O contacto com a natureza foi algo que sempre me fascinou... o vento, os cheiros, as paisagens... enfim, sinto que é algo que nos faz sentir mais humanos.
Por isso, influenciado pelo amigo Raindog, investi recentemente num veículo de tracção animal que me permite, não só, corrigir algumas imprecisões físicas que começam a surgir cada vez com maior protuberância ao nível da barriga como, simultaneamente, pôr em dia a minha relação com a Mãe Natureza. Isto é, comprei uma «bicla»... em promoção no Jumbo mas ainda assim, mais ou menos completa.
Hoje depois de algum trabalho mental e psicológico, lá me atirei de cabeça à aventura.
Como, quem não tem cão caça com gato, (que é como quem diz, quem não tem natureza passeia na cidade) lá “desenhei” eu mentalmente um percurso pouco agressivo onde pudesse sentir algum verde a passar por mim... árvores ou simples cavacos a emanarem a sua brisa suave e apaziguadora... onde pudesse sentir o aroma da terra... ou inspirar o odor das acácias floridas (mimosas, se se quiser)... ou seja, momentos inspiradores!
Assim, à falta de ciclovias pode dizer-se que me fiz à estrada... literalmente!
Ainda não tinha completado dez rotações aos pedais quando percebi que a coabitação entre bicicletas e automóveis na mesma via pública assenta num equilíbrio muito mais instável do que a outra... aquela que é tema recorrente na comunicação social. Rapidamente percebi que tal coabitação tinha de se fazer ao nível do passeio entre a «bicla» e os peões (afinal nestas coisas do trânsito convém estarmos sempre em posição de superioridade... não vá o diabo tecê-las)!
Depois vieram, de facto, os odores. Autêntico diamante, diria eu. Pelo menos a julgar pela quantidade de carbono à solta... não sei se monóxido ... se dióxido... sei que se resumia a uma polifonia de cheiros oriundos das profundezas intestinais dos veículos que, por qualquer desígnio não apreensível à compreensão humana, conseguiram sair dos centros de inspecção.
Por outro lado, as ditas acácias, afinal não passavam de um pequeno esboço fedorento ali colocado por engano.
A tudo isto há a acrescentar a subida estrategicamente guardada para o final. Aí sim... deu para a inspirar um pouco de tudo. A pessoa inspira o fumo... inspira os cheiros... inspira o suor... enfim...
Inspira a dor!
(Mãe Natureza?... aqui na cidade é mais Filha da Mãe!)
Por isso, influenciado pelo amigo Raindog, investi recentemente num veículo de tracção animal que me permite, não só, corrigir algumas imprecisões físicas que começam a surgir cada vez com maior protuberância ao nível da barriga como, simultaneamente, pôr em dia a minha relação com a Mãe Natureza. Isto é, comprei uma «bicla»... em promoção no Jumbo mas ainda assim, mais ou menos completa.
Hoje depois de algum trabalho mental e psicológico, lá me atirei de cabeça à aventura.
Como, quem não tem cão caça com gato, (que é como quem diz, quem não tem natureza passeia na cidade) lá “desenhei” eu mentalmente um percurso pouco agressivo onde pudesse sentir algum verde a passar por mim... árvores ou simples cavacos a emanarem a sua brisa suave e apaziguadora... onde pudesse sentir o aroma da terra... ou inspirar o odor das acácias floridas (mimosas, se se quiser)... ou seja, momentos inspiradores!
Assim, à falta de ciclovias pode dizer-se que me fiz à estrada... literalmente!
Ainda não tinha completado dez rotações aos pedais quando percebi que a coabitação entre bicicletas e automóveis na mesma via pública assenta num equilíbrio muito mais instável do que a outra... aquela que é tema recorrente na comunicação social. Rapidamente percebi que tal coabitação tinha de se fazer ao nível do passeio entre a «bicla» e os peões (afinal nestas coisas do trânsito convém estarmos sempre em posição de superioridade... não vá o diabo tecê-las)!
