sábado, junho 24, 2006

Ela, ainda!

A senhora Ministra defendeu que a violência de alunos e familiares sobre os professores é apenas, e só, um caso de polícia. Algo que se situa unicamente na esfera particular entre os directamente envolvidos onde a Administração não tem qualquer intervenção nem responsabilidade.
Bom, mas então, para ser minimamente coerente, devia também defender que a violência de professores sobre alunos é, igualmente, um caso particular a ser resolvido entre o professor e o respectivo encarregado de educação.
Ora, sabemos que não é (não pode ser) assim.
Se a Administração actua severamente nos casos de violência (física ou verbal) quando ocorre entre o professor e o aluno, não se percebe porque é que se demite quando a violência ocorre em sentido contrário.
E também não se percebe quando a senhora Ministra faz referência à autoridade do professor. É que não se sabe se se refere à autoridade que lhe é atribuída por Lei (através do Estatuto do Aluno), se se refere à Autoridade que deveria ser inerente ao estatuto de professor.
É que se se refere à primeira, a senhora Ministra deveria saber que a legislação é, na prática, completamente inconsequente e ineficaz; se se refere à segunda – à autoridade intrínseca, própria do professor – bom então ainda se torna mais difícil de compreender. Sim, porque esta, a senhora Ministra tem-se encarregado de, dia após dia, reduzir a zero.

1 comentário:

Anónimo disse...

a dita autoridade do professor não se perdeu com esta ministra. pelo contrário parece-me que pode ser de novo ganha com ela. Perdeu-se pelas pedagogias folclórias das eses e companhia. Perdeu-se pelo não cumprimento das regras normais por professores e escolas.(exemplo faltas e comportamentos de igualdade perante alunos)
Perdeu-se por anormalidades sindicais que vão para rua assobiar ministros.Perdeu-se ao longo de 30 anos. Por isso não sejas rídiculo e não vejas o demónio onde ele não existe.
A autoridade emana do próprio professor. Nisso ela tem razão.Se o professor e a escola não conseguem impor a autoridade, não estão a cumprir as suas funções.