supremo ainda pode anular tudo. Se a vontade da TVI contasse para alguma coisa seria precisamente isso que aconteceria. No entanto, aparentemente, não têm mais nada para se agarrar que não sejam questões meramente formais e procedimentais
Por isso, a pergunta é, agora, pertinente: onde está Manuela Moura Guedes e a TVI? Onde está o 24Horas? Onde está essa nata da mediocridade “telecomunicacional” representativa do que de pior se faz em Portugal? Onde estão aqueles “profissionais” que, a coberto da palavra “alegadamente”, colocada estrategicamente antes de cada acusação, julgam, acusam e castigam (e instigam! )?... tudo simultaneamente (para poupar tempo e dinheiro!).
Alguma vez poderão ser também julgados e responsabilizados?
Hoje, não temos Ferro Rodrigues à frente do PS! (Nem PS)
Temos o 'Dogma'. E com ele, ou antes a partir dele, temos muita coisa.
Temos a diminuição generalizada da qualidade de vida de (alguns, muitos) portugueses.
Temos uma diminuição generalizada dos direitos sociais considerados (até há pouco) adquiridos!
Temos o aumento generalizado da idade da reforma.
Temos o orçamento da Segurança Social em permanente ameaça de colapso.
Temos os medicamentos mais caros e menos comparticipados.
Temos argumentação! Muita.
Não temos a terceira idade e o pré-escolar na agenda política. Mas temos a Escola Pública. Pelas piores razões.
Também temos a OTA. E o TGV.
Hoje deve ter sido um dia feliz para Paulo Pedroso! E para o BPI e restante banca. E para a construção civil. E para muitos investidores.
Não. Não há coincidências!
segunda-feira, novembro 21, 2005
domingo, novembro 20, 2005
A Preto e Branco
Vivemos num mundo basicamente dualista. Crescemos, aprendemos e interiorizamos essa forma de ver, e viver o mundo!
É a linguagem binária dos computadores.
O “0” e o “1”; o “aberto” e o “fechado”
Há o certo e o errado!
Há os Polícias e os Ladrões.
Há os Bons e os Maus!
Obviamente que nesta História, nós somos os Bons e os outros são os Maus.
A Historia, por vezes, desmente-nos. Prega-nos essa partida! Mas até nesse caso, não é a nós, é aos outros! Aos nossos antepassados... enfim, esses estavam errados!
Nós não! Nós estamos certos! Os nossos actos estão legitimados! Afinal, nós somos os Bons...os outros são os Maus!
Tenho pouca dúvidas acerca dos Maus. Começo a ter dúvidas quanto aos Bons!
Um crime é um crime! Não deixa de ser crime por ser cometido por esta ou aquela pessoa!
Pode, em certas circunstâncias, ser “desculpável”! Mas isso, tem de ser a ordem jurídica (nacional ou internacional) a legitimá-lo!
A alegada utilização de fósforo branco no Iraque é um Crime. Toda a intervenção no Iraque foi um Crime! Não foi legitimada por qualquer ordem jurídica!
Neste momento estamos perante a prática reiterada de um Crime.
As sociedades civilizadas (ou seja, os bons), ficam incomodadas(dos) duplamente: pelo Crime, em si mesmo, e pela serenidade e passividade com que reagimos aos factos!
Por isso, esta necessidade que sentimos em rapidamente arranjar argumentos, desculpas e razões que nos ajudem a tranquilizar as nossas consciências.
Como eu dizia: há o branco e o preto; o dia e a noite...
... e por falar em noite: que possamos continuar a dormir descansados!
É a linguagem binária dos computadores.
O “0” e o “1”; o “aberto” e o “fechado”
Há o certo e o errado!
Há os Polícias e os Ladrões.
Há os Bons e os Maus!
Obviamente que nesta História, nós somos os Bons e os outros são os Maus.
A Historia, por vezes, desmente-nos. Prega-nos essa partida! Mas até nesse caso, não é a nós, é aos outros! Aos nossos antepassados... enfim, esses estavam errados!
Nós não! Nós estamos certos! Os nossos actos estão legitimados! Afinal, nós somos os Bons...os outros são os Maus!
Tenho pouca dúvidas acerca dos Maus. Começo a ter dúvidas quanto aos Bons!
Um crime é um crime! Não deixa de ser crime por ser cometido por esta ou aquela pessoa!