Depois vieram, de facto, os odores. Autêntico diamante, diria eu. Pelo menos a julgar pela quantidade de carbono à solta... não sei se monóxido ... se dióxido... sei que se resumia a uma polifonia de cheiros oriundos das profundezas intestinais dos veículos que, por qualquer desígnio não apreensível à compreensão humana, conseguiram sair dos centros de inspecção.
Por outro lado, as ditas acácias, afinal não passavam de um pequeno esboço fedorento ali colocado por engano.
A tudo isto há a acrescentar a subida estrategicamente guardada para o final. Aí sim... deu para a inspirar um pouco de tudo. A pessoa inspira o fumo... inspira os cheiros... inspira o suor... enfim...
Inspira a dor!
(Mãe Natureza?... aqui na cidade é mais Filha da Mãe!)
11 comentários:
pois urbano dependentes....
Eu não te dizia....
podes ir par ao jardim da cidade se não afundar claro.
Por favor não desista, apesar dessa má experiência.
Experimente ao domingo de manhã, bem cedo, enquanto os automobilistas estão a dormir. Ou escolha um percurso em circuito, com menos transito. Até fica com a vantagem de, volta a volta, comparar a melhoria da performance - e isso entusiasma.
O músculo que melhor reage ao exercício - neste caso ciclístico - é o coração. Com dois dias por semana consegue tensões arteriais de 7-11. O colestrol baixa. A barriga reduz, passa a olhar para as pernas e ter vaidade nos músculos de que já não se recordava que tinha. Até "aquele" desempenho melhora e de que maneira - vai ver os elogios que vai receber...
Não desista. De início é o rabo que mais dói por causa do selim. Compre uns calções almofadados que pode usar por debaixo de uns calções de desporto normais. (Não se esqueça de "os" puxar para cima, para "os" não entalar no selim). Mas em breve vai começar a notar um gradual aumento da qualidade de desempenho físico.
Tente andar em grupo. Os automobilistas respeitam mais um grupo de 3 ou 4 ciclistas a rodar juntos do que um isolado.
Inscreva-se na federação de cicloturismo. A inscrição anual - à volta de 25 € - tem a grande vantagem de um seguro de vida e de doença - 25.000 e 2500 € - e um seguro de responsabilidade civil para o caso de riscar um carro, etc.
Mas não desista. O seu coração agradece.
E se é da zona de Lisboa, quando vir passar um ciclista com uma camisola do Egas e do Becas - é única, seguramente, em Portugal, pois mais ninguém se atrevia a andra na estrada numa figura daquelas - mande-me parar para trocarmos opiniões.
Seja bem-vindo á informal irmandade dos ciclistas.
Outra coisa muito importante: use sempre um capacete e umas luvas - mesmo sem dedos. Quando vamos ao chão - e todos caiem, mais tarde ou mais cedo - é a cabeça que bate no asfalto e é a palma das mãos que arrasta no alcatrão.
Carneiro: depois destas palavras «calorosas» fui a correr tirar o letreiro de "vende-se" que coloquei hoje pela manhã na respectiva «bicla» estacionada ali em baixo no passeio. Uma coisa que ando a descurar é o tal do capacete e das luvas... vou ver se trato disso a tempo, antes de «estrear» os asfalto. Quanto aos «dito cujos» entalados, é, de facto, uma coisa que chateia que se farta... não há outra solução que não sejam os calções almofadados?... é que, para já, com este tempo, só não vou de pijama enfiado até às orelhas (limito-me ao fato de treino) porque parece mal... mas calções?!?... ná! O esforço que faço ainda não dá para ligar a «saufage» interna!
Sulista: Monsanto? Só se for a outra, a aldeia mais portuguesa de portugal, como se dizia no tempo de Salazar... sempre me fica mais perto.
Atão mas julguei que vivias aqui embora sejas daí ;-)
...atão, cidade grande por esses lados, e com subidas, deve ser BISEU...ehehehe
Bons treinos e como vês, não desistas que só tens a ganhar em andar de bike :-D
Quanto aos ditos cujos, reconheço que o ideal seria serem descartáveis. A malta desenroscava-os, metia-os no bolso durante os passeios de bicicleta e quando voltasse a precisar deles enroscavam-se num ápice.
os calções almofadados podem ser usados por debaixo de calças de treino polares.
