Defende, o Ministério da Educação, que deve existir diferenciação na carreira docente de modo a que só os melhores professores cheguem ao topo. No entanto, a actual proposta de ECD vai precisamente em sentido contrário. Ao introduzirem quotas de acesso à categoria de “Professor Titular” significa que, tal como as coisas estão, um professor «Excelente» acaba por estacionar em determinada categoria juntamente com o professor «Bom» e até mesmo com o «Regular». Com esta proposta, uma coisa os professores têm como certa: tanto faz saltar como correr (que é como quem diz, tanto faz ser um bom profissional como não) que o resultado final será sempre o mesmo.Na verdade é intrinsecamente contraditório defender-se, por um lado uma avaliação baseada no mérito e, simultaneamente, quotas limitadoras da progressão.
Assim como não é correcto estabelecerem-se, como se tem defendido ultimamente, comparações com outras profissões.
...que os Juízes também não chegam todos ao topo. Nem os Médicos... nem os Militares.
Bom, os Juízes têm casa paga onde quer que sejam colocados. Os professores, não.
Os médicos podem, em regra, fazer acumulações no sistema privado e só excepcionalmente é que optam pela exclusividade (recebendo as respectivas contrapartidas). Os professores estão em regra impedidos de acumular actividades privadas e apenas muito excepcionalmente podem fazer um pequeno complemento por fora.
Os militares têm uma messe... têm outras regalias. Os professores, não!
Ainda assim, a questão não está nas condições profissionais de cada uma destas categorias e as respectivas regalias a que, merecidamente ou não, têm direito. A questão é que não se podem comparar coisas que não são comparáveis. Não se podem comparar Professores a Juízes... nem a Médicos... nem a Militares. Não é honesto. E o senhor Primeiro-Ministro sabe isso. Lamentavelmente a honestidade política não parece fazer parte das suas preocupações.
Nota: esta semana espero ter mais tempo para o Blog. É que até ver, estou de greve!
Assim como não é correcto estabelecerem-se, como se tem defendido ultimamente, comparações com outras profissões.
...que os Juízes também não chegam todos ao topo. Nem os Médicos... nem os Militares.
Bom, os Juízes têm casa paga onde quer que sejam colocados. Os professores, não.
Os médicos podem, em regra, fazer acumulações no sistema privado e só excepcionalmente é que optam pela exclusividade (recebendo as respectivas contrapartidas). Os professores estão em regra impedidos de acumular actividades privadas e apenas muito excepcionalmente podem fazer um pequeno complemento por fora.
Os militares têm uma messe... têm outras regalias. Os professores, não!
Ainda assim, a questão não está nas condições profissionais de cada uma destas categorias e as respectivas regalias a que, merecidamente ou não, têm direito. A questão é que não se podem comparar coisas que não são comparáveis. Não se podem comparar Professores a Juízes... nem a Médicos... nem a Militares. Não é honesto. E o senhor Primeiro-Ministro sabe isso. Lamentavelmente a honestidade política não parece fazer parte das suas preocupações.
Nota: esta semana espero ter mais tempo para o Blog. É que até ver, estou de greve!
5 comentários:
«Não se podem comparar Professores a Juízes... nem a Médicos... nem a Militares»
EXCELENTE!!
«contraditório defender-se, por um lado uma avaliação baseada no mérito e, simultaneamente, quotas limitadoras da progressão.»
MAI NADA !!!
ficou tudo dito.
Ah valente! ;-)
Isto é tudo muito lindo,... mas ainda vão podendo fazer greves... e nós, privados? Fazemos o quê?
Abraço.
cmatos:
Por mim, estou sempre disponível para defender a dignidade profissional de qualquer actividade/categoria seja dos "privados" seja dos "públicos".
Neste caso devemos aplicar a estratégia dE LOBETUF que é como quem diz a estratégia do FUTEBOL mas ao contrário.
Eu explico: No futebol cada equipa procura uma posição melhor do que a outra... digamos, à custa da outra certo?
Pois bem, aqui seria mais ou menos isto mas ao contrário. famos imaginar duas equipas: a equipa dos "privados" e a equipa dos "públicos".