Pode, em certas circunstâncias, ser “desculpável”! Mas isso, tem de ser a ordem jurídica (nacional ou internacional) a legitimá-lo!
A alegada utilização de fósforo branco no Iraque é um Crime. Toda a intervenção no Iraque foi um Crime! Não foi legitimada por qualquer ordem jurídica!
Neste momento estamos perante a prática reiterada de um Crime.
As sociedades civilizadas (ou seja, os bons), ficam incomodadas(dos) duplamente: pelo Crime, em si mesmo, e pela serenidade e passividade com que reagimos aos factos!
Por isso, esta necessidade que sentimos em rapidamente arranjar argumentos, desculpas e razões que nos ajudem a tranquilizar as nossas consciências.
Como eu dizia: há o branco e o preto; o dia e a noite...
... e por falar em noite: que possamos continuar a dormir descansados!
sexta-feira, novembro 18, 2005
A Estratégia do Coelho!
Corria o ano de 1994 (talvez início de 95) – era ministra da educação Manuela Ferreira Leite – chegou às escolas uma orientação que mandava fazer o levantamento de todas as faltas dadas pelos professores entre Setembro e Outubro. A indicação era clara... TODAS as faltas, incluindo aquelas que constavam no livro de ponto porque os professores ainda não tinham sido colocados pelo próprio Ministério nos famosos mini-concursos.
Considero que começou aqui o processo deliberado para denegrir a imagem dos professores (e depois a outras áreas) conseguindo, assim, o apoio da opinião pública. A partir de então tem-se assistido à aplicação deste princípio, uma vezes melhores outras piores. Nunca, com o requinte que se conseguiu hoje!
A revelação, precisamente o dia em que os professores travam uma jornada de luta legítima, dos dados sobre aulas não dadas, é verdadeiramente preocupante.
1.º porque a forma como os números foram apresentados – deliberadamente descontextualizados pretendendo apenas manipular as consciências colectivas a partir de uma realidade enviesada, parcial e distorcida – revela uma enorme falta de respeito pelos portugueses;
2.º ao afectar a credibilidade da classe, isto é, ao nivelar todos por igual, empurra para as faltas os mais assíduos legitimados pelo argumento (por exemplo, usado pelos políticos que acumulam reformas): “faço o que a lei me permite fazer”;
3.º acaba por revelar a falta de espírito democrático que desesperadamente (por enquanto) estes senhores procuram disfarçar.
Finalmente, a situação mais grave prende-se com o descrédito das instituições, mais propriamente do governo. É que, até agora, a estratégia governativa adoptada sido a de confrontar os vários sectores da sociedade procurando virar uns contra os outros a partir de informações (percebe-se agora) deste género. Ora, quando um determinado sector é vitima deste tipo de demagogia, começa a perceber que se calhar os juizes tinham razão... que, se calhar os polícias tinham razão... que, se calhar os militares tinham razão...
Para já uma coisa é certa: Quem se mete com o PS leva!!!
Considero que começou aqui o processo deliberado para denegrir a imagem dos professores (e depois a outras áreas) conseguindo, assim, o apoio da opinião pública. A partir de então tem-se assistido à aplicação deste princípio, uma vezes melhores outras piores. Nunca, com o requinte que se conseguiu hoje!
A revelação, precisamente o dia em que os professores travam uma jornada de luta legítima, dos dados sobre aulas não dadas, é verdadeiramente preocupante.
1.º porque a forma como os números foram apresentados – deliberadamente descontextualizados pretendendo apenas manipular as consciências colectivas a partir de uma realidade enviesada, parcial e distorcida – revela uma enorme falta de respeito pelos portugueses;
2.º ao afectar a credibilidade da classe, isto é, ao nivelar todos por igual, empurra para as faltas os mais assíduos legitimados pelo argumento (por exemplo, usado pelos políticos que acumulam reformas): “faço o que a lei me permite fazer”;
3.º acaba por revelar a falta de espírito democrático que desesperadamente (por enquanto) estes senhores procuram disfarçar.
Finalmente, a situação mais grave prende-se com o descrédito das instituições, mais propriamente do governo. É que, até agora, a estratégia governativa adoptada sido a de confrontar os vários sectores da sociedade procurando virar uns contra os outros a partir de informações (percebe-se agora) deste género. Ora, quando um determinado sector é vitima deste tipo de demagogia, começa a perceber que se calhar os juizes tinham razão... que, se calhar os polícias tinham razão... que, se calhar os militares tinham razão...
