domingo, julho 30, 2006

Contra



Contra a vontade do primeiro-ministro e respectiva ministra da educação...
...aqui estou eu de férias!

Também contra a vontade de alguns sectores mais conservadores da sociedade quando lamentam a democratização das férias com a frase “antigamente não era nada disto...”

Ainda contra a vontade de alguma classe média e média baixa que se recusa a aceitar (para si e principalmente para os outros) algumas regalias básicas...

Contra tudo isto e mais alguma coisa, aqui estou eu de férias. Apesar do preço elevado (acho eu) não deixa de ser uma casinha pequenina, simpática, particular, modesta, com poucas comodidades, enfim...

Contra o chão, directamente de cabeça, foi o que me aconteceu porque a casinha pequenina, de tão particular que é, não reúne as condições mínimas de segurança. Não... não os vou processar. Não me perguntem porquê mas não vou e pronto.

Conclusão: contra a vontade de tanta coisa... a coisa tinha de dar para o torto.
E aqui estou eu de mau humor, férias estragadas e cicatriz na testa em forma de logótipo tipo: “Algarve 06: atire-se de cabeça” ou então “Marcante!...

...Pois!

sexta-feira, julho 14, 2006

De graça não tem graça! Que desgraça!


Hoje foi o espectáculo de final de ano do infantário da minha filha.
O primeiro foi no Natal. E tal como no Natal, também hoje a entrada custava 5 euros.
Tal como no Natal, também hoje não assisti. Para grande mágoa minha, obviamente.

Entendo que é uma questão de princípio.
Não suporto que hoje em dia tudo sirva de desculpa para se arrecadarem mais uns dinheirinhos suplementares.


É a mensalidade (exorbitante)... mas são também os suplementos. E o desgaste de material... e os vestidinhos para a festa, os sapatinhos para a festa, os oculozinhos para a festa, as chinelinhas para a festa e outras porcariazinhas tais que no final da festa ficam na escola para, no ano seguinte, voltarem a servir de desculpa para os outros pais pagarem (pela enézima vez).
O estranho é que hoje em dia, também, estes pais aceitam acriticamente (qual dogma religioso), este tipo de imposições.
E digo estranho porque se o infantário fosse do estado e alguém tivesse a ousadia de pedir 1 euro que fosse pela entrada, a Inspecção era chamada e acabava com a festiola ainda antes de começar. Isto, imagino, perante um generalizado aplauso dos pais. Como a instituição é privada, a direcção faz o que quer e sobra-lhe tempo. E ainda tem o generalizado aplauso dos pais.
Já dizia o outro: mais vale cair em graça do que ser engraçado!


Nota: lamentavelmente para mim não há opção público/privado. É que, enquanto por um lado o Governo duplica a oferta de ensino ao sustentar de forma despudorada colégios privados (normalmente de ex-directores-regionais), a rede de infantários pública não chega para as encomendas. É a vida!

terça-feira, julho 04, 2006

Calcanhar de Adão - Maçã de Aqui(les)


Acabo de chegar do Continente (o do Belmiro, claro).
Precisava de maçãs.

Bom, aquilo parece o Mundial das maçãs logo na primeira semana.
É que há ali maçãs de todas as nacionalidades: maçãs da França, da Argentina, do Chile, do Chile e ainda maçãs do Chile.
Havia maçãs do Brasil, de Espanha, de... não..., desculpem, de Espanha não. De Espanha eram os tomates!
Enfim, havia maçãs de não sei quantos países.
Acontece que eu ia exactamente à procura de maçãs portuguesas. Por azar, maçãs portuguesas, não havia!...
...provavelmente já foram eliminadas, pensei eu.

Quero com isto dizer que voltei para casa sem as benditas maçãs.

Em todo caso, não deixa de ser curioso que numa altura em que o Nacionalismo Luso corre pelas veias do País com mais intensidade do que corre a água da mesma marca, o engenheiro mais venerado do País se esteja a borrifar para a Maçã de Aqui!

sábado, julho 01, 2006

Olhe que não...


A propósito da saída de Freitas do Governo, houve quem argumentasse que se trata de uma estratégia de Sócrates, para preparar a sua candidatura (de Freitas, entenda-se) a Belém.

Não creio.

Há um ditado futebolístico muito acertado que diz mais ou menos que “em estratégia que ganha não se mexe”...
Pois bem, a estratégia de Sócrates relativamente às últimas presidenciais foi uma estratégia claramente vencedora... pelo menos para si.
Por isso, não ficarei admirado se ele, um destes dias, aparecer outra vez por aí a defender a candidatura de Soares à Presidência em 2010... quem sabe com o slogan mp4!