Ainda a propósito das autárquicas – e, mais concretamente, acerca de alguma imprensa regional que fez a cobertura do “evento” – vai uma referência aos momentos de autêntica prostituição intelectual a que pudemos assistir um pouco por todo o País.
Trata-se de autênticos exemplos de servilismo e subserviência cobarde (ou, se se quiser, política), capaz de fazer corar de vergonha o lado mais vergonhoso do jornalismo medíocre que também se faz em Portugal.
Em jeito de balanço, dir-se-á que é apenas lamentável o serviço que estes prestam à nossa jovem democracia... outros salientarão as contradições entre este Portugal – o Portugal obscuro e ainda salazarento – e o Portugal Europeu... o Portugal moderno do Séc. XXI.
Concordo!
Em todo o caso, convém não esquecer que este tipo de publicações tem na sua base uma estrutura económica que, há semelhança dos grandes órgãos de comunicação social, sustentam financeiramente estes projectos. Daí que, façam o que fizerem, é problema deles e, obviamente, dos seus leitores.
A questão coloca-se, verdadeiramente, ao nível dos subsídios.
É que, normalmente, a imprensa regional também é contemplada com apoios financeiros, directos ou indirectos, pagos, como é bom lembrar, por todos nós.
Ou seja, já não basta que estas “actividades” representem verdadeiros insultos intelectuais, como (qual cereja em cima do bolo) ainda se paga para isso!!!
Trata-se de um verdadeiro “Serviço Público”, dirão uns...
Um quê? – pergunto eu – serviço púbico?
2 comentários:
os jornais regionais existem para:
-satisfação do ego dos seus
dirigentes
-apoio partidário
e pouco mais. Quanto tempo demora a ler um jornal regional ? E estás a esquecer os jornais da paróquia controlados pelo lado mais conservador da igreja.. esses ainda são piores
Pois, o problema é quando estes “brinquedos” ajudam a enfraquecer Democracia!
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