"Há dois anos Paulo Portas garantia que Deus lhe tinha feito ver que tinha terminado o ciclo político de sete anos em que presidiu ao CDS. Agora não sabemos se foi Deus que mudou de opinião ou se Paulo Portas já o fez por si. Anunciou que voltaria a vida política, anunciou que falaria sobre a vida política do CDS e ontem anunciou que a iria disputar. De anúncio em anúncio, Portas garante que regressou. Mas o seu problema não é voltar. O problema é deixar sempre a porta aberta e nunca encontrar a porta de saída.
Teve sete vidas. Ou oito... oitenta! Parar é que nunca!
O Deus de Portas concedeu-lhe sempre a ressuscitação e o «Paulinho das Feiras», como foi conhecido numa das suas reencarnações, aproveitou.
Militou na JSD e ainda na faculdade já era comunista.
Mais tarde no Independente formou-se num provocador cosmopolita e liberal e desafiava o regime cavaquista do betão até ao osso.
Defendia a opção da mulher contra o aborto.
Depois inventou Manuel Monteiro para colonizar o CDS e torná-lo popular. Quando já estava Popular, Nacionalista Eurocéptico e Grandinho q.b., Portas correu com Monteiro e fez do CDS o PP: Partido de Portas.
Fundou a Amostra na Universidade Moderna e seguiram-se as praças e mercados.
Enquanto deputado deu a mão aos orçamentos de Guterres e ficou Eurocalmo.
No governo, primeiro de Durão e depois de Santana, o homem que jurou que nunca seria Ministro do Mar desempenhou a face de estadista conservador com esmero e combateu o aborto com frotas marítimas.
Rompeu alianças com Marcelo Rebelo de Sousa e com Santana mas apoiou a candidatura de Cavaco, depois de ter passado anos a ridicularizá-lo no Indi.
Em 2005 abandonou o CDS porque não lhe convinha em tempos de maioria socialista, mas apenas para ir ao cinema e demorar mais um bocadinho.
Entretanto, e porque a liderança que ficou não foi a que escolheu, foi espatifando o partido o mais que pôde. Agora o CDS a sucumbir, aclama pelo seu retorno.
Retorno, entre aspas. A ideia de voltar que Portas queria, tanto é o seu maior trunfo como é a sua maior falta.
Fazer política durante uma vida não é um exclusivo seu. Mas ser uma espécie de experimentalista premeditado mudando de ideias ainda mais rápido do que muda de lealdades... é obra!
E essa obra foi o que sempre lhe permitiu a sobrevivência. Tanto quanto faz de Paulo Portas o maior vira-casaca, ou melhor, Oportista!"
Teve sete vidas. Ou oito... oitenta! Parar é que nunca!
O Deus de Portas concedeu-lhe sempre a ressuscitação e o «Paulinho das Feiras», como foi conhecido numa das suas reencarnações, aproveitou.
Militou na JSD e ainda na faculdade já era comunista.
Mais tarde no Independente formou-se num provocador cosmopolita e liberal e desafiava o regime cavaquista do betão até ao osso.
Defendia a opção da mulher contra o aborto.
Depois inventou Manuel Monteiro para colonizar o CDS e torná-lo popular. Quando já estava Popular, Nacionalista Eurocéptico e Grandinho q.b., Portas correu com Monteiro e fez do CDS o PP: Partido de Portas.
Fundou a Amostra na Universidade Moderna e seguiram-se as praças e mercados.
Enquanto deputado deu a mão aos orçamentos de Guterres e ficou Eurocalmo.
No governo, primeiro de Durão e depois de Santana, o homem que jurou que nunca seria Ministro do Mar desempenhou a face de estadista conservador com esmero e combateu o aborto com frotas marítimas.
Rompeu alianças com Marcelo Rebelo de Sousa e com Santana mas apoiou a candidatura de Cavaco, depois de ter passado anos a ridicularizá-lo no Indi.
Em 2005 abandonou o CDS porque não lhe convinha em tempos de maioria socialista, mas apenas para ir ao cinema e demorar mais um bocadinho.
Entretanto, e porque a liderança que ficou não foi a que escolheu, foi espatifando o partido o mais que pôde. Agora o CDS a sucumbir, aclama pelo seu retorno.
Retorno, entre aspas. A ideia de voltar que Portas queria, tanto é o seu maior trunfo como é a sua maior falta.
Fazer política durante uma vida não é um exclusivo seu. Mas ser uma espécie de experimentalista premeditado mudando de ideias ainda mais rápido do que muda de lealdades... é obra!
E essa obra foi o que sempre lhe permitiu a sobrevivência. Tanto quanto faz de Paulo Portas o maior vira-casaca, ou melhor, Oportista!"
por Joana Amaral Dias
TSF
1 comentário:
Olhó Portas com o brinquedo na mão...ops no dedo...ops...
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