Para já uma coisa é certa: Quem se mete com o PS leva!!!
quinta-feira, novembro 17, 2005
quarta-feira, novembro 16, 2005
Passa?... Passa!
Tal como tive oportunidade de referir (Stôr, também quero um!), a partir de agora o problema do insucesso escolar está resolvido.
Criaram-se as condições para intervir adequadamente junto das causas estruturais que conduzem à retenção – família, currículos desadequados, etc. ?
Nada disso!!!
Muito mais simples… agora, se o aluno se encontrar em situação de não passar… de marcar passo… passa a passar! Quer queira, quer não!
(Já estou a ver a Ministra a associar este imediato sucesso educativo ao facto de os professores passarem mais tempo na Escola!)
Cantemos uma musiquinha da Lena d’Água que é sempre mais agradável (1982)
Criaram-se as condições para intervir adequadamente junto das causas estruturais que conduzem à retenção – família, currículos desadequados, etc. ?
Nada disso!!!
Muito mais simples… agora, se o aluno se encontrar em situação de não passar… de marcar passo… passa a passar! Quer queira, quer não!
(Já estou a ver a Ministra a associar este imediato sucesso educativo ao facto de os professores passarem mais tempo na Escola!)
Cantemos uma musiquinha da Lena d’Água que é sempre mais agradável (1982)
terça-feira, novembro 15, 2005
É feio!
Esperava que o empregado viesse receber o dinheiro da bica para me dar o troco quando reparei na conversa da mesa do lado... bastante divertida, por sinal!
“Pois é – dizia um – o governo mudou, a Direcção Regional mudou, mas as ajudas de custo para Castelo Branco mantêm-se... todos os dias! E pensam que encontram a senhora ao serviço antes das 2:30H da tarde? Isso é que era bom! Nunca sai de casa antes das nove... a que horas é que chega a Coimbra?
- Ora - dizia o outro - ouvi dizer que as ajudas de custo para Leiria são mais ou menos 450 contos por mês... além de que tem um motorista privativo... quer dizer, só para ele! Não faz mais serviço nenhum...”
É feio, digo eu!
É feio... e não me refiro a esta mania dos Portugueses de, de tempos a tempos, lançarem uns quantos boatos... é lá possível que em tempo de contenção haja representantes directos do governo a abusarem do Orçamento!
É mentira... é claro que é mentira!
É feio, já disse!
E não digo isto por causa desta inveja nacional que habitualmente assiste aos portugueses se, por hipótese, fosse verdade...
...esperavam o quê?!? Que os ditos pusessem dinheiro do bolso deles? Era só o que faltava!
Pior: se calhar queriam que os professores que têm que se deslocar diariamente centenas de quilómetros também beneficiassem destas ajudas de custo, não? Já agora!!!
... o princípio da igualdade previsto na Constituição, pois então!
Isto é que era argumentação!!!
É feio! Pronto!...
...se calhar esperavam que a senhora saísse de casa às sete da manhã para estar em Coimbra às nove, não? Como se fosse uma qualquer professora com aulas às oito e meia, não?
É feio...
...é feio e não é por isto!
O que é feio, mesmo, é ouvir as conversas dos outros!
“Pois é – dizia um – o governo mudou, a Direcção Regional mudou, mas as ajudas de custo para Castelo Branco mantêm-se... todos os dias! E pensam que encontram a senhora ao serviço antes das 2:30H da tarde? Isso é que era bom! Nunca sai de casa antes das nove... a que horas é que chega a Coimbra?
- Ora - dizia o outro - ouvi dizer que as ajudas de custo para Leiria são mais ou menos 450 contos por mês... além de que tem um motorista privativo... quer dizer, só para ele! Não faz mais serviço nenhum...”
É feio, digo eu!
É feio... e não me refiro a esta mania dos Portugueses de, de tempos a tempos, lançarem uns quantos boatos... é lá possível que em tempo de contenção haja representantes directos do governo a abusarem do Orçamento!
É mentira... é claro que é mentira!
É feio, já disse!
E não digo isto por causa desta inveja nacional que habitualmente assiste aos portugueses se, por hipótese, fosse verdade...
...esperavam o quê?!? Que os ditos pusessem dinheiro do bolso deles? Era só o que faltava!