Existem umas calças com alças, almofadadas na zona perineal, com protecções em windstopper - também há em gorotex - e isso até dá para andar na neve. Tenho umas que me custaram 75 €, mas sinto-me dentro de um fato de mergulho, se bem que aguente temperaturas negativas em conforto.
O que uso com o tempo mais frio são os calções almofadados - daqueles das equipas profissionais com publicidade - e umas perneiras em tecido "sintético-polar" que vão do tornozelo até quase ás virilhas. Aquilo tem pêlo por dentro, é elastico como a lycra e quentinho. Quando a manhã aquece, despem-se e colocam-se ou na pequena mochila ou nas bolsas traseiras da camisola. Também há "manguitos" para os braços, com o mesmo efeito. E camisolas interiores termicas, e blusões em goretex de 50 contos. Havendo dinheiro podemos fazer ciclismo com tudo menos com motor.
Outra coisa: não convém qualquer tipo de cuecas debaixo do almofadado dos calções. Isso causa roeduras e assaduras muito aborrecidas. É o almofadado directo na pele, eventualmente lubrificando com um creme gordo. Com a habituação deixa de ser necessário.
A higiene do calção é essencial para a prática continuada. Há profissionais que desistem de uma competição de vários dias, só por causa de uma assadura no traseiro...
É caso para dizer que ficaram com o rabo escaldado...
Consulte www.fpcubicicleta.com/
Sulista: cidade com subidas e descidas só há uma: a subir vamos sempre ter à Universidade... a descer vamos sempre ter ao rio... não tem nada que enganar, qual é?... qual é?!!!
Coimbra, pois atão!
Carneiro: isto é que foi informação, obrigado. Parece-me é que há para aí material que não é compatível com a minha bicicleta... comprada no Jumbo e ainda por cima em promoção...
Gostei dessa "Havendo dinheiro podemos fazer ciclismo com tudo menos com motor." Pois!
Em todo o caso, obrigado. Amanhã vai ser outra vez «dia de bicla». Vamos lá ver se corre melhor. :)
...bem, como acho que a carrinha tem barras no tejadilho, aqui vai uma dica: 2ª feira dia 20, no LIDL, há umas barras transversais a 25 euros. Depois compras o suporte para a bicla (cerca de 15 euros aqui nas Caldas) e ficas com o problema resolvido, passas a poder sair do fog coimbrão!! Depois metes a dita em cima do carro e vens andar comigo pela beira da Lagoa...até te passas ;)
Abrs
bem em vez de ires para a lagoa podias ir para são pedro. sabes ele stêm um caminho especial para isso ao longo do mar depois para a marinha. podia continuar e quando davas conta estavas na lagoa do raindog. isto é enquanto a lagoa existe.
até como és um tipo com pesetas compravas um t1 em são pedro..
olha lá pode ser vaselina?' ou tem que ser um Barral gordo....?
Acho que um destes dias também me metem esse vício. Já esteve mais longe. O meu maior problema é encontrar uma que tenha motor.
Boa semana!
Sou como uma folha seca
levada pelo vento, seguindo
na mesma estrada do seu "Eu"
Ouço seu grito, sinto sua solidão.
Almas gêmeas nunca se separam,
caminham lado a lado...
Não existe distância entre o céu e a terra
existem; nuvens, lua, estrelas,
existe um sol que te aquece e me fortalece.
Através disso tudo me sinto por perto,
chego a sentir o cheiro dessa flor solitária,
chego a me inebriar com seu perfume.
Quero enxugar suas lágrimas, acariciar
seu rosto, passar as mãos sobre seus cabelos...
mas, só me é permitido estar por perto de você.
Feche os olhos, me sente como eu te sinto,
me ame como eu ainda te amo.
Nunca se esqueça, que estou aqui,
seguindo seu vôo solitário.
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