sexta-feira, julho 14, 2006

De graça não tem graça! Que desgraça!


Hoje foi o espectáculo de final de ano do infantário da minha filha.
O primeiro foi no Natal. E tal como no Natal, também hoje a entrada custava 5 euros.
Tal como no Natal, também hoje não assisti. Para grande mágoa minha, obviamente.

Entendo que é uma questão de princípio.
Não suporto que hoje em dia tudo sirva de desculpa para se arrecadarem mais uns dinheirinhos suplementares.


É a mensalidade (exorbitante)... mas são também os suplementos. E o desgaste de material... e os vestidinhos para a festa, os sapatinhos para a festa, os oculozinhos para a festa, as chinelinhas para a festa e outras porcariazinhas tais que no final da festa ficam na escola para, no ano seguinte, voltarem a servir de desculpa para os outros pais pagarem (pela enézima vez).
O estranho é que hoje em dia, também, estes pais aceitam acriticamente (qual dogma religioso), este tipo de imposições.
E digo estranho porque se o infantário fosse do estado e alguém tivesse a ousadia de pedir 1 euro que fosse pela entrada, a Inspecção era chamada e acabava com a festiola ainda antes de começar. Isto, imagino, perante um generalizado aplauso dos pais. Como a instituição é privada, a direcção faz o que quer e sobra-lhe tempo. E ainda tem o generalizado aplauso dos pais.
Já dizia o outro: mais vale cair em graça do que ser engraçado!


Nota: lamentavelmente para mim não há opção público/privado. É que, enquanto por um lado o Governo duplica a oferta de ensino ao sustentar de forma despudorada colégios privados (normalmente de ex-directores-regionais), a rede de infantários pública não chega para as encomendas. É a vida!

3 comentários:

Al Cardoso disse...

Privatizacao encoberta!!! Como diz muita gente (se calhar bem)
"este Partido Socialista de socialista so tem o nome".

Um abraco forno-algodrense.

Anónimo disse...

ainda recentemente deputados do pd e e do pp em plena tv insurgiam-se contra o facto do PS querer acabar com os colegios provados. ( em função da smedidas eventuais do ME)
decidam-se nas criticas.
Tudo isso que contas acontece no publico em menor grau. Resulta do eduquês. ( que és obrigado a defender)
No público algumas das coisas são ilegais in facto mas fazem-se com alguns ruques.
Mas se tu fazes isso se pagas é porque és da classe favorecida, não é isso que costumas dizer.
Se um dia a tua filha for para um colégio no básico ou secundário ai aí vais perceber a diferença em relação ao que se faz na tua escola.

Anónimo disse...

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