Pior: se calhar queriam que os professores que têm que se deslocar diariamente centenas de quilómetros também beneficiassem destas ajudas de custo, não? Já agora!!!
... o princípio da igualdade previsto na Constituição, pois então!
Isto é que era argumentação!!!
É feio! Pronto!...
...se calhar esperavam que a senhora saísse de casa às sete da manhã para estar em Coimbra às nove, não? Como se fosse uma qualquer professora com aulas às oito e meia, não?
É feio...
...é feio e não é por isto!
O que é feio, mesmo, é ouvir as conversas dos outros!
segunda-feira, novembro 14, 2005
domingo, novembro 13, 2005
Cem Palavras!!!
Diário de Notícias (12 de Novembro de 2005)
"Entre as despesas do Estado ligadas ao pessoal, destacam-se alguns gastos que, de acordo com o STE, necessitam de ser esclarecidos, quando se impõem sacrifícios aos funcionários. É o caso da despesa com "indemnizações por cessação de funções", que passou de um montante de 6,4 milhões de euros em 2003 para 36,5 milhões em 2004, ou seja um crescimento de 472%, quase seis vezes mais. Esta despesa diz respeito aos pagamentos devidos a dirigentes quando estes são demitidos antes de concluídos os mandatos. Esta despesa, incluída na rubrica dos abonos variáveis, representou 8,4% do total dos abonos, contribuindo para que aquela rubrica crescesse 19% em 2004".
Pouco mais de cem palavras...
...é para a gente labuta, ver que somos governados... por uns grandes filhos e enteados!
"Entre as despesas do Estado ligadas ao pessoal, destacam-se alguns gastos que, de acordo com o STE, necessitam de ser esclarecidos, quando se impõem sacrifícios aos funcionários. É o caso da despesa com "indemnizações por cessação de funções", que passou de um montante de 6,4 milhões de euros em 2003 para 36,5 milhões em 2004, ou seja um crescimento de 472%, quase seis vezes mais. Esta despesa diz respeito aos pagamentos devidos a dirigentes quando estes são demitidos antes de concluídos os mandatos. Esta despesa, incluída na rubrica dos abonos variáveis, representou 8,4% do total dos abonos, contribuindo para que aquela rubrica crescesse 19% em 2004".
Pouco mais de cem palavras...
...é para a gente labuta, ver que somos governados... por uns grandes filhos e enteados!
sexta-feira, novembro 11, 2005
Jingle Bells
O Natal está a chegar!
(Aliás, já está a chegar desde Setembro mais ou menos a seguir ao regresso às aulas em Agosto, mesmo depois da feira dos vinhos).
Com o Natal chega sempre a oportunidade de reflectirmos... de pensarmos um pouco mais sobre os valores que estão associados a esta Quadra.
Quero dizer, os valores que vamos ter de gastar para comprar prendas para todos os amigos, respectivos filhos (que são cada vez mais) e amigos dos amigos que habitualmente também trazem os filhos e que só aparecem nesta altura do ano.
Pode-se sempre fazer a vontade aos nossos amigos que o ano passado frisaram que não nos devíamos incomodar. Juraram a pés juntos “fica combinado, para o ano só compramos para os miúdos”, e que “o Natal é para os miúdos”, e que “não há necessidade de gastarmos dinheiro uns com os outros” e que “tudo isto é uma jogada do Belmiro de Azevedo e do Américo Amorim”, e que “cada vez mais o espírito de Natal está a ser subvertido”, e que...
Esqueçam!
Nem pensem em juntar-se com alguém no período de Natal sem levarem alguma coisa. Primeiro, passam uma vergonha das grandes porque os amigos até compram aquele conjunto de bongos africanos que não nos podemos esquecer de colocar na sala sempre que nos vêm visitar.
Depois, porque fazem mesmo figura de fuinhas no dia da abertura das prendas quando toda a gente se apercebe que vocês foram os únicos que levaram a sério o acordo estabelecido no ano anterior.
Por isso, nada melhor do que, nesta época, ter presente os valores de Natal... ter presente e ter presentes....
...muitos!
(Aliás, já está a chegar desde Setembro mais ou menos a seguir ao regresso às aulas em Agosto, mesmo depois da feira dos vinhos).
Com o Natal chega sempre a oportunidade de reflectirmos... de pensarmos um pouco mais sobre os valores que estão associados a esta Quadra.
