segunda-feira, maio 29, 2006

Será que...

...Confiávamos num sistema que valorizasse o mérito:

- dos juízes pelo número de absolvições que proferem?
- dos médicos pelo número de doentes que observam por dia?
- dos enfermeiros pelo número de vacinas que dão por mês?
- dos professores pelo número de positivas que dão no final do ano?
- dos engenheiros pelo número de projectos que acompanham anualmente?
- dos motoristas pelo número de quilómetros que fazem diariamente?
- dos cozinheiros pelo número de refeições que servem diariamente?

(...)

- dos políticos pelo número de intervenções (estúpidas, incluídas) que fazem anualmente na Assembleia?
- dos governantes pelo número de medidas (estúpidas, incluídas) que tomam durante a legislatura?


4 comentários:

Al Cardoso disse...

Gostava mais se os juizes, fossem avaliados mais pelo numero de condenacoes, do que pelo de absulvicoes, pois se o crime esta a crescer!!!

Um abraco beirao.

Anónimo disse...

Portugal conta, actualmente, com um número elevadíssimo de maus professores, parece ninguém ter dúvidas a este respeito, graças a Deus que temos bons psicólogos, bons políticos, bons governantes, uma boa ministra da educação e bons teorizadores das ciências de Educação, que seria do país se assim não fosse!
E, claro está, aliás, de outra forma não poderia ser, assim foi sempre, cá estão os bons a resolver o problema dos maus. Para isso muito se têm esforçado os bons a ensinar os maus, vejamos: os políticos dão-nos exemplos brilhantes de virtudes, como, a humildade, a honestidade, a assiduidade, a pontualidade, enfim, o trabalho acima de tudo (mesmo que o tudo seja um jogo de futebol); os psicólogos resolvem-nos os problemas de indisciplina nas escolas, afinal tão simples, basta tirar as crianças aos pais biológicos, como é que nunca nenhum professor tinha pensado nisto!; os governantes são modelos de verdade, imparcialidade, defensores dos desfavorecidos, tudo fazem pela integração social e pela defesa dos direitos humanos, o combate à violência doméstica, que afecta, na maior parte dos casos, as mulheres, é um bom exemplo da preocupação do governo, mas, note-se, apenas a doméstica, porque a mesma mulher, pode estar sujeita a todos os tipos de violência, caso seja professora; quanto à ministra, inigualável, tem-nos ensinado o que é a dignidade, o respeito pela profissão, vai, até, ao ponto de nos dar exemplos, para que possamos compreender bem a lição, veja-se, a exemplo, a comparação entre a docência e a medicina, digno, muito digno! E as ciências da educação, o que elas nos têm ensinado, veja-se, uma vez mais, a exemplo, a questão da avaliação, andam os professores uma vida inteira a aprender a usar instrumentos e mecanismos de avaliação, tais como, grelhas de auto e hetero-avaliação, fichas de avaliação diagnóstica, de avaliação formativa, de avaliação sumativa, observação directa das aptidões a todos os níveis, das competências, do empenho, do interesse, da participação, do espírito crítico, da iniciativa, da responsabilidade, dos trabalhos realizados, das atitudes e valores…, e, tudo isto, para quê se agora se verifica que, afinal, uma simples ficha sem qualquer tipo de observação, directa ou indirecta, permite aos pais uma avaliação criteriosa, rigorosa, séria do trabalho desenvolvido por cada professor da escola.
Até hoje ainda não compreendi como foi possível que a profissão existisse antes da invenção das ciências da educação, mas também ainda não compreendi e, ao que parece os teorizadores, os políticos, os governantes, os psicólogos e a ministra da educação também não, como é que afinal, sendo as ditas ciências responsáveis pela formação daqueles que, actualmente, são professores, os acusa de serem tão maus e continua, insistentemente, a política seguidora dessas teorias, que talvez daqui a cem anos estejam comprovadas cientificamente, mas que actualmente estão na base do fosso em que todo o sistema educativo mergulhou.

Professora (por enquanto!)

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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