Ora bem, se um dia a equipa dos "públicos" estiver melhor posicionada que a equipa dos "privados" devemos, em conjunto, procurar uma solução que os ajude a melhorar a sua posição. E não ao contrário, isto é, procurar que a equipa dos "públicos" se «desposicione» até se encontrar com os "privados"
Por outro lado, se um dia a equipa dos "privados" se encontrar com melhor classificação, deve também dar uma mãozinha aos "públicos" para os ajudar a subir. E não o contrário que é como quem diz, os "públicos" começarem a reivindicar a despromoção à liga de honra dos "privados".
Bem sei que há muita gente que não gosta deste jogo... dizem que não é possível... que não há liga que aguente! Pois sim... o que não é possível é serem semnpre os mesmos a ganhar... isso é que não é possível.
os professores de facto não se podem comparar a nada..
é uam ideia estarnha.. então comparar professores a outros?????? ai que medo?????
não sejam ridiculos. O professor passa a ter 6 escalões. Continua a ser aumentada em termos horizontais tipo diuturnidades.
Os professores titulares são uam nova carreira.Com CONTEÚDO FUNCIONAL DIFERENTE.
Os professores são diferentes .. porque carga de água devem ser tratados como iguais. . porque tÊm medo de uma avaliação com consequências na progressão.Porque insistem numa avaliação formativa e feita pelos seus pares.? nenhuma profissão é assim. nenhuma profissão vai ser assim no futuro. Os argumentos dos sindicatos são ridiculos.
Neste momento eu que tinha alguma scriticas, mas concordava com os principios da proposta de estatuto já quase não tenho cr´íticas, pois o documento melhorou.
Nem todos os militares são generais, nem todo so spolicias chefes de qualquer coisa, nem todos os advogados idem, nem todo os médicos chefiam depatamentos.
Qual é o vosso problema?
Para mim só existe um pronblema A facilidade com que se chega a professor titular é tanta que mesmo os mais básicos lá vão chegar.A exigÊncia devia ser maior.
Ou preferes continaur assim .. com as faltas que temos com os resultados internacionais vergonhosos que temos...
Eu quero uma melhor escola, que consiga melhores resultados, em que os professores não sejam insultados por todos, a começar pelos sindicatos, em que a dignidade do professor seja reconhecida.E para isso a avaliação das escolas e dos professores é fundamental.
Ou achas que assobias e má educação é que conduzem a um aumento da dignidade dos docentes.
Por aqui na minha escolinha teve piada. Os sindicalistas de serviço não fizeram greve...é engraçado
"Qual é o vosso problema?" diz omocho. então não és professor? Já sei. estás no topo e isto nada te afecta. aposto que foste daqueles incompetentes que foste aproveitando a inabilidade a seguir ao 25 de abril, nem sabes bem porque foste para professor, andaste com uma tabuleta às costas para ser abolido o acesso ao 8º esclão e agora deves ser membro de um CE.
"Os professores titulares são uam nova carreira." ou eu li mal a proposta ou não a leu omocho ou então está de má fé.A carreira actual vai até ao índice 340, na nova proposta um professor pode ir no máximo ao índice 245. o valor do índice 100 são puco mais de 800€. Como pode dizer que os professores titulares são uma nova carreira?? Por mim que a façam, mas não destruam a anterior.
"Porque insistem numa avaliação formativa e feita pelos seus pares.?"
Porque dá a entender que ainda não leu a proposta transcrevo aqui o nº2 do artigo 43º "São avaliadores:
a) O coordenador do conselho de docentes ou o coordenador do departamento
curricular, consoante se trate de docentes da educação pré-escolar e do 1º ciclo do
ensino básico ou dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário;
b) O órgão de direcção executiva da escola ou agrupamento de escolas em que o
docente presta serviço."
Bem me parecia que omocho não é professor ou está num CE e não dá aulas e já não se sente professor e deve-se ter esquecido que os elementos do CE são representantes da comunidade educativa e por esta eleitos. Ao contrário do que acontece, por ex., nos gov civis.
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