Quero dizer, os valores que vamos ter de gastar para comprar prendas para todos os amigos, respectivos filhos (que são cada vez mais) e amigos dos amigos que habitualmente também trazem os filhos e que só aparecem nesta altura do ano.
Pode-se sempre fazer a vontade aos nossos amigos que o ano passado frisaram que não nos devíamos incomodar. Juraram a pés juntos “fica combinado, para o ano só compramos para os miúdos”, e que “o Natal é para os miúdos”, e que “não há necessidade de gastarmos dinheiro uns com os outros” e que “tudo isto é uma jogada do Belmiro de Azevedo e do Américo Amorim”, e que “cada vez mais o espírito de Natal está a ser subvertido”, e que...
Esqueçam!
Nem pensem em juntar-se com alguém no período de Natal sem levarem alguma coisa. Primeiro, passam uma vergonha das grandes porque os amigos até compram aquele conjunto de bongos africanos que não nos podemos esquecer de colocar na sala sempre que nos vêm visitar.
Depois, porque fazem mesmo figura de fuinhas no dia da abertura das prendas quando toda a gente se apercebe que vocês foram os únicos que levaram a sério o acordo estabelecido no ano anterior.
Por isso, nada melhor do que, nesta época, ter presente os valores de Natal... ter presente e ter presentes....
...muitos!
quinta-feira, novembro 10, 2005
São rosas, Senhor
Interpelado no Parlamento sobre a criação dos 150 000 postos de trabalho prometidos durante a campanha eleitoral, o ministro do trabalho, Vieira da Silva limitou-se a dizer que “não há milagres”. Poderia ter dito que estão a trabalhar nisso, que já criaram alguns: Armando Vara, Fernando Gomes, Guilherme d’Oliveira Martins...
...enfim, estas coisas levam tempo!
Mas não. Optou por constatar uma evidência dos tempos modernos: “não há milagres, meus senhores, não há milagres...”
Não? Então mas as promessas (ou compromissos, se se quiser) foram apresentados tendo como base a convicção que se poderiam resolver com uns quantos... MILAGRES?!?
Isto é que é ter FÉ!!!
É bonito!...
Mas agora estou curioso. O que é que entretanto se passou para que tamanha FÉ ficasse tão abalada?
A única coisa que posso fazer é ajudar a restituir a FÉ perdida.
É que no dia em que (mais uma vez) os protestos estiveram na rua, eu tenho FÉ que daqui a três anos, sensivelmente, aconteça um MILAGRE... o MILAGRE em que as rosas se transformem em pão...
... para os pobres, é claro!
...enfim, estas coisas levam tempo!
Mas não. Optou por constatar uma evidência dos tempos modernos: “não há milagres, meus senhores, não há milagres...”
Não? Então mas as promessas (ou compromissos, se se quiser) foram apresentados tendo como base a convicção que se poderiam resolver com uns quantos... MILAGRES?!?
Isto é que é ter FÉ!!!
É bonito!...
Mas agora estou curioso. O que é que entretanto se passou para que tamanha FÉ ficasse tão abalada?
A única coisa que posso fazer é ajudar a restituir a FÉ perdida.
É que no dia em que (mais uma vez) os protestos estiveram na rua, eu tenho FÉ que daqui a três anos, sensivelmente, aconteça um MILAGRE... o MILAGRE em que as rosas se transformem em pão...
... para os pobres, é claro!
quarta-feira, novembro 09, 2005
Stôr, também quero um!
daqui
Foi hoje publicado em Diário da República o Despacho Normativo n.º 50/2005 que define o acompanhamento e avaliação dos planos de recuperação para alunos que manifestem dificuldades de aprendizagem. Confesso que ainda não tive oportunidade de estudar o documento por isso, estas considerações partem de uma leitura muito, muito, mas mesmo muito diagonal. Em todo caso, e reforço que posso estar enganado, parece-me que, mais uma vez, se está no domínio da pura demagogia que, dada a realidade concreta que se vive nas escolas, não irá certamente resolver o problema de fundo: integrar e ajudar os alunos que realmente necessitam.
É que, ao identificar o “público-alvo” a partir dos resultados (negativos), abre-se não só, exageradamente o âmbito de aplicação, ao mesmo tempo que não se responsabilizam os alunos «cábulas»
Repare-se: em parte alguma do documento se prevê a possibilidade de o insucesso se dever à falta de sentido de responsabilidade do aluno ou da família (no acompanhamento escolar do seu educando), ou ao não cumprimento das orientações emitidas pela escola. De facto, a família está presente (último ponto dos artigos 2.º, 3.º e 5.º), mas quase como órgão de controle.
Não consegui ver onde é que está prevista a situação do aluno que tem insucesso simplesmente porque não estuda ou porque é perturbador.
Por outro lado, também não entendo qual a orientação política que afinal este governo quer para a educação. Isto é, ao optar por manter os exames a nível nacional e a consequente divulgação da lista de ordenação hierárquica das escolas pensei que se tivesse optado pelo modelo de educação/formação em sentido restrito (conteúdos programáticos) em detrimento de um modelo mais abrangente (formação global do indivíduo, integrador e respeitador das diferenças pessoais e sociais e no âmbito da educação de valores). Ora, como é que, sem demagogia, se pode conciliar os exames nacionais e respectivo ranking, com as medidas agora anunciadas nomeadamente a “pedagogia diferenciada na sala de aula” (al. b, n.º 3 do art. 2.º) “bem como adaptações programáticas das disciplinas” (n.º 3 do art. 3.º)?
Responda quem souber!
segunda-feira, novembro 07, 2005
Revolução Francesa
A falta de uma resposta adequada e em tempo útil à violência que despoletou em França fez com que a situação atingisse já um patamar particularmente preocupante.
Desde logo, porque a forma como se tem vindo a espalhar – paulatinamente um pouco por todo o país – não significa que consiga ou queira parar nas suas próprias fronteiras.
Mas também porque um Estado de Direito que não consegue manter os padrões mínimos de ordem social e salvaguardar as condições de segurança dos seus cidadãos é um Estado de Direito limitado, atrofiado e mutilado!
Ora, é normalmente a partir de um Estado doente ou fragilizado que se reúnem as condições adequadas para a propagação de correntes que perspectivam um modelo de organização política fundado na bushialização securitária e xenófoba da sociedade.
Dir-se-á que a Europa – e em particular a França enquanto berço dos valores que estruturam o pensamento europeu – não permite um «retrocesso civilizacional» semelhante ao que ocorreu nos Estado Unidos.
Vamos ver!...
Para já, é urgente proceder – com todos os meios disponíveis – à restituição da ordem e da paz pública.
A seguir, é importante fazer uma reflexão alargada e sem qualquer tipo de preconceitos que nos permita compreender (de forma abrangente) este fenómeno.
A partir dessa reflexão, é necessário aplicar, de uma vez por todas, as políticas acertadas para que tudo isto não se volte a repetir... nem em França, nem em qualquer outro país.
sábado, novembro 05, 2005
Marocas
Na verdade tenho uma enorme admiração pela figura de Mário Soares. Não esqueço a contribuição que deu na implementação e consolidação da democracia em Portugal. Não esqueço o papel que desempenhou quando – eram outras as maiorias – se cometiam abusos de poder praticados por quem se orgulhava de nunca ter dúvidas e raramente se enganar.
Atingiu o patamar máximo da política portuguesa com uma notável imagem de prestígio internacional.
Reconheço a sua cultura e inteligência. Admiro a sua forma natural de estar e fazer política... genuína, intuitiva, humanista, sem exageradas tecnocracias, tele-pontos, ou “teatralidades” bacocas... tabus, portanto!
Podia continuar a desempenhar o papel de “Senador do Estado” a partir da sua fundação em Leiria. Sempre que emitia uma opinião, era ouvido pelo País.
Em vez disso, resolveu voltar à política activa.
Desconfio que foi precisamente essa forma natural e intuitiva de fazer política que desta vez o traiu.
Não percebeu aquilo que, na minha opinião, não passou de uma jogada e deixou-se cair na armadilha!
É evidente que não hesitarei em votar Mário Soares se Portugal precisar. Mas só se for realmente necessário.
Não obstante, continuarei a admirar verdadeiramente a sua personalidade, consciente que será sempre um vulto incontornável e marcante com um lugar de destaque na História de Portugal!
sexta-feira, novembro 04, 2005
Não te estiques...
Numa entrevista à TVI, Mário Soares teceu duras críticas a Cavaco Silva.
Se Sócrates sabe, ainda lhe retira o apoio político.
Se Sócrates sabe, ainda lhe retira o apoio político.
quinta-feira, novembro 03, 2005
Não há coincidências! Não?
Faz hoje um ano tive um dia perfeitamente normal. Vulgar. Igual a todos os outros dias.
A noite não. Preparava-me para jantar quando me deram a “novidade”.
Sem importância... era a opinião do técnico. “Porque é que estás preocupado? O médico não disse que não era grave? Queres saber mais do que o médico?”
Pressenti que era grave. Não imaginava quanto.
Acordei a meio da noite e lembro-me de ter pensado, nessa altura, que a partir daí as coisa nunca mais seriam iguais.
Faz hoje um ano, começou um processo que me empurraria durante algum tempo para dentro de um hospital. Vi, ouvi, cheirei, senti... aprendi e conheci o funcionamento de um hospital.
Entrei em pânico. Contar, seria inútil... ninguém acreditaria. Se acreditassem, o alarme social provocaria mais danos do que viver nesta perfeita ilusão que nos permite acreditar que tudo está bem.
Faz hoje um ano começava um processo que terminaria de forma trágica, entre outras coisas porque os hospitais não fazem o cruzamento dos dados clínicos dos pacientes.
Foi hoje notícia de um qualquer telejornal que os hospitais de Coimbra implementaram um sistema de cruzamento de dados clínicos que permite poupar muito dinheiro aos contribuintes.
E vidas, acrescento eu!
A noite não. Preparava-me para jantar quando me deram a “novidade”.
Sem importância... era a opinião do técnico. “Porque é que estás preocupado? O médico não disse que não era grave? Queres saber mais do que o médico?”
Pressenti que era grave. Não imaginava quanto.
Acordei a meio da noite e lembro-me de ter pensado, nessa altura, que a partir daí as coisa nunca mais seriam iguais.
Faz hoje um ano, começou um processo que me empurraria durante algum tempo para dentro de um hospital. Vi, ouvi, cheirei, senti... aprendi e conheci o funcionamento de um hospital.
Entrei em pânico. Contar, seria inútil... ninguém acreditaria. Se acreditassem, o alarme social provocaria mais danos do que viver nesta perfeita ilusão que nos permite acreditar que tudo está bem.
Faz hoje um ano começava um processo que terminaria de forma trágica, entre outras coisas porque os hospitais não fazem o cruzamento dos dados clínicos dos pacientes.
Foi hoje notícia de um qualquer telejornal que os hospitais de Coimbra implementaram um sistema de cruzamento de dados clínicos que permite poupar muito dinheiro aos contribuintes.
E vidas, acrescento eu!
quarta-feira, novembro 02, 2005
Disparates...
“Está?...
Boa Tarde, eu gostaria de falar com a Senhora Ministra, se fosse possível...
... se tenho marcação? Não, isso não tenho, é preciso, é? Ah, pois, não sabia... então não é possível? ....
... O assunto? ... Bem, eu queria fazer queixa de uma professora lá da escola do miúdo, porque ....
... o quê?.... ai sim?!?... ... então está bem, eu aguardo.
...............................................
Está, Senhora Ministra? Boa Tarde, olhe era o seguinte: o meu garoto, na próxima quinta-feira não vai ter Educação Física à tarde. Parece que o professor tem uma reunião, e avisou que vai faltar. Era a única aula que o rapaz tinha e eu pensei, olha, é da maneira que passo um bocado com ele... agora os miúdos estão o dia todo na escola e nem que a gente queira estar um bocado com eles, não pode. Parece que nem os conhecemos. Depois, como tenho algum tempo livre... estou desempregado, sabe?.... bom, não interessa!
Vai, a Directora de Turma mandou recado a dizer que mesmo não tendo aula tem de ficar na escola ... se não, que tem falta... e que até pode chumbar, e mais não sei o quê...
... se ela disse porquê?... disse, disse que tinha saído qualquer coisa, não sei bem o quê... um Despacho, ou um decret...
...Ah? Eu??!!!.... ... Eu o quê???!!!
....Eu nem falei em Tribunal, muito menos em Ponta Delgada!...
... Mas foi por eu falar em Despacho?... sei lá se foi um Despacho ou outra coisa qualquer... falei por falar.
....Também não precisa de se irritar... ... Não estou a perceber! Quem é que já se arrependeu???... Os Magistrados é que já se arrependeram por causa daquele Despacho do Juiz de Ponta Delgada sobre a greve dos professores??? Ai isto tudo da Justiça e assim é por causa desse Despacho?
................................
... Ouça, eu não quero saber nada disso dos Magistrados!... O que eu disse é que a Directora de Turma disse que tinha saído um Despacho, uma Informação ou lá o que era, sei lá, onde se diz que mesmo que um professor avise que vai faltar às oito e meia ou aos últimos tempos, os miúdos têm de ficar na escola.... .... sim, mesmo que os pais possam e queiram ficar com eles em casa...
... Pois, Senhora Ministra, foi isso que eu disse... que é um autêntico absurdo, mas que é que quer?!....
.... Ai a Senhora Ministra desconhecia??...
.... Sim, disse que era uma ordem saída daí, do Ministério!
... Pois... ... percebo... ....então não há nada a fazer?.... pois, percebo...
... Ah? ... Desculpe, não percebi... ... que a Lei é para cumprir?
AH!!! bom... assim, já fico mais descansado....
...Porquê? É que a Lei diz que tudo isto é para aplicar em caso de ausência imprevista do professor... ora, como o professor avisou... já não é imprevista!
Logo, não se aplica.
...Continuação de muito bom dia!”
É por isso que eu digo que é um autêntico disparate uma pessoa gastar em média oito horas por dia a dormir, para depois passar o tempo a sonhar parvoíces e idiotices deste género... mais valia estar acordado!
Boa Tarde, eu gostaria de falar com a Senhora Ministra, se fosse possível...
... se tenho marcação? Não, isso não tenho, é preciso, é? Ah, pois, não sabia... então não é possível? ....
... O assunto? ... Bem, eu queria fazer queixa de uma professora lá da escola do miúdo, porque ....
... o quê?.... ai sim?!?... ... então está bem, eu aguardo.
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Está, Senhora Ministra? Boa Tarde, olhe era o seguinte: o meu garoto, na próxima quinta-feira não vai ter Educação Física à tarde. Parece que o professor tem uma reunião, e avisou que vai faltar. Era a única aula que o rapaz tinha e eu pensei, olha, é da maneira que passo um bocado com ele... agora os miúdos estão o dia todo na escola e nem que a gente queira estar um bocado com eles, não pode. Parece que nem os conhecemos. Depois, como tenho algum tempo livre... estou desempregado, sabe?.... bom, não interessa!
Vai, a Directora de Turma mandou recado a dizer que mesmo não tendo aula tem de ficar na escola ... se não, que tem falta... e que até pode chumbar, e mais não sei o quê...
... se ela disse porquê?... disse, disse que tinha saído qualquer coisa, não sei bem o quê... um Despacho, ou um decret...
...Ah? Eu??!!!.... ... Eu o quê???!!!
....Eu nem falei em Tribunal, muito menos em Ponta Delgada!...
... Mas foi por eu falar em Despacho?... sei lá se foi um Despacho ou outra coisa qualquer... falei por falar.
....Também não precisa de se irritar... ... Não estou a perceber! Quem é que já se arrependeu???... Os Magistrados é que já se arrependeram por causa daquele Despacho do Juiz de Ponta Delgada sobre a greve dos professores??? Ai isto tudo da Justiça e assim é por causa desse Despacho?
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... Ouça, eu não quero saber nada disso dos Magistrados!... O que eu disse é que a Directora de Turma disse que tinha saído um Despacho, uma Informação ou lá o que era, sei lá, onde se diz que mesmo que um professor avise que vai faltar às oito e meia ou aos últimos tempos, os miúdos têm de ficar na escola.... .... sim, mesmo que os pais possam e queiram ficar com eles em casa...
... Pois, Senhora Ministra, foi isso que eu disse... que é um autêntico absurdo, mas que é que quer?!....
.... Ai a Senhora Ministra desconhecia??...
.... Sim, disse que era uma ordem saída daí, do Ministério!
... Pois... ... percebo... ....então não há nada a fazer?.... pois, percebo...
... Ah? ... Desculpe, não percebi... ... que a Lei é para cumprir?
AH!!! bom... assim, já fico mais descansado....
...Porquê? É que a Lei diz que tudo isto é para aplicar em caso de ausência imprevista do professor... ora, como o professor avisou... já não é imprevista!
Logo, não se aplica.
...Continuação de muito bom dia!”
É por isso que eu digo que é um autêntico disparate uma pessoa gastar em média oito horas por dia a dormir, para depois passar o tempo a sonhar parvoíces e idiotices deste género... mais valia estar acordado!
terça-feira, novembro 01, 